quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

AMIGA MANUELA
FELIZES FESTAS
UM SANTO NATAL E UM ANO NOVO CHEIO DE MUITA FELICIDADE, QUE SE CONCRETEM TODOS V/ ANHELOS
COM AMIZADE,
NATÁLIA

O Encerramento das comemorações do nosso 15º aniversário

Cumpriu-se o programa do dia 14 de dezembro, num ambiente de amizade, de trabalho, de reflexão, de chamada de atenção para as realidades, problemas, aspirações de uma categoria especialmente marginalizada de cidadãos, pelos quais passa a edificação de uma sociedade melhor, mais justa e mais coesa: os estrangeiros, os migrantes, mulheres e homens.
Mulheres e homens juntaram-se no auditório da Picoas Plaza, unidos pela mesma vontade de mudar as coisas. Os direitos dos migrantes e a criação de condições para a sua prática entre nós, sem esquecer as especificidades de género, que quase sempre são esquecidas em desfavor do género feminino.
Uma breve sessão de abertura, presidida pela Drª Maria Barroso, participada por Frei Sales Dinis, pela Presidente da CITE, as representantes do ACIDI e da Secretária de Estado da Igualdade - todos a mostrar como se pode lançar as bases de um debate com muitas ideias e poucas palavras.
Depois, uma magistral conferência da Profª Doutora Maria Beatriz Rocha-Trindade, sobre "Nós e os outros, no contexto das migrações", seguida de debate, com excelentes intervenções, entre elas as do presidente da Associação dos Portugueses do Estrangeiro, Comendador João Morais e outros membros da APE.
Á tarde, uma singela homenagem à Drª Alcestina Tolentino, que, assim, em memória esteve sempre connosco (como sempre estará!) e a apresentação das publicações da Associação Mulher Migrante, em 2009:
"Problemas Sociais da Nova Imigração", "Cidadãs em Diáspora - Encontro em Espinho" e "Mulher Migrante - O Congresso on line". Feita, como era nosso propósito, pelos próprios intervenientes nos colóquios, palestras e paineis - não todos, mas os que puderam estar em Lisboa - e logo seguida de diálogo.
Por fim, após um momento de poesia, esplendidamente dita pelas Doutoras Elsa de Noronha e Maria Barroso, e as palavras das representantes da Mulher Migrante, Rita Gomes e eu mesma, da Drª Maria Barroso, do Governador Civil de Aveiro, José Mota (que, na qualidade de presidente da autarquia de Espinho nos apoiou desde a 1ª hora).
Encerrou esta jornada, o 15º aniversário da Associação e o ciclo de múltiplas iniciativas, incluindo os "Encontros para a Cidadania" e as edições a que deram origem, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas Dr. António Braga. A ele se fica a dever, em grande medida, tudo o que foi possível fazer, ultrapassando largamente o que, de outro modo, estaria ao nosso alcance.
A sua presença, a sua manifesta vontade de continuar a colaboração que tão bons resultados permitiu, a sua solidariedade e simpatia, os seus elogios, foram o perfeito encerramento deste dia singular.

O primeiro comentário veio de Coimbra.
Aqui o transcrevemos, com o nosso agradecimento.


À Associação “Mulher Migrante”:

Permitam-me em nome pessoal e em nome da Associação Graal de Coimbra, agradecer o convite para assistir e escutar as intervenções de grande qualidade no encontro “Mulher Migrante Perspectivas Sociais e Culturais”. Cumprimentar a Associação “Mulher Migrante” por esta iniciativa, por ocasião de celebração dos 15 anos de actividade e dizer-vos, que, com trabalho tão consistente, muitos mais virão, com certeza.

Escutaram-se diferentes perspectivas, sobre o tema Migrações, todas elas interessantes e sustentadas. De facto, este tema, ainda necessita de muita luta, de muita vontade e da continuação de Boas Práticas por parte das associações, da sociedade civil e dos nossos governantes.

Recordo as palavras da Doutora Maria Beatriz R. Trindade: “Portugal foi, desde sempre, país aberto ao mundo, exposto à universalidade o que o tornou mais criativo com o resultado do contacto de povos e de culturas”. Foi na época das Descobertas que começámos a ter os primeiros contactos com outras culturas, com novos produtos, com novos povos e com novas línguas, fomentando, assim, a abertura a novos conhecimentos transnacionais a novos contactos e a novas formas de pensar.

As novas mobilidades da migração trouxeram uma grande diversidade de povos e culturas, como podemos constatar. Associado a esta mobilidade, está o factor género, que não pode ser esquecido das agendas associativas e políticas – factor crucial das novas formas de mobilidade e diversidade migratória.

Hoje cruzamo-nos com a imigração a que chamamos “feminizada”, ou seja, a crescente participação das mulheres nas migrações, quer para o reagrupamento familiar quer em situação autónoma com o desejo de proporcionar uma vida melhor aos filhos, à família e a elas própria, claro. Mas também feminizada, no sentido de ocuparem postos de trabalho na esfera doméstica, lares, creches ou em casas de famílias ricas. Não esquecendo ainda, as profissões feminizadas da educação e saúde, no que diz respeito às imigrantes mais qualificadas.

Citando a Drª Maria Manuela Aguiar no livro, “Problemas Sociais da Nova Imigração”, “olho precisamente com optimismo a nossa condição de país de imigração. É necessário encarar os imigrantes com os mesmos olhos com que vejo os nossos emigrantes”. Sabemos que sempre que lhes são dadas, nos países estrangeiros, condições de integração, se tornam realmente cidadãos/ãs de duas pátrias. Pois é isto que os/as nossos/as emigrantes sentem e o que realmente querem quando emigram, o mesmo se aplica aos/às nossos/as imigrantes: O que querem é sentirem-se cidadãos e cidadãs com direitos.

Depois de um (final) de encontro inesquecível e produtivo deixo os parabéns à Associação “Mulher Migrante” e, em especial, à Drª Rita Gomes com quem me cruzei e tive o gosto de conhecer, entre outros/as participantes. Os parabéns pela árdua tarefa de lançamento dos livros, que debatemos no encontro, os quais já tive o prazer de ler.

Em meu nome e do Graal – Coimbra, obrigada e mais uma vez parabéns.



Sara Cruz

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

LANÇAMENTO DA PUBLICAÇÃO "CONGRESSO ON LINE"

No próximo dia 14 de Dezembro, no Picoas Plaza, Rua do Viriato, 13, Bloco E, 1º andar.
Com a presença de muitos dos participantes no blogue ou autores de comunicações apresentadas no Encontro de Espinho.
A partir das 10.00.
Com esta iniciativa se encerra o ciclo de comemorações do 15º aniversário da Mulher Migrante.
O programa completo será publicado brevemente no blogue "Tertúlia das Migrações".