terça-feira, 15 de outubro de 2013

Constância Néry Comunicação

CONSTANCIA NÈRY
Locais de nascimento e moradas:
Brasil: » Ipiguá, Auriflama, Andradina, Planalto (Interior do Estado de São Paulo); São
Paulo (capital do Estado de São Paulo); Curitiba (capital do Estado do Paraná); Porto
(Portugal)

 ((*)) elementos que exerceram influência na nossa pintura
Numa pequena cidade do interior do Estado de São Paulo (Ipiguá-São José do Rio
Preto), distante um dia e uma noite da Capital, abrimos os olhos do coração para este
planeta, num dia 13 de Maio, como a “filha do meio” entre outros seis irmãos e irmãs,
embalada por uma família grande e muito unida.
Neta dos Nèry dos Reis (parte paterna) e dos Pereira Cardoso (parte materna), chegamos
ao mundo como filha de António Joaquim Nèry (dos Reys) e de Alzira Pereira Cardoso.
O avô paterno, respeitado Juiz de Paz, sustentava um certo ar de dono da cidade. A avó
paterna (os Duarte e os Costa) - professora - vinda do Rio de Janeiro, carregava um
precioso estatuto, que lhe concedia o direito de ministrar aulas em sua própria casa, para
os seus 8 filhos e para as outras crianças das classes primárias.
Os avós maternos, José Inácio e Constância Augusta, foram pequenos proprietários
de terras roxas, nos arredores de Andradina, onde plantaram café, cana-de-açúcar,
fumo e alguns cereais para o próprio sustento sobrando, um pouco, para venda no
mercado comprador da cidade. A casa deles, à moda portuguesa, exibia seis pilares que
sustentavam a casa fora do chão e propiciava um espaço para guardar os cereais e os
cavalos do avô.»
((*)) As imagens da casa dos avós e das plantações já foram inseridas nas nossas
telas e viajam pelo mundo em forma de quintas, colonos e colheitas de: cana-de -
açúcar, laranja, amora, caju, jabuticaba, e as típicas frutas brasileiras: jatobá,
pitanga, guaraná e maria-preta.
As famílias eram descendentes de portugueses e de um francês deserdado pelo pai,
por não ter voltado no prazo certo para a França. O assunto era falado pelos cantos das
bocas dos mais velhos, pelo fato de ele ter constituído, no Brasil, duas famílias de castas
diferentes (uma rica e uma menos rica).
Somos (conforme contava o pai) bisneta paterna do francês Jacques Nèry (o deserdado),
que passou pelo Norte do país e viveu em São João Del Rey (MG), com os filhos que
teve com a linda morena Rita, a mesma que deu nome ao “Bairro dos Rita” (MG),
propriedade dos Nèry dos Reys.
A primeira mudança:
Saímos da pequena cidade - Ipiguá - e fomos morar em Auriflama – cidade fundada
pelo nosso pai e por seus irmãos, entre outros. A família paterna toda se instalou na
cidade que, de início, foi chamada de Vila Áurea. Dessa cidade ficaram em nossa
lembrança: os corsos (carros alegóricos) de carnaval, o sotaque esquisito da turca e da
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espanhola que moravam ao lado, os comunistas que andavam escondidos pelas matas,
os suicidas imigrantes italianos (Dominguinhos e esposa), as procissões, a nossa linda
mãe que fazia flores de papel crepom e a babá Divina, esguia e alta. Havia um coreto
e foi lá que subimos as escadas e, apoiada na grade de treliça, achamos ser o momento
certo para gritar “e sou comunista até à morte”. Com apenas 5 anos, poderíamos ter
provocado a prisão do nosso pai que não era comunista.
Mal sabíamos pronunciar o nome da cidade criada pelo nosso pai e já um novo destino
estava preparado. O pai sonhava sonhos maiores com os seus menos de trinta anos.
Nova mudança:
Mudamos para Andradina/Planalto, (terra dos Moura Andrade – o famoso Rei do
Gado). Ali já estava toda a grande família da nossa mãe, vinda de Minas Gerais. Em
Auriflama deixamos: a grande família do nosso pai, a “enorme” pequena loja de secos e
molhados, que o pai supria com os deliciosos rebuçados e com brinquedos, trazidos na
volta das viagens à cidade de Rio Preto. Lá ficaram os bailes de carnaval, a jardineira
(carro de transporte), o sininho anunciando a chegada semestral do padre na capela,
o quintal arborizado, onde costumávamos desenhar no chão de terra batida. O nosso
terreno, perto do forno à lenha, chão de terra clarinha, onde os pequeninos talos da
jabuticabeira formavam os nossos exércitos de figuras altas, médias, baixas (humanos
imaginários).
((*)) Essas instalações duravam mais de um mês ao relento. Nós sabíamos o nome
que havíamos dado a cada uma das figuras. Elas estão representadas nas nossas
telas e viajam pelo mundo em forma de circos, parques, colheitas, festas, cirandas,
pierrôs-colombinas-arlequins…
Guardamos na memória, com imensa saudade, o pai de cabelos encaracolados e
lindos olhos azuis. Ele tocava violino, cavaquinho, viola e bandolim, animava os
bailes, quermesses, coretos, enquanto sonhava morar em São Paulo; tocava e dançava
desengonçado, tipo Jorge Mautner – o famoso violinista brasileiro).
Permanece, na nossa lembrança, a mãe atenta e amorosa que, nos seus 1,63ms, fazia
o pai parecer alto demais nos seus 1,73. Ela construía, com fino acabamento, divinos
vestidos de noiva e bonecas de pano, enquanto cantava ladainhas, destonada. Fazia
deliciosos bolinhos de chuva e, por vezes, pipoca, num programa de convivência que
reunia crianças da vizinhança. O ator principal era o contador de estórias, Sr. Franz, ao
som dos instrumentos toscos, inventados por ele. Sob a luz de candeeiros ouvíamos,
encantados, a sua voz com sotaque alemão (suposto fugitivo de guerra). Trazia sempre
o seu misterioso baú, onde parecia armazenar o mundo todo: a distância entre nós e
o baú não impedia que fizéssemos o desenho perfeito de cada um dos muitos objetos
ali contidos: retalhos de seda fina, rendas, colares, brocados, flauta, boné, cachimbos,
medalhas, bengalas. Sua pele era branca, muito branca. Depois de algum tempo deixou
de aparecer e nós ficamos tristes.
((*)) Só restou o poder de pintar em telas a figura do Sr. Franz a cantar e a dançar,
com os olhos atentos a cuidar dos quatro cantos do nosso pequeno universo. Era
uma fada, era um mágico?
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Dessas cidades do interior, além de colher frutos do exuberante pomar, guardamos na
memória as ladainhas (herança portuguesa). Passavam diante da nossa casa, na calada
da noite e nos fazia tremer todo o corpo, tal era o medo que o som e as cantigas das
Ladainhas provocavam em nós. Por mais que fugíssemos àquela realidade, acabávamos
por acordar, com a cabeça enterrada no travesseiro, a ouvir a tenebrosa matraca e o
funesto berra-boi.
Certo dia, quando voltava da quermesse, com meus pais, tivemos que passar por
um grupo de pessoas – era a ladainha. Por entre os vãos dos dedos das mãos eu vi
o horripilante grupo de pessoas vestidas de branco, a andarem em pares de dois em
dois, carregando algo misterioso, a cantarem e a tocarem os monstruosos violino
desafinado, matraca esganiçada e berra-boi macabro. Lia, minha irmã mais velha,
sempre instigadora, apertava e beliscava a minha cintura, como sinal de proteção contra
o perigo eminente. As pernas trêmulas mal conseguiam acertar o passo com os demais.
O sorvete que tomamos, presente do tio Alcides, perdeu o gosto que deveria ainda durar
umas quatro horas.
((*)) As ladainhas estão inseridas nas telas de minha autoria, a viajarem pelos
Estados Unidos, Telavive, Brasil, França, Portugal e por toda a Europa.
Mais uma mudança: Certo dia acordamos com a notícia de que Planalto era mesmo
pequena demais. O pai sonhava ir mais longe. Iríamos morar na cidade mais famosa
do Brasil, onde havia palacetes, aviões no ar e no chão, muitos carros, um carro de
nome “bonde”, uma cidade toda iluminada e até um tal teatro Municipal. Esta era a
oportunidade para o pai tocar, no palco, o violino que a mulher do dono da cidade
lhe dera, de presente, há alguns anos. Tal qualidade de violino merecia palcos mais
importantes. Logo pensamos na quantidade enorme de lençóis necessários para
construir o nosso circo na Capital do trabalho, dos banqueiros, dos magnatas do café
e do algodão; já não poderíamos cantar o “Luar do Sertão”, nem “Pretinha que vem
de Angola” e nem declamar o “Navio Negreiro”, como fazíamos na escola primária
“Grupo Escolar Presidente Getúlio Vargas” em Planalto. Haveríamos de encontrar
peças mais adequadas ao tamanho da imensa capital do estado.
((*)) Teríamos que levar na mala o Manual Prático de Desenho e os crayons
que ganhamos do incentivador Dr. Flávio Toledo e que me ajudaram na tarefa
de “grafitar” as paredes da nossa casa. O desgosto da mãe inibiu o talento que
começávamos a desenvolver como futura grafiteira?

Chegou o dia da mudança para São Paulo:
Era o ano de 1948; o casamento da Lia, a irmã mais velha impediria a sua mudança para
São Paulo com a nossa família. Esse foi o primeiro gosto amargo do adeus, que nos
ensinou a sentir a dor que o outro sente. Ela ficou lá com outros que não eram seus pais
e seus irmãos, na pequena cidade da nossa infância, junto com a forte figueira, a rua de
terra batida, a estrela-d’alva, as horrorosas ladainhas, as barraquinhas das quermesses, o
quintal onde fazíamos o circo de lençóis (fiel cópia do “grande” circo que passava pela
pequena cidade uma vez ao ano). A Lia se apaixonava sempre pelo ator mais velho e
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nós pelo mais novo.
((*)) O circo da infância que exibia a tragedia “Victor, meu filho cego” e o globo da
morte e os palhaços sem graça, era nosso e dos nossos amigos de tenra idade, onde
nem irmãos nem os pais participavam, antes do dia da inauguração. O circo está
vivo na nossa lembrança e faz parte constante das nossas pinturas.
A cena trágica do choro de despedida dos adultos, a dolorosa rutura familiar, nos
empurraram para a alegria de dar o último e o mais falso abraço na insuportável amiga
de 14 anos que “roubava” a atenção de todos os meninos da cidade.
Já instalados no vagão-leito do trem de ferro (comboio), corremos para rever a
costumeira paisagem que víamos quando o pai nos levava ao esperado passeio,
de Planalto para Andradina, que incluía cinema e um lanche à basse de abacate
maduro com sorvete de creme. Mas a paisagem não mostrava cor e o sopro do vento
fechou a janela. Nunca mais o abacate e o sorvete teriam o mesmo sabor. A obra “A
Primavera”, de nossa autoria (1974), mostra uma das peças apresentadas na escola
primária; a Lia vestida de flores, com suas aias, suas ninfas, seus gênios da floresta
e o seu chapéu enfeitado com guirlandas multicoloridas. A pintura em tela está em
seu poder.
Acordamos nas proximidades de São Paulo, já de madrugada, com a vista fantástica de
um mar de lâmpadas a iluminar a grande cidade, um espanto indiscritível, sem saber
se devíamos pisar o chão ou o espaço repleto de enormes luminosos instalados sobre
os arranha-céus. Nem imaginava que ali, ao lado, estava o Teatro Municipal, pois já
era suficiente susto ver o edifício da Light (eletricidade) e o Viaduto do Chá numa
filmagem contínua do nosso olhar de apenas 12 anos de existência.
A cena (lembrando Portinari – pintor brasileiro, famoso mundialmente, citada aqui sua
obra Os Retirantes) da família indefesa a atravessar a grande, importante, Avenida 9
de Julho, com o trânsito em convulsão, ainda hoje nos comprime o coração. A seguir
entramos num ônibus (autocarro) que nos levou para a casa de uns parentes, residentes
na famosa cidade da indústria automobilística, no cinturão do grande São Paulo. Éramos
cinco, pois o irmão mais velho só viria depois de alguns meses e a Lia só chegaria sete
anos mais tarde, ocupando um lugar especial no nosso coração, com seus três filhos e
marido.
((*)) Pintamos poucos edifícios e poucos palacetes, por que eram desconhecidos
da nossa alma na infância. Era uma especialidade de Cássio Mello, competente
desenhista e pintor que mais tarde entraria em nossa vida deixando, na história da
sua pintura, muitas obras a retratarem magníficos palacetes, grandes construções
e antigos casarios históricos de São Paulo, de Curitiba e de Portugal.
Em São Paulo crescemos, estudamos e ocupamos lugar como Auxiliar, Secretária
e chegamos à Secretária/Assistente e aos cargos superiores na área da Publicidade.
Atendemos, como Contato de Publicidade, indústrias de grande porte.
((*)) O símbolo “/” colocava a mulher no lugar de subalterna evitando que, com o
seu atrevimento, ocupasse o cargo de Assistente.
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Já havia outras mulheres, as mais capacitadas e corajosas, a ocupar cargos de Direção.
Chegamos a Assistente, Contato e a Solicitadora de Contas (Clientes), por que jamais
aceitamos o limite imposto às mulheres da época.
Após termos assumido cargos de relevo em empresas de forte expressão, inauguramos,
em 1964, a nossa própria empresa de publicidade, em parceria com dois colegas de
trabalho, entre eles Cássio Mello. Foi um tempo de sucessos, realizações, alegrias,
viagens, casamento com Cássio Mello e o nascimento da nossa filha Andreana. São
Paulo, para nós, representou evolução, construção, onde quase todos os sonhos foram
transformados em realidade: a profissão primeira, a publicidade, deu lugar ao ofício de
pintar e de trabalhar como animadora cultural de Arte. Frequentamos a primeira escola
de propaganda instalada, no Diário da Noite, com o corpo de professores formado por
profissionais da publicidade e alunos da mesma categoria, de diversos estatutos.
((*)) O violino do pai e o Teatro Municipal de São Paulo:
O pai frequentou, constante, o Teatro Municipal, aos domingos, para assistir a
Orquestra Municipal de São Paulo e outros eventos, em nossa companhia.
Os quadros de nossa autoria que mostram o violino são muitos. Restaurado, com
mais de cem anos, o violino está sob nossa guarda.
((*)) A MUHER NA PINTURA:
Na pintura, convivendo com outros colegas e, mais intimamente, com o pintor e
marido, percebemos que, embora tenhamos lutado pela melhor posição da mulher
na área da publicidade, na Arte tínhamos a tendência de empurrar os homens
para o topo da pirâmide (na imprensa e nos preços das obras), esquecendo de nós
próprias. Trabalhamos na promoção do nome Cássio Mello e também do Nerão,
nosso pai. Levamos algum tempo para perceber a qualidade da nossa arte e o
seu valor monetário. Fomos premiadas com o colega e marido Cássio, que nos
admirava por lutarmos pela nossa posição no trabalho, na área das artes.
Algumas mulheres, até mesmo inadvertidamente, deixam que se instale no seu
comportamento a malfadada tendência do passado, de elevar o homem e colocar a
mulher num plano inferior, especialmente na área profissional e nos ganhos.
Texto de crítico de arte sobre Constância Nèry em São Paulo:
Era o início dos anos 60/70 e só por essa informação você já pode imaginar a
efervescência do período. A pílula anticoncecional recém começava a fazer parte
da vida nacional, a ditadura militar imperava, assim como a resistência armada; as
discotecas proliferavam e as mulheres engatinhavam no mercado de trabalho. Entre
estas profissionais pioneiras estava Constância Nèry. Paulista de São José do Rio Preto
(Ipiguá), ela tinha se mudado para São Paulo e matriculara-se na primeira turma da
Escola Paulista de Propaganda, que viria a se tornar a conceituada Escola Superior de
Propaganda e Marketing. Constância estudou com figuras legendárias como o jornalista
Castelo Branco e Hélio Silveira da Motta, Sep Baendereck, Eric Nice, ícones da
publicidade brasileira.
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Trabalhou nas agências J. Walter Thompson, Denison Propaganda que foi o embrião da
DPZ. Quando já estava conhecida no mercado, Constância criou sua própria agência,
a Constata Propaganda, que dirigiu por oito anos. Em 96, quando a filha Andreana,
então com 22 anos, começava os primeiros passos na área profissional, Constância
resolveu investir em qualidade de vida e mudou-se para Curitiba. Tinha a percepção –
que se revelou correta – que a filha teria melhores chances de crescimento na capital do
Paraná. Na época o marido, o artista plástico Cássio Mello, que expõe com frequência
nas Galerias Portal, Bric-à-brac, Tela Branca e no Salão Nobre do Jockey Club, em
São Paulo, tinha recebido uma proposta de trabalho bem interessante em Curitiba.
Constância veio e ocupou os espaços: hoje é colunista de arte da revista Vivre, diretora
de comunicação da Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná, Diretora
de Relações Públicas da União Brasileira dos Trovadores e artista plástica de produção
incessante. No momento, ela está concluindo uma série de óleos sobre tela que têm
como tema os hábitos e costumes folclóricos brasileiros. É bom lembrar que Constância
é especialista em Arte Naïf, um estilo espontâneo, que começou a ser catalogado no
início do século passado, a partir das obras de Henry Rousseau. Constância expõe na
França, Israel, Portugal e faz parte do elenco da Galeria Jacques Ardies, seu marchand,
belga especialista em Arte Naïf, que dirige um dos espaços artísticos mais conceituados
de São Paulo. (Stella Winnikes – jornalista – www.lookhere.com.br - Curitiba, Paraná,
Brasil – página Top-Dicas )
A terceira mudança: conforme o texto acima, escolhemos Curitiba, por oferecer
uma vida mais saudável, para a realização profissional da nossa filha. Fugimos da
selva de pedra, São Paulo. Curitiba, com o seu perfil de cidade que valoriza a cultura,
sacramentou todo o nosso intenso trabalho realizado em São Paulo. A nossa arte, com
a assinatura Cássio Mello e Constância Nèry, ganhou nobres paredes e espaços de
excelência, só comparados com o Salão Nobre Luiz Nazareno do Jockey Club de São
Paulo (para Cássio Mello) e Galeria Jacques Ardies (para Constância Nèry)
Mudança do Brasil para Portugal:
Escolhemos a cidade do Porto para a nossa nova morada. A família, constituída de
Cássio Mello e eu, nossa filha e nosso genro, atravessou o oceano, cada um com o seu
sonho moderado, com espectativas baseadas em projetos. Significava morar algum
tempo fora do país, ver de perto o povo português, nossos antepassados e as raízes dos
nossos costumes.
Com muito cuidado, sentimos o desejo de conhecer a nossa pátria mãe; de abraçar o
venerável Camões mais de perto. Pisar o mesmo chão onde pisou Fernando Pessoa.
Sentir a emoção de entrar no pátio dos estudantes de Coimbra, que imaginávamos
inalcançável, quando éramos estudantes;
Fomos bem recebidos, em Portugal, generosos braços abertos nos aguardavam com
respeito e consideração.
• Nossa filha e nosso genro, trabalharam na área da educação e da engenharia.
Inauguraram, recentemente, uma empresa na área da Animação Turística.
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• Cássio Mello foi convidado a realizar diversas exposições (de 2008 a 2011)
dando continuidade, aqui em Portugal, à sua carreira como pintor brasileiro
de grande expressão. Faleceu, na cidade do Porto, em 15 de Agosto de 2011,
deixando a mais profunda saudade. Recebeu homenagem póstuma de diversas
entidades, como: Portugal; Vivacidade, Museu do Vinho, Casa da Cultura de
Paranhos, Museu Municipal de Espinho. Brasil: Exército Brasileiro, Instituto
de Engenharia do Paraná, Academia Paranaense de Poesia, Fundação Solar do
Rosário.
• Atuando como artista plástica há mais de trinta anos, com obras raramente
expostas fora do elenco de artistas do marchand Jacques Ardies, vimos
procurando colaborar com os colegas artistas mais novos, como animadora
cultural na área das Artes Plásticas, realizando eventos que incluem poesia,
música e exposições de arte.
Constância Nèry
(este texto aponta notas reais e fictícias, notas contadas boca a boca, extraídas de
documentos aos quais nem sempre tivemos acesso) C.Nery
Dados das atividades – Constância Nèry:
Artista plástica; Colunista de arte: Ilustradora; Animadora cultural em Artes Plásticas;
Membro do Conselho do Cosem-Sala do Artista da Secretaria de Estado da Cultura
(2.000 a 2006);Diretora de Comunicação do Elos Clube para a Comunidade Lusíada
– Curitiba (2.001 a 2006); Diretora de Comunicação da Apap-Associação Profissional
dos Artistas Plásticos do Paraná (2.000 a 2006); Membro efetivo da União Brasileira
dos Trovadores; ocupa a cadeira 9 (patrono Paul Garfunkel) da Academia Paranaense
de Poesia.

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