domingo, 14 de abril de 2019

site AMM

http://mulhermigrante.wix.com/mulher-migrante

Informação que acabamos de receber da Drª Rita Gomes, presidente da Direção da Mulher Migrante, responsável pela sua organização e conteúdos, a quem a "AEMM - Norte" felicita pela iniciativa.

AMM 2015

PORTUGAL
- AEMM NOVAS ESTRUTURAS
Na Assembleia Geral da AEMM, em junho passado, foram eleitos os órgãos
sociais para 2014-2016. Embora num mesmo quadro estatutário, foram
recriadas estruturas, na prática viabilizadas por novas colaborações e
adaptadas a situações concretas, no país e no estrangeiro. É o caso de
uma maior autonomização dos núcleos existentes em Portugal, com a
ativação de Comissões de Estudo nas regiões norte e centro. Na Região
Norte foram estabelecidas parcerias e formas de colaboração informais,
mas numa base permanente, com instituições culturais, municípios,
escolas secundárias, personalidades atuantes no domínio das migrações
e das questões de género.
No estrangeiro, regista-se, em especial: a junção à AEMM da Associação
Mulher Migrante da Venezuela, que é já um dos grandes movimrntos
femininos da Diáspora portuguesa; a constiuição de um núcleo no
Recife; a reestruturação da orgânica da Associação da Mulher Migrante
nos EUA; o crescimento da representação da AEMM no Canadá; a expansão
do projecto ASAS na Argentina.
Nos Órgãos Sociais da AEMM regista-se a continuidade da maioria das
dirigentes que vinham do mandato anterior, com as seguintes excepções;
Secretária.Geral - Graça Guedes; Vice-Presidente da Direcção -
Maria João Avila; Vogal da Direcção - Arcelina Santiago; Ana Paula
Almeida.
Todas têm em comum, para além do envolvimento de longa data nas causas
que motivam a AEMM, a vivência da emigração; Graça Guedes (fundadora
da AEMM) é doutorada pela Sorbonne; Maria João Ávila, Deputada da AR,
viveu nos EUA desde os 13 anos; Arcelina Santiago é originária de
Macau e Ana Paula Almeida passou a infância e adolescência em Paris.
COMISSÕES DE ESTUDO
Região Norte
Graça Guedes - Professora Catedrática
Arcelina Santiago - Mestre em Sociologia
Isabel Aguiar - Advogada
Região Centro
Ana Narciso Professora, Ex Deputada
Aida Baptista - Escritora, Professora Reformada
ASSOCIADAS E ASSOCIADOS HONORÁRIOS
A AG da AEMM distinguiu como membros honoráros as seguintes personalidades:
Drª Rosário Farmhouse, Professor Doutor Salvato Trigo, Dr Durval
Marques, Pintora Luisa Prior, a Drª Patrocínio e o dr Victor Gil e, a título póstumo, o Dr Carlos Correia
- ACTIVIDADES AEMM em 2014
Comissão de Estudos Região NORTE
– ENCONTROS PARA A LIBERDADE - comemorar a Revolução nas Escolas de Espinho
Sessões na E Domingos Capela e Manuel Laranjeira
FOTOS
- Lançamento da Publicações ESPINHO Porto (Guarani),Gaia (coloquio)
FOTOS
- O PROJETO BERKELEY ESPINHO
(artigo Arcelina)
- O APOJO DAS NINFAS Lançamento do livro de DANIEL GUERRA
O escritor e jornalista Daniel Guerra propôs à AEMM a co-organização
de uma sessão de lançamento na Biblioteca José Marmelo e Silva do seu
último livro - uma colectânea de artigos sobre mulheres brasileiras e
portuguesas que se notabilizaram, sobretudo, no mundo das artes -
entre elas, Natália Correia. São 13 magníficos retratos de
personalidades e acontecimentos, no estilo inconfundível de um
escritor, que é também jornalista (ou de um jornalista que é também um
talento literário).
-EXPOSIÇÃO MULHERES DE ARTES ABRIL
Cruzando as artes, como já tem feito em diversas iniciativas, a AEMM
promoveu, no mesmo espaço e na mesma data da apresentação do livro "O
apojo das ninfas", uma exposição de pintura, comissariada por Luisa
Prior:
CARTAZ recortes de imprensa Defesa de espinho e Maré Viva fOTOS
- LANÇAMENTO DAS PUBLICAÇÕES DA AEMM EM GAIA
Antecedendo o colóquio sobre "A Grande Migração de Retorno", as duas
publicações de 20'13 foram apresentadas e oferecidas aos participantes
no colóquio
fotos
- PARCERIA COM O JORNAL "AS ARTES ENTRE AS LETRAS
(Art Nassalete Miranda)
-PARCERIA COM A ASSOCIAÇÃO PARA O DIÁLOGO MULTICULTURAL
A AEMM, aceitou o convite para a Comissão Organizadora do Programa
Jant' Artes, que se destina a promover o convívio com as comunidades
estrangeiras residentes na região do Porto e a dá-las a conhecer entre
si e à cidade.
A representante da AEMM foi Maria Manuela Aguiar
O primeiro convívio pretendeu homenagear o Brasil e os brasileiros,
num jantar.tertúlia em que os principais oradores foram o Dr Amâmdio
de Azevedo, antigo Embaixador da CEE no Brasil, o Cônsul- Geral do
Brasil Embaixador Gelson Fonseca e o cantor Pedro Abrunhosa.
O próximo convívio, em Janeiro de 2015 será sobre um outro grande país
lusófono de emigração/imigração Angola
- EXPOSIÇÃO DE LUÍSA PRIOR NA CASA BARBOT
A Associada Honorária da AEMM Luísa Prior realizou na Casa Barbot, a
última exposição do ano. Presentes estiveram as representantes no
norte da AEMM
- AO ENCONTRO DE MARIA ARCHER
Os projectos de estreita colaboração com jovens do ensino secundário,
que, em 2014, se estenderam à Califórnia e a New Jersey, tiveram o seu
início nas comemorações do Dia Internacional da Mulher, em Espinho, em
2012. O texto inédito da conferência de Olga Archer Moreira,, então
proferida na Biblioteca José Marmelo e Silva, em Espinho é agora
publicada
Texto enviado
- HISTÓRIAS DE VIDA
A primeira iniciativa conjunta da AEMM/ Associação Mulher Migrante
Portuguesa da Argentina (AMMPA) foi a organização de uma colectãnea de
histórias de vida, sumariadas por emigrantes portuguesas. Aqui
reproduzimos algumas dlas, no original em espanhol.
(textos enviados)
- CALIFÓRNIA MADRASTA DOS MEUS FILHOS
Em Outubro de 2014, a AEMM editou uma interessante publicação, de
cartas escritas há cerca de um século por uma portuguesa da Ilha
Terceira, Maria Inácia, para os seus filhos - todos expatriados na
Califórnia - com coordenação de Deolinda Adâo e de Joanne Câmara, neta
de Maria Inácia
O lançamento do livro está previsto para o início de Janeiro no Porto
e em Espinho, com a presença de Deolinda Adão
SUIÇA
ANTÓNIO DIAS COSTA E FLÁVIO BORDA D' ÁGUA
texto enviados
TÒNIO DIAS COSTA
FLÀVIO B AGUA
FLÁVIO BORDA D' ÁGUA - o representante da AEMM em Genebra
A AEMM é uma associação que tem por objectivo a luta pelos direitos
humanos, pela plena aceitação da alteridade, com um enfoque nas
migrações e nas questões de género.. Não é uma associação feminina,
embora defenda o associativismo feminino, na medida em que este seja
importante para promover a mobilização das mulheres para a
participação cidadã.
Homens e mulheres, das várias gerações, devem estar juntos nesta
caminhada para a paridade - e a AEMM tem nos seus órgãos sociais, no
país e no estrangeiro, naturalmente, mulheres e homens. Um deles é
este português residente em Genebra, que foi um dos organizadores de
um bem sucedido colóquio da AEMM realizado no Museu Voltaire.
Aqui detacamos uma síntese do seu curriculum
Flávio Borda d’Água, jovem historiador luso-helvético. Licenciado em
história, e em línguas, literaturas e civilizações árabes e
portuguesas na Faculdade de Letras da Universidade de Genebra.
Licenciatura que concluiu em Outubro de 2005 com uma monografia sobre
a questão timorense no período da Segunda Guerra mundial, publicada em
2007 pelo Instituto Diplomático do Ministério dos Negócios
Estrangeiros de Portugal.
Inicia em 2007 uma tese de doutoramento intitulada Quadriller la ville
: normes et pratiques policières à Lisbonne au temps des Lumières
(1750-1805) sob a direcção do Professor Doutor Michel Porret.
Flávio Borda d’Água foi entre 2010 e 2013, assistente de investigação,
na unidade de história moderna da faculdade de Letras da Universidade
de Genebra, no âmbito de um projecto do Fonds National Suisse
(equivalente da FCT). É também, desde 2005, adjunto científico no
Instituto e Museu Voltaire em Genebra onde desenvolve projectos para a
valorização do património oitocentista através de exposições,
colóquios, ciclos de conferências e diversas actividades de mediação
cultura.
Além destas actividades, participou em vários colóquios internacionais
sob a temática da polícia e da justiça no século XVIII.
Flávio Borda d´Água faz parte de vários grupos de investigação entre
os quais DAMOCLES (Universidade de Genebra) e do COSPPE (ISCTE-IUL,
projecto financiado pela FCT) é também um dos sete laureados do Prix
CUSO 40e anniversaire (2009). Integra desde 2014 o Conselho de
avaliadores externos da Revista semestrial Cadernos do Arquivo
Municipal de Lisboa, 2° Série.
Flávio Borda d´Água está também bastante envolvido no meio político
helvético, onde é eleito como conselheiro municipal na cidade de
Chêne-Bougeries (Genebra). Membro das comissões municipais dos
assuntos sociais, da juventude e da segurança, é também presidente da
comissão cultural desta mesma cidade, presidente do jornal
inter-municipal Le Chênois e vice-presidente da Associação
inter-municipal da Cultura. Flávio Borda d´Água fez também parte do
Conselho consultivo do Consulado geral de Portugal em Genebra e esteve
bastante activo no meio associativo luso-helvético.
Flávio Borda d´Água é também autor de vários artigos científicos
históricos assim como de artigos destinados ao publico em geral.
VENEZUELA
A Associação M ulher Migrante da Venezela converteu-se em filial da AEMM, decisão retificada no seu 3º Congresso - que constituiu mais uma grande prova de capacidade de relização e de expansão, em toda a Venezuela, e de confiança no movimento associativo, enriquecido pela intervenção dinâmica das mulheres,
Direcção
- No Conselho de Representantes da AEMM
Milú CV
Márcia Pontes CV
Adé CV
O III CONGRESSO da MM Venezuela
Conclusões (enviadas)

Maria Manuela Aguiar

MM AGUIAR AMM - VENEZUELA

Para a Associação Mulher Migrante, cuja primeira missão é mobilizar as portuguesas para participação cívica em todo o mundo, tem um enorme significado a filiação da Mulher Migrante na Venezuela nas suas estruturas e projectos, em perfeita sintonia de valores, propósitos e práticas.
É uma aliança com um poderoso movimento emergente, a que, através dos nossos programas de acção nos vários continentes, temos dado visibilidade, como exemplo de dinamismo e de vontade de transformar as sociedades em que vivemos, num novo milénio. Vamos crescer em conjunto, partilhando caminho com associações portuguesas dispersas da nossa Diáspora, que ganham em se conhecer e inspirar mutuamente!
De longe, geograficamente, mas de perto, com um sentimento de regozijo e de orgulho, acompanhámos este 2º Congresso, através das informações que nos chegaram pela internet e nos mantiveram a par da marcha da sua excelente organização, do primeiro ao último momento. Sabemos que constituiu uma manifestação impressionante da capacidade de pensar o futuro e de interagir coletivamente das suas participantes. E não tratando só aqueles temas que dantes se consideravam específicos de um “círculo feminino”, estreito e fechado, mas dos que respeitam às comunidades como um todo, às realidades do país em que estão e do país de onde vieram, nos quais exigem ter opinião e influência e exercer direitos iguais, para melhor cumprirem os seus deveres da cidadãs.
A Portugalidade na Venezuela está naturalmente enraizada nos sentimentos de pertença, que as mulheres sabem transmitir a partir do núcleo familiar e, cada vez mais,  também através da tessitura associativa, desenvolvida com enfoque no campo cultural e social, sem segregação de género ou de geração. Nos dois Congressos da Mulher Migrante ocorridos em Caracas, deram, efetivamente, provas de uma grande abertura à colaboração entre todos. Esse desígnio de abrangência, de ir ao encontro dos outros, de dar atenção ao bem estar geral, reflete-se, de um modo muito claro e direto, no conteúdo do relatório, conclusões e propostas do Congresso. No centro das preocupações estão matérias como: o ensino da língua; o enaltecimento do “ser português”; a indispensabilidade de entrar no domínio das novas tecnologias, nas redes sociais; a renovação do associativismo, chamando os mais excluídos, os jovens e as mulheres; a urgente reestruturação do CCP (o Conselho das Comunidades Portuguesas); a necessidade de formação e intercâmbios no domínio das artes, do teatro, dos ”media”. Ao governo lembram a obrigação de corresponder e apoiar os esforços da sociedade civil, que tanto vem fazendo na Venezuela. Todavia, não deixam, ao mesmo tempo, de denunciar os preconceitos contra as mulheres no universo das agremiações existentes, por parte de alguns dirigentes, que continuam a negar a evidência das aptidões femininas na gestão da “res publica – e a afasta-las dos órgãos diretivos.
Esta abordagem coincide, em absoluto, com a que presidiu aos primeiros ensaios de uma política de género no espaço das comunidades do estrangeiro, que começou com a convocação de um Encontro Mundial de “Mulheres Portuguesas no Associativismo e no Jornalismo”,  em 1985, (tornando Portugal o precursor num domínio onde nunca um país de emigração havia levado a cabo reunião semelhante, com o fim de promover a participação feminina).
Foi há precisamente 30 anos! Já então as notáveis portuguesas que deram rumo e futuro a esse Encontro se não limitaram a considerar a sua própria situação. Pronunciaram-se tanto sobre o papel imprescindível das mulheres como mediadoras da integração familiar e guardiãs da nossa cultura e tradições no estrangeiro, como sobre as questões gerais e as prioridades políticas no apoio às suas comunidades, precisamente como tem sucedido nos recentes congressos da Mulher Migrante da Venezuela. 
As pioneiras do dirigismo associativo e do jornalismo, na década de 80, pretendiam estabelecer uma plataforma em que pudessem dar continuidade aos trabalhos então entusiasticamente iniciados, mas isso não foi possível no imediato… Decorreram alguns anos até que, em 1993, nasceu em Lisboa, com algumas das protagonistas do Encontro Mundial e com a mesma finalidade, a Mulher Migrante -  Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade. Uma designação tão lata permite-lhe atuar em várias frentes, como tem feito, ao longo de mais de 20 anos, colocando o enfoque nas migrações, no estudo e na luta contra o fenómeno da discriminação das mulheres, dos estrangeiros, das minorias étnicas, dos jovens, dos seniores…. Isto é, tendo começado na solidariedade e cooperação “com” as mulheres,  continuou na solidariedade e cooperação “das” mulheres para com todos os excluídos. Por isso, escolheu como lema esta frase lapidar: “não há estrangeiros numa sociedade que vive os Direitos Humanos”. Assume, assim, o multiforme combate por uma verdadeira democracia, que não deixe ninguém de fora…
Olhando a história deste movimento em que nos integramos, pugnando por mais humanidade e mais cidadania, é de realçar um facto por demais esquecido: foi no CCP que ele nasceu como ideia, em 1984, por proposta de uma das primeiras mulheres que nele tiveram assento (a jornalista de Toronto, Maria Alice Ribeiro). Uma recomendação aprovada consensualmente na reunião do CCP da América do Norte,  teve sequência logo no ano seguinte, na convocatória do 1º Encontro de Mulheres Portuguesas. Isso explica por que razão, o governo levou a cabo essa primeira audiência com as duas componentes principais do próprio Conselho, no seu modelo original dos anos 80: representantes eleitos de coletividades e jornalistas. Era uma primeira consulta ou audição de mulheres, que deveriam pertencer. mas não pertenciam, ao CCP, órgão consultivo quase 100% masculino . Essa ligação umbilical estava, por sinal, destinada a manter-se:  a Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, por despacho de 21 de Abril de 1987, criou a “Conferência para a Participação das Mulheres Migrantes”, a funcionar, com regularidade, na órbita do CCP (no contexto de uma reforma que instituía diversas Conferências,  vistas como uma forma de alargar o âmbito do diálogo do Governo e dos próprios Conselheiros com setores importantes da sociedade civil).
O governo caiu  escassos meses depois, o CCP entrou, em 1988, em longa hibernação, e, por isso, a reunião periódica das Portuguesas da Diáspora ficou no esquecimento. A meu ver, foi pena, porque teria antecipado o futuro!
Mas a ideia de avançar para um forum de cooperação internacional do associativismo feminino renasceu, foi incorporada nos planos da “Mulher Migrante” – à margem do CCP, é certo – e, através de uma parceria entre a Associação e a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, foram retomadas as politicas com a componente de género – primeiro através dos “Encontros para a Cidadania”  (2005/2009), seguidamente com a realização de Encontros Mundiais e de conferências e colóquios temáticos (2011/2015)
É uma resposta firme à situação de desigualdade de participação que subsiste em muitas estruturas existentes na Diáspora. Permite às mulheres fazerem coisas diferentes, essenciais e admiráveis para o progresso das Comunidades. Talvez um dia seja prescindível, quando a igualdade for um dado adquirido, um dia que ainda não está na linha do horizonte. Mas já está conseguido, e é muito importante, um ambiente de forte cooperação, de integração do associativismo feminino num quadro global, em harmonioso relacionamento.
A metade invisível das comunidades, a feminina, apareceu nestas iniciativas do que chamamos “congressismo”, com enorme capacidade de inovação e generosidade. As portuguesas da Venezuela tem tido uma intervenção de primeiro plano nos encontros internacionais, como paradigma de modernidade e de polivalência, graças a um movimento que principiou e prossegue na área da beneficência e se estende agora à cultura, à convivialidade, com as famosas Academias da Espetada (combinando as vertentes lúdica e de bem-fazer) e ao combate pelos direitos de cidadania, sobretudo, com os grandes congressos da  Mulher Migrante em Caracas.
 No associativismo feminino, seguramente, e, cada vez mais, no geral ou misto, as portuguesas ou luso-venezuelanas estão hoje na vanguarda do mundo dinâmico das comunidades de cultura portuguesa.
É justo reconhece-lo! E felicitá-las, como faço, com muita admiração e amizade

Arcelina SANTIAGO AMM ATIVIDADES relatório

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DA AMM -2017/2018
2017 – SETEMBRO / OUTUBRO

I.  “PORTUGAL BRASIL - A DESCOBERTA CONTÍNUA”
A segunda edição do evento “ Portugal-Brasil a descoberta contínua”, em parceria com a Cooperativa Árvore e Hotel Porto Cruz teve lugar no auditório do Espaço Porto Cruz, em Vila Nova de Gaia, com o alto patrocínio do Senhor Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas .
 Uma vez mais a AMM quis celebrar a data da chegada dos Portugueses ao Brasil  e das relações que ligam estes dois povos com tanta história em comum.  Uma iniciativa que pretende sublinhar as relações fraternas entre Portugal e Brasil e, ao mesmo tempo,  repensar a importância na expansão do mundo da lusofonia no século XXI.

1.1 - INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE PINTURA 
CONFERÊNCIAS
8 de setembro - Vila Nova de Gaia
 A sessão de inauguração, em setembro de 2017,  constou de uma conferência  pelo  Professor Dr. Salvato Trigo, Reitor da Universidade Fernando Pessoa, com o tema "Da descoberta da mátria aos equívocos da pátria: ou de como se reinventa a história das relações luso-brasileiras". A historiadora Dra. Maria do Carmo Serén, apresentou o tema "Dois brasileiros no Porto - Encontros e Desencontros de José Bonifácio de Andrada e Silva e D.Pedro I".  
Foi também dada enfase à arte com a inauguração da exposição de artistas portugueses  e brasileiros na sala de exposições do Porto Cruz, exposição comissariada por Constância Nery.
Vinte e seis obras, de 26 artistas plásticos, portugueses e brasileiros, com representação de temas livres e também temas relacionados com as tradições e costumes de Portugal e de outros povos.

2 - COLÓQUIO DE ENCERRAMENTO 
 A sessão de encerramento aconteceu no dia 14 de Outubro de 2017 tendo um programa diversificado do qual se destaca, as comunicações de: 
  - JOAQUIM MATOS PINHEIRO, Presidente do Elos Club do Porto, com  a comunicação “D. PEDRO IV E AS SUAS QUATRO COROAS.” 
  - DANYEL GUERRA, com o tema " LUSOS ILUSTRE NO CINEMA BRASILEIRO–A OUTRA CARMEN E O PORTUGUÊS DA CINEMODA"  
  - ARCELINA SANTIAGO apresentou algumas notas sobre  "MARIA ARCHER, UMA PORTUGUESA DO BRASIL” seguido de dramatização, segundo um guião da sua autoria, por  duas alunas MARIANA PATELA e CÍNTIA SOFIA RIBAS SILVA  “ Entrevista imaginária a Maria Archer”. 
- MARIA  MANUELA AGUIAR fez a intervenção final onde homenageou  RUTH ESCOBAR, portuguesa do Porto, que no Brasil foi uma grande atriz de teatro, a primeira mulher eleita deputada à Assembleia do Estado de São Paulo e a primeira representante do Brasil nas Nações Unidas, para o acompanhamento da Convenção contra todas as formas de discriminação da Mulher.
A sessão  foi moderada pelo Prof Doutor FRANCISCO SILVA, diretor da Cooperativa Árvore 

3- DEBATE SOBRE "JORNALISMO PARA A PAZ"  e  APRESENTAÇÃO DE LIVROS DA "JORNALISTA PARA A PAZ" ADELAIDE VILELA 
Fundação PRO DIGNITATE, Lisboa, 16 de outubro
  A AMM tem, ao longo de quase 25 anos de percurso, lançado, ciclicamente, o debate sobre a imagem e sobre o papel das mulheres, e em especial, das migrantes nos "media" portugueses, sem esquecer os das comunidades. Neste retomar do tema, foi a problemática da paz que esteve no centro das preocupações, como fora um dos últimos programas de ação da Fundação PRO DIGNITATE, em que muito se envolveu a Drª Maria Barroso, agora continuado pelo Dr. António Pacheco, que, ali, o apresentou para o debate, que ocupou a jornada..
A presença, em Lisboa, da jornalista Adelaide Vilela, há muitos anos radicada em Montreal, foi uma oportunidade para partilhar a sua experiência como mulher imigrada, envolvida na luta pela paz entre gente de todas as origens, nacionalidade, culturas, religiões.
 Adelaide Vilela foi retornada de África, em 1975, antes de partir para o Canadá, onde estudou jornalismo e trabalhou na imprensa escrita, rádio e televisão, não só a nível da comunidade, como em programas da RTPI, na realização e interpretação de filmes. A sua vida tem decorrido em quatro continentes, da África à Europa, da América do norte à América do sul, para onde viaja com frequência e onde a sua obra literária tem sido reconhecida e premiada.
Aderiu, pois, naturalmente, ao projeto de um jornalismo ao serviço da paz, no qual também a AMM manifestou interesse em colaborar
No debate participaram ativamente associados da AMM, incluindo a  representante no Canadá, Profª Doutora Manuela Marujo

4 - CONGRESSO INTERNACIONAL - Migrações e Relações Interculturais na Contemporaneidade
Lisboa, 27  e 28 de outubro, Fundação Gulbenkian

Organizado pelo CEMRI/UAB e FCT, o Congresso foi presidido na Sessão de Abertura pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Prof Augusto Santos Silva e a Conferência de Abertura esteve a cargo do  Prof João Relvão Caetano (CEMRI/UAB)
Os trabalhos decorreram em sete mesas redondas e foram encerrados com uma Conferência da Profª Natália Ramos (CEMRI/UAB).
Maria Manuela Aguiar representou a AMM na II Mesa Redonda - Mulheres, Migrações e Diásporas, tendo apresentado um resumo escrito e feito uma comunicação oral sobre "As Mulheres na história das Comunidades Portuguesas e das políticas públicas para a emigração" 
RESUMO  
As migrações portuguesas começam como uma aventura masculina, onde o sexo feminino só excepcionalmente tem lugar. As primeiras políticas públicas neste domínio são de limitação ou condicionamento dos fluxos migratórios masculinos, quase sempre considerados excessivos, e de proibição da saída de mulheres, em regra, vista como contrária aos interesses do País. Ao longo dos tempos, centenas de milhares de homens e também um número crescente de mulheres, que querem juntar-se aos maridos ou aos pais, ou mesmo partir com eles, vão ultrapassar todos os obstáculos para alcançarem o "novo mundo". É com a chegada das mulheres e a reunificação das famílias que nascem as comunidades de cultura portuguesa, mas o seu papel, ainda que  matricial, é escassamente visível e reconhecido e a sua participação obedece à divisão tradicional de trabalho entre os sexos, no associativismo, como no núcleo familiar. Os movimentos feministas descuram a emigração e são raras e extraordinárias as organizações femininas de entreajuda até meados do século XX - caso do movimento mutualista feminino da Califórnia.   Após a revolução de 1974, a Constituição de 1976 vem proclamar a igualdade entre Mulheres e Homens e estabelecer a inteira liberdade de emigrar. As políticas públicas, que, até início da década de 70, se restringem à proteção dos emigrantes na viagem de ida e os abandonam nas terras de destino, evoluem para a defesa dos direitos dos cidadãos e  tomada de medidas de apoio social e cultural, e para o reconhecimento do papel do movimento associativo, Todavia, só uma década depois, no quadro de funcionamento do Conselho das Comunidades Portuguesas  - quase 100% masculino - se dá o primeiro passo para a prossecução de políticas com a componente de género, com a convocatória do "1º Encontro Mundial de Mulheres no Associativismo e no Jornalismo".(em junho de 1985). Mais de trinta anos decorridos sobre esse histórico Encontro Mundial, qual o balanço da ação da sociedade civil e do Estado no campo da igualdade de género nas comunidades do exterior? "
Na exposição oral, Manuela Aguiar procurou responder à pergunta,  traçando o percurso das políticas de género, desde o 1º Encontro Mundial de Mulheres das Comunidades do estrangeiro, em oitenta, até aos "Encontros para a Cidadania! (2005-2009). aos congressos mundiais do século XXI , assim como os modos de colaboração entre Estado e sociedade civil, neste domínio, com referência ao papel desempenhado pela AMM. 
   No auditório da Gulbenkian, representado diversas instituições, estiveram outros membros da AMM - Maria Beatriz Rocha Trindade (CEMRI/UAB),  Manuela Marujo (U Toronto) , Ana Paula Beja Horta (CEMRI/UAB), António Pacheco (Fundação PRO DIGNITATE) 

5 -  LANÇAMENTO DOS LIVROS "ROSTOS DA EMIGRAÇÃO"/ "VISAGES DE L'ÉMIGRATION"  de TENREIRA MARTINS
Luxemburgo, 29 de outubro

A convite do Instituto Camões, Maria Manuela Aguiar, que escreveu o prefácio da publicação, nas duas línguas, deslocou-se ao Luxemburgo e fez, juntamente com o Padre Melícias Lopes a sua apresentação.
O Autor foi, durante muitos anos, Assistente Social e Chefe dos Serviços Sociais, em Bruxelas, e o livro é obra de ficção moldada na realidade. Os rostos são os dos portugueses de uma geração de imigrantes na Europa, que teve dificuldades de adaptação, e, na maioria dos casos, as superaram. Porém, nem todos o conseguiram, ao menos, em certas fases de um processo continuado. E é destes que trata, num português de grande qualidade literária, Tenreira Martins. Retratos realistas e, de algum modo, como disse Maria Manuela Aguiar, também um auto-retrato do Autor, numa missão a que se dedicou por inteiro. E, por isso, cada um dos contos, nos leva para dentro do Gabinete dos Serviços Sociais de Bruxelas, igual a outros que existiam, junto a muitos consulados e nos dá a dimensão do papel que desempenharam.
Em tempos de recomeço de êxodo migratório, este livro leva-nos a questionar a ausência atual de formas de apoio, que deram corpo às primeiras políticas  públicas de emigração, surgidas nas vésperas da revolução de 1974 e, depois, continuadas e desenvolvidas.  Um dos múltiplos motivos de interesse que nos oferece é, assim,  o de motivar o debate sobre o passado próximo e o presente das migrações portuguesas.. 

2017 -  NOVEMBRO 
6 - XXIX ENCONTRO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS E DE LUSO- DESCENDENTES DO CONE SUL
Em Homenagem ao ENG.ª JOSÉ LELLO
e  XV SEMINÁRIO CULTURAL "DIÁSPORA E ASSOCIATIVISMO:PATRIMÓNIO, CULTURA E HERANÇA"
Colónia de Sacramento, Uruguai, 4 e 5 de novembro, 
A entidade organizadora foi a Casa de Portugal de Montevideo, que tem, pela primeira vez, a presidência de uma mulher, a jovem Viviana Valente, e cinco mulheres entre os sete membros  da Diretoria. O Comendador Luís Panasco Caetano, representante da AMM no Uruguai, antigo Conselheiro do CCP , desempenhou, igualmente, um papel central na preparação e concretização de um evento que teve o esperado sucesso, com centenas de participantes e um grande apoio das Autoridades do Uruguai (Intendente de Colónia) e de Portugal (Secretário de Estado das Comunidades e Embaixador de Montevideo)
  Além do atual Secretário de Estado  José Luís Carneiro,  dois antigos Secretários de Estado da mesma pasta, José Cesário e Maria Manuela Aguiar,  estiveram presentes na homenagem a José Lello, amigo e colega, cujo trabalho, empenho, simpatia e proximidade, as comunidades não esquecem. 
No Seminário Cultural, a 4 de novembro, Maria Manuela Aguiar participou na qualidade de fundadora e dirigente da AMM, apresentando uma comunicação sobre a "Internacionalização do movimento associativo português", começando por dar uma visão comparativa da situação dos outros grandes países de emigração europeus desde início de novecentos, em que o caso de Portugal (ausência de relacionamento internacional entre comunidades) é uma  exceção à regra, Entre as principais tentativas de combater este fenómeno, destacou :
 - a primeira fica a dever-se à Sociedade de Geografia (presidida pelo Prof Adriano Moreira), com a organização dos Congressos das Comunidades de Cultura Portuguesa, em 1964 e 1967, e a criação da União das Comunidades de Cultura portuguesa, que teve vida efémera por oposição do regime político, a partir de 1968. 
 - a segunda tentativa parte do Estado, não da sociedade civil, embora pretenda  mobilizá-la, para que organize autonomamente um movimento mundial. O Governo lança o Conselho das Comunidades Portuguesas, órgão consultivo, eleito pelo universo associativo, que se esperava pudesse dar impulso à federalização dos movimentos associativos dos cinco continentes, para além de cumprir outros objetivos, como representação e audição da "Diáspora".
Ao CCP associativo (1980/88), sucedeu o atual (desde 1996), eleito por sufrágio universal (logo, mais um "conselho de emigrantes" do que de comunidades), mantendo essencialmente o seu perfil consultivo. Não resultou, de facto, o impulso à internacionalização do associativismo, que continua  poderoso a nível de cada região ou país, mas desarticulado, a nível global.
Manuela Aguiar salientou, entre os raros exemplos de internacionalização, as "Academias de Bacalhau" (com algumas semelhanças e muitas diferenças com o movimento Rotário) e a AMM, que procura reunir mulheres e homens de todo o mundo pela causa da Igualdade. São, porém, formas novas de um fenómeno antigo,  sem a base patrimonial em que cresceu o associativismo tradicional. A seu nível, o melhor exemplo de diálogo internacional é constituído  pelo original paradigma dos "Encontros do Cone Sul", que reúnem, portugueses do Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. Do seu início como tertúlia e torneio de "sueca" (que perdeu o exclusivo mas se mantém como componente importante), evoluiu para uma vertente cultural - a exibição de grupos folclóricos de todas as comunidades envolvidas e os "Seminários", que atraem grandes nomes da vida cultural e política. A terminar, Manuela Aguiar deixou a pergunta; como  promover a generalização deste exemplo original?
Durante o convívio que o Encontro permitiu, o Secretário de Estado Mestre José Luís Carneiro manifestou interesse em novas colaborações com a AMM, muito em especial. a preparação de um congresso mundial de mulheres da Diáspora portuguesa, no ano seguinte. 

7 - BUENOS AIRES
  Encontro de Manuela Aguiar com a escritora Ana Maria Cabrera. Falada a possibilidade de organizar colóquios sobre o tema da violência doméstica, no contexto da imigração, com base no lançamento e leitura de um dos seus livros mais recentes "Rituales peligrosos"., que a Autora situa entre Buenos Aires e Los Angeles, mas que pode ser considerada como uma mensagem universal contra a violência.

2017 -DEZEMBRO 
8- PARTICIPAÇÃO NO CONGRESSO MUNDIAL DOS EMPRESÁRIOS PORTUGUESES
Viana do Castelo, 16 de dezembro
Neste Congresso, organizado pela SECP,  havia um número significativo de mulheres, que se aproximava dos 30%, pelo que por sugestão da AMM. aceite pelo Senhor Secretário de Estado, foi, durante a sessão de trabalhos do dia 16, apresentada a ideia da realização de um forum mundial de mulheres portuguesas, para concertação de estratégias para a igualdade, em vários domínios - o empresarial, o cultural, o político, o do associativismo e voluntariado.
O facto de a ideia ter surgido no final do ano tornou-se um obstáculo à procura de meios de suporte da iniciativa, que na sua dimensão global, teve de ser adiada para 2019, sem prejuízo, de procurar, em paralelo com o Congresso Mundial de Empresários,  promover, em dezembro de 2018, um primeiro Encontro sobre empreendedorismo feminino.
Manuela Aguiar  não deixou de recordar que Viana do Castelo fora a cidade que, em 1985, acolhera o 1º Encontro de Mulheres Portuguesas no Associativismo e no Jornalismo, que marcou o início das políticas públicas para a igualdade na emigração - ao tempo, uma iniciativa pioneira, a nível europeu e universal. recordou, também, que a AMM nasceu para concretizar o mais importante projeto saído desse Encontro: a criação de uma associação internacional de mulheres portuguesas.  

2018 - JANEIRO 
 9 - COLÓQUIO   A MEMÓRIA COMO HERANÇA
Mineola, Câmara Municipal 
O colóquio foi uma organização do Consulado - Geral de Portugal de Nova York, em parceria com a "Mulher Migrante -  Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade" e com as Escolas Comunitárias da área consular, e realizou-se em instalações do município de Mineola.
De manhã, o debate centrou-se no ensino de português, com intervenções dos professores de diferentes escolas e outros membros da comunidade escolar. De tarde, foi a presença portuguesa na América, em diversos campos, que esteve no centro do debate, muito participado.
 A jornada terminou com um jantar de confraternização no Centro Português de Mineola, em que centenas de portugueses prestaram homenagem à Cônsul- Geral, a que se associou a "Mulher Migrante",  representada por Manuela Aguiar, que se deslocou expressamente de Portugal, e por Maria João Ávila, Coordenadora da "Mulher Migrante" nos EUA, membro da direção da AMM e antiga deputada da emigração.
Por trás do sucesso do colóquio, esteve a experiência, criatividade, a energia da Cônsul-Geral, emotivamente saudada no jantar da comunidade, que reuniu centenas de portugueses, entre eles os mais destacados políticos luso-americanos, e dirigentes associativos, grande número de mulheres envolvidas na vida cívica e política, como Maria João Ávila. 
Todos enalteceram o seu trabalho em NY, nos últimos três anos. Fica uma frase, que sintetiza o "leit-motiv"  dos diversos discursos: "nunca mais teremos ninguém como ela!".
Manuela Aguiar citou Mariano Gago e Onésimo de Almeida, que no prefácio ("a quatro mãos") de uma publicação de Manuela Bairos escreveram que "era preciso cloná-la no MNE". Em 225 anos de existência do consulado de Nova York, Manuela Bairos foi a primeira mulher a exercer o cargo. 
Programa do Colóquio:  
10.00 – 11.30 ENCONTRO COM PROFESSORES DAS ESCOLAS COMUNITÁRIAS
Moderador: Dr José Carlos Adão
1. Coordenador-Adjunto de Ensino - Dr José Carlos Adão 
“A língua portuguesa como língua de herança” 
As escolas comunitárias como suporte da herança portuguesa e da identidade luso-americana
2. Consul-Geral Drª Manuela Bairos
Projecto escolar: entrevista dos alunos aos avós sobre as suas histórias de emigração
3. Período de interação com professores e diretores das Escolas comunitárias
4. Presidente da AG da "Mulher Migrante"  Drª Manuela Aguiar
O papel dos professores e dos alunos, das famílias na defesa do património da língua de herança e da cultura portuguesa
11.45-1300 Debate
13.00 – 14.00  (almoço)
IDENTIDADE LUSO-AMERICANA COMO HERANÇA PORTUGUESA 
14.30 – 15.00 
Apresentação da convidada Manuela Aguiar de honra e do programa da tarde pela Cônsul-Geral
Um projeto para o diálogo do movimento associativo português no mundo
15.00 – 15.45
Identidade de origem portuguesa
Moderador: Paulo Pereira
Josh Mendes (jewish)
Diane Macedo
Manny Frade
16.00 – 16.45
Participação cívica e associativismo
Moderador: Agostinho Saraiva
Felisbela Ferreira
Anália Beato/Amélia Gonçalves
Bruno Machado
17.00 – 17.45
Afirmação profissional
Moderadora: Paula Mendes
Amelita Moreira
Srª Martins
Tony Castro
Luis Tormenta
18.00 – 18.45
Participação política
Moderadora: Maria João Ávila
Rosa Rebimbas
Paulo Pereira
Maria Araujo Khan
Jack Martins
Janice Duarte
19.00  Jantar no Mineola Portuguese Center

2018 - MARÇO 

10 -  LANÇAMENTO DE DOIS LIVROS DE ADELAIDE VIVELA
 MONTREAL,  CENTRO COMUNITÀRIO DO ESPÍRITO SANTO DE ANJOU,  24 de março 
 Adelaide Vilela organizou, na noite de sábado, 24,   uma grande festa popular e tertúlia literária  portuguesa por ocasião do lançamento, no Canadá, dos seus últimos livros "Magma de Afetos" e "Olhos nas Letras", que já havia divulgado em várias cidades de Portugal. O evento realizou-se no Centro Comunitário de Anjou, com recital de poesia, música e intervenções do Cônsul Geral de Montreal, de professores e dirigentes associativos, contando com a presença de centenas de portugueses e luso canadianos e uma ampla cobertura dos "media". 
Manuela Aguiar destacou o perfil de intervenção da autora na sua comunidade, onde tem um longo e notável percurso como jornalista e onde se destacou, desde sempre, como defensora do ensino de português para  os jovens luso-canadianos e da língua portuguesa como língua de cultura - preocupações largamente dominantes entre as mulheres portuguesas em todas as comunidades e, como é sabido, um dos objetivos que mais as mobiliza para a participação cívica. 

11 -  COMEMORAÇÃO do DIA INTERNACIONAL DA MULHER 
CONFERÊNCIA  "A MULHER COMO FACTOR DE PODER E HOMENAGEM A MARIA BARROSO”
Montreal, 25 de março
 Pela 18ª vez o jornal LUSOPRESSE organizou,  no centro de Montreal, e de convívio dos portugueses, (no salão do restaurante Estrela do Mar),  o Dia da Mulher. É, desde há quase duas décadas, uma iniciativa, tanto quanto se sabe, inédita no mundo da Diáspora lusa. Em cada ano, uma nova vertente ou domínio de intervenção feminina e escolhida como tema de debate, que sempre tem contado com personalidades de relevo, portuguesas ou canadianas. Este ano, o ângulo escolhido foi o do papel das mulheres no domínio profissional e político. Foram conferencistas três jovens, duas empresárias, Sandra e Cláudia Ferreira e uma política, Anabela Monteiro, e, da anterior geração,  a antiga Secretária de Estado e Vice-presidente da Assembleia da República Maria Manuela Aguiar. 
À conferência seguiu-se a homenagem  a Maria Barroso e à  Prof Odete Cláudio, uma grande figura da comunidade recentemente falecida.
Maria Barroso fora, em 2007, a convidada de honra das comemorações do "Dia da Mulher" - uma jornada inesquecível, que foi recordada numa cidade onde a sua memória está bem viva. A personalidade de Maria Barroso foi apresentada pelo Prof Doutor e todos os presentes se juntaram à homenagem, dado um testemunho pessoal. 
M. Manuela Aguiar destacou o papel de Maria Barroso nos "Encontros para a Igualdade" a  sua longa colaboração com a AMM - 

2018 – ABRIL
12 - PORTUGAL-BRASIL - A DESCOBERTA CONTINUA A PARTIR DE MONÇÃO 
20 de abril
A terceira edição desta iniciativa aconteceu a  20 abril de 2018 na EPRAMI (Escola Profissional do Alto Minho Interior) em Monção.
 A AMM teve como parceiros:  Câmara Municipal de Monção, Casa Museu de Monção da Universidade do Minho, EPRAMI , Universidade Sénior de Monção, Agrupamento de Escolas de Monção, Jornal As Artes entre Letras, jornal A Terra Minhota, Centro de Formação Vale do Minho.
O Colóquio " Portugal/Brasil - a Descoberta contínua, a partir de Monção " pretendeu  celebrar o momento histórico em que Pedro Álvares Cabral avista terra do Brasil, onde é hoje Porto Seguro, a 22 de abril de 1500. Foi essa a data que o Senado Brasileiro aprovou como "Dia da Comunidade Luso Brasileira" - iniciativa que viria a ser ratificada por Portugal. A efeméride é celebrada em todo o Brasil, com grande empenho dos Portugueses, mas passa quase despercebida em Portugal. 
Esta iniciativa teve o Alto Patrocínio do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
 Investigadores/as, professores, estudantes, decisores políticos, interessados/as nesta temática, foram  desafiados a participar neste colóquio e torná-lo num momento de debate e reflexão em torno da história da emigração, da cidadania e da lusofonia que ganha agora novo incentivo através da decisão legislativa que visa reforçar o estudo da emigração, fazendo-se jus a esta parte importante da história do povo português. Dar-se-á especial ênfase às questões da Igualdade e relevo a mulheres e homens da diáspora lusa com cunho minhoto. 
Da Comissão Científica faziam parte: Graça Guedes, Professora Catedrática Aposentada da Universidade do Porto; José Viriato Capela, Professor Catedrático da Universidade do Minho e Presidente da Casa Museu de Monção da UMInho; Alexandra Esteves, Professora Auxiliar da Universidade Católica, Pólo de Braga 
Do Programa constavam dois painéis: 
O 1º, intitulado DIMENSÕES DO POLIEDRO DA EMIGRAÇÃO abordou os seguintes temas:  A Emigração de Viana do Castelo para o Brasil (1929-1950) a partir dos livros de registo de passaporte- por Rui Miguel Pires, Mestre em Relações Internacionais - Universidade  Lusíada do Porto;   Ateliês da memória -  Monçanenses pelo mundo  por Francisco Alves, Diretor do jornal local A Terra Minhota e  Arcelina Santiago, Mestre em Ciências Sociais Políticas e Jurídicas - Universidade de Aveiro; Trajetória  literária de Maria Ondina Braga por Isabel Cristina Mateus, Professora Auxiliar do Departamento de Estudos Portugueses e Lusófonos do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) da UMinho;  Maria Archer,  uma portuguesa no Brasil . Entrevista Imaginária a Maria Archer pelos alunos da EPRAMI - Beatriz Lopes e Pedro Cerqueira; História de uma Vida entrevista a  Carlos de Lemos

2018 - JUNHO
13 - ENCONTRO COM ADELAIDE VILELA 
12 de junho, Biblioteca José Marmelo e Silva, Espinho

A AMM em colaboração com a a Universidade Sénior e com o apoio da Câmara Municipal de Espinho, levou a cabo um encontro com a jornalista e escritora Adelaide Vilela, em que esta falou da sua experiência como retornada de África, no período da descolonização, em 1975,  como mulher portuguesa emigrada no Canadá há cerca de quatro décadas e, também, da sua obra literária.
O Dr. Armando Bouçon, Diretor dos Serviços Culturais da Câmara Municipal deu as boas vindas e as Dr.as Glória Rocha, em nome da Universidade e Manuela Aguiar, em representação da AMM, fizeram a introdução aos temas a tratar, Antes da oradora tomar a palavra, foram lidas pelas alunas da Universidade Sénior algumas das poesias de Adelaide Vilela, acompanhadas por música também interpretada por uma aluna da universidade.
Depois do brilhante improviso da oradora, seguiu-se um debate e a jornada terminou com a sua disponibilidade para assinar alguns dos livros . 

14 - HOMENAGEM AO DR DURVAL MARQUES 
VN GAIA, 15 de junho
A" Academia do Bacalhau" do Porto, no seu jantar anual Camoneano prestou homenagem póstuma ao fundador das Academias, Doutor Durval Marques, que, em Joanesburgo, foi o organizador das primeiras comemorações d Dia 10 de junho. O movimento então criado é hoje o maior, a nível internacional, no mundo lusófono. Graça Guedes, sua  amiga dos tempos de juventude e Maria Manuela Aguiar, estiveram presentes na homenagem. Ambas se contam entre as primeiras mulheres que, nos anos 80,  foram membros das Academias de Bacalhau - a Profª Graça Guedes em Durban, a Drª Manuela Aguiar na Academia -mãe de Joanesburgo, onde a pioneira fora Amália Rodrigues.
Manuela Aguiar, que foi a oradora convidada para falar do papel das Mulheres da Diáspora e da AMM, lembrou a colaboração do Dr Durval nos congressos da Associação, em particular, a sua intervenção no Encontro Internacional de 2009, com citações reveladoras do líder que foi na defesa da língua e da cultura portuguesas e da sua ação excecional no campo do solidariedade e da beneficência, que, com ele, marcaram, a vocação das Academias, a par do espírito de amizade e convivialidade. A sua compreensão para as questões da igualdade e fez dele um aliado de sempre da AMM 

15 - PALESTRA sobre "O PAPEL DA MULHER PORTUGUESA NA EMIGRAÇÃO"
Academia de Bacalhau do Porto,  
O "jantar camoneano"  tem sempre um orador convidado e um tema que se enquadre no espírito das comemorações do "Dia de Portugal".  As questões da emigração têm sido frequentemente abordadas (recordamos, por exemplo, uma notável  intervenção de José Lello), e, desta vez, o convite foi feito a Maria Manuela Aguiar, tara as tratar com a inclusão da perspectiva de género, focando, em especial, os objetivos e realizações da AMM. Numa primeira parte, a oradora traçou a linha tradicional das políticas de emigração, que privilegiavam a saída de homens sós, para mais eficaz atração de remessas e, contra a vontade do Estado, o aumento constante das migrações femininas, sobretudo, para reagrupamento familiar e as consequências que trouxe não só para os projetos de emigração e o seu sucesso, mas também para as próprias mulheres, a sua autonomia económica, a sua força como mediadoras  entre culturas, para a integração e para a criação de verdadeiras comunidades culturais.
Numa  segunda parte centrou a atenção na AMM, uma organização de defesa da igualdade e da participação cívica feminina, que reúne mulheres e homens no mesmo objetivo. Um desses homens foi, justamente Durval Marques, lembrado como companheiro de caminhada.

16 - LANÇAMENTO DO LIVROS DE ADELAIDE VILELA - MONÇÃO
No dia 22 de junho, na Biblioteca Municipal de Monção
Sessão de apresentação dos livros de Adelaide Vilela - "Olhos nas Letras" e "Magma de Afetos" 
  Iniciativa  proposta pela Associação Mulher Migrante à  Câmara Municipal de Monção e  com colaboração e presença de muitos alunos da Universidade Sénior. A sessão de apresentação  contou com a presença da senhora vereadora da educação, Dra Natália Rocha. ´
Arcelina Santiago, em nome da Associação Mulher Migrante, fez uma intervenção sobre a vida e obra da autora, jornalista e escritora. Destacou o  papel de mulher da diáspora a viver a já mais de 40 anos no Canadá, com uma riquíssima  experiência de vida, dando ênfase ao seu papel enquanto divulgadora da lusofonia, carregada de sentimento de portugalidade.  Enfoque especial à divulgadora da cultura portuguesa que  contempla os leitores  com um tratado de emoções, vivências entre a ficção e a realidade. Realçou também o seu papel enquanto cidadã aberta ao humanismo e intervenção em ações de voluntariado cultural bem como o seu papel enquanto defensora  de  causas, dos direitos humanos, dos emigrantes e das mulheres. Em suma,  a defensora de uma vida inspiradora,  orientada por um forte sentimento positivo e por  valores de justiça, paz,  amor e fé  encantou a audiência. 
Na  sessão foram  declamados dois belos poemas da autora,  intitulados "Que ela brilhe" e "Amor Lusitano que, simbolicamente, marcam duas das suas múltiplas  facetas: a defensora dos direitos das mulheres e a divulgadora da  Lusofonia.

17 - CONTRIBUTOS DAS ASSOCIADAS DO ESTRANGEIRO
VENEZUELA
A diáspora de Venezuela é um fenómeno em pleno século XXI
Nestes últimos vinte anos, temos ido apalpando uma economia totalmente destruída ou estragada pela política em Venezuela, já analisada por minha pessoa e com declarações dadas à imprensa da Ilha de Madeira no  ano 2016, de que  a cada dia  é mais evidente, como  a capacidade produtiva interna tem diminuído, as ofertas de trabalho, os empregos caem quase num 80%. Como professora  que sou  de uma das universidades maior e importante do país, Universidade de Carabobo, localizada na cidade de Valencia, Estado
Carabobo; é deprimente já que hoje observamos a um professor universitário, sem qualidade de vida, pela hiperinflación existente, onde comprar alimentos, medicinas, transporte é quase impossível de cumprir. Portanto diz-se: toda uma vida estudando e trabalhando, para poder adquirir um nível de vida estável, e cobrir suas necessidades básicas, neste momento é quase impossível. 
Desde minha niñez, adolescência e de adulto, vivemos sempre num meio agradável, quase sem problemas; onde o trabalho de meus pais emigrantes da Ilha de Madeira pelos anos 50, 60,  foi realmente aceitável, onde o emigrante português era aceite e respeitado; portanto meus pais deram-nos uma grande qualidade de vida e de estudos para superar-nos e que apreciássemos esses sonhos de emigrantes, que eles tinham feito realidade neste formoso país. 
A cada dia que vai passando, é preocupante ver que tem saído do país, 1,6 milhões de pessoas, o qual seria um aproximado de 5,5% de 29 milhões (segundo Tomas Páez), a maioria representa uma força total de talentos, que vai a diferentes partes do mundo; e quero recordar que Venezuela foi magnifica porta de entrada, de milhares de europeus durante o século XX.
O processo de sustento desta democracia em Venezuela, faz necessário recuperar a credibilidade na palavra e na confiança social, há que sobreponerse à demagogia e aos muitos discursos populistas, com falacias e manipulações, que hoje em dia conceptualizamos em ignorância e detractores da sociedade; portanto isto faz que as pessoas entrem no mundo das folhas de rotas para outros países. 
É de modo que estamos como em Modo de Pausa, em torno deste debacle económico e político que a cada dia nos submergem, na pior verdade amarga e difícil dos últimos anos em Venezuela.
Creio em seguir sonhando e lutando por este formoso país, que um dia aceito a uns imigrantes portugueses, em especial a meus pais que fizeram seus sonhos realidade; de modo que permitam-me seguir esse sonho deles, do crer num país e de que muito cedo sairemos deste pesadelo socialista-comunista.
Sendo mulher sempre lutadora, de nossa comunidade portuguesa, Conselheira das Comunidades Portuguesas, e Vice-Presidente  da Mulher Migrante em Venezuela, quero seguir sendo essa voz susceptível e intensa ante o mundo, e pedindo a viva voz e a Deus a maior sabedoria para nossa diáspora portuguesa;  de tratá-los com a mesma bondade e confiança que pode ter povo nenhum e em especial o entendimento do povo português. 
Seguir lutando e meditando desde meu ponto de vista profissional, em que não há que parar, há muitos sonhos, reptos e compromissos; mas não deixar-nos decepcionar, porque minha alma esta acordada, por esses sonhos de migrantes portugueses, que eu vivi e o apalpe dia a dia, na transformação e na pronta recuperação da democracia que que já vivi. 
Doutora Pd. María Fátima De Pontes Loreto.
Conselheira das Comunidades Portuguesas em Venezuela
Presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas Em Venezuela.
MMVE- Mulher Migrante Venezuela
Como nasce a Associação Mulher Migrante Venezuela?
No ano 2011 tive a honra de ser convidada a participar no Congresso Mundial da Mulher Migrante realizado na cidade da Maia. Foi aí, que ao ver o dinamismo desta organização e a sugestão da Dra. Maria Manuela Aguiar, levei esta inquietude para a Venezuela. Numa reunião com várias mulheres profissionais falei-lhes desta iniciativa e para minha surpresa foi acolhida com muito entusiasmo. É assim que começámos com os preparativos para no ano 2012 realizar o primeiro congresso da mulher migrante Venezuela e no dia 25 de Novembro desse ano ficou formalmente organizada a diretiva dessa Associação, a qual me honra presidir até à data.
As nossas atividades
Como  a Venezuela é um país enorme, e temos a nossa comunidade espalhada por todo ele, começámos com a tarefa  de dar a conhecer a nossa Associação. Realizámos vários encontros regionais e criámos nas entidades que visitámos comissões regionais da mulher migrante com os seus respetivos estatutos de funcionamento. Através destas comissões começou-se com a abertura de cursos de português, pois a nossa língua estava esquecida no interior do país, apoio social à nossa comunidade carenciada e conversatórios sobre diversos temas: inserção da mulher luso-venezuelana no mundo profissional, igualdade de género, violência contra a mulher, etc. As diferentes comissões  aceitam as sugestões dos temas a tratar da comunidade local e prévia aprovação da Mulher Migrante Nacional, realizam-se então os conversatórios e oficinas com especialistas.
A nossa Associação teve uma aceitação enorme e um entusiasmo que ainda hoje é motivo de orgulho, apesar de todas as dificuldades que estamos a atravessar nos últimos anos.
Dificuldades
Devido à situação política e socioeconómica que está a atravessar a Venezuela é cada vez mais difícil o acercamento às nossas comunidades. Estamos a ficar isolados pois os voos domésticos são cada vez menos e devido às grandes distâncias torna-se difícil a nossa deslocação. 
As entidades do interior donde se leciona o português requerem da nossa presença três vezes por ano e isto está a ser impossível. Durante o período letivo temos que ir acompanhadas do coordenador do ensino, o Dr. Rainer de Sousa, para fazer formação docente aos nossos leitores e acompanhar e resolver dificuldades que se tenham apresentado assim como também avaliar o desempenho dos nossos leitores através de inquéritos que passamos aos alunos.
Os alunos requerem duma certificação válida através do Instituto Camões para adolescentes e  do CAPLE, certificação da Universidade de Lisboa para os adultos. Lamentavelmente os custos estão a serem muito elevados devido à enorme desvaliação da moeda e os alunos não têm poder adquisitivo para efetuar este pagamento tão elevado, pelo que optam por obter somente o certificado de reconhecimento que entrega a Mulher Migrante, mas que não é reconhecido perante o Ministério de Educação.
A nossa presença nestas localidades longínquas tem diminuído devido à falta de transporte aéreo. Muitas vezes temos que ir via terrestre a estas localidades e são recorridos de oito, dez e até doze horas para podermos visitar estas comunidades.  Não utilizamos o transporte público devido à insegurança, pois estes meios de transporte estão constantemente a serem assaltados no percorrido. As estradas estão num estado deplorável e portanto as nossas viaturas sofrem com estas deslocações. Estamos sujeitos a avarias e não se conseguem as peças para arranjarmos depois a viatura avariada. Por estes motivos  cada vez torna-se mais difícil aceder a estas localidades e portanto as nossas atividades têm sofrido uma baixa significativa. No entanto parar é morrer, por isso continuamos na luta.
Outro problema é que alguns dos nossos leitores estão a retornar definitivamente a Portugal e neste momento são muito poucos para a grande demanda do ensino que temos nessas localidades. Estas são umas poucas dificuldades, temos muitas outras como a não existência de papel para fornecer material complementário aos nossos alunos, os custos cada vez mais elevados para mantermos estes cursos, etc, etc. Seria muito longo de relatar neste momento, pois todos os dias temos uma nova e diferente contrariedade, mas vemos o lado positivo. Estamos sempre em movimento e portanto sempre ativas.
A nossa diretiva na atualidade está conformada pelas seguintes pessoas:
Presidente: Maria de Lourdes De Almeida (Caracas)
Vice-presidente: Fátima De Pontes (Estado Carabobo)
Secretária: Fátima Teixeira ( Estado Miranda)
Guida Amaral: Tesoureira (Estado Miranda)

BRASIL -  RECIFE

A Drª Berta Guedes, representante da AMM no Recife, tem dedicado especial atenção à ajuda de novos emigrantes  emigrantes portugueses no Brasil e brasileiros em Portugal, no domínio da segurança social. A sua mais recente iniciativa foi a de divulgação do acordo bilateral nesta matéria, cujo desconhecimento implica perda de garantias concretas para os migrantes e suas famílias, no que respeita a dados como os de contagem de tempo de descontos, pensões por incapacidade e velhice, períodos de carência, assistência médica e outros benefícios.
Numa altura em que os fluxos migratórios inverteram a sua tendência tradicional, com uma maioria de brasileiros a saírem para Portugal, a Drª Berta dirigiu-se a eles, numa entrevista dada à Rádio CBN - Recife, dando informação detalhada sobre esses aspetos, nomeadamente
sobre o organismo de ligação competente no Brasil, que é, no que respeita ao aos acordos bilaterais com Portugal e Cabo Verde, o INSS (Instituto Nacional de segurança Social) - S Paulo.
Para os novos imigrantes portugueses no Brasil, a Dr.ª Berta Guedes fez a apresentação deste Acordo Bilateral no Gabinete Português de Leitura de Recife, disponibilizando-se, igualmente, a organizar um horário de atendimento em que pode responder a casos concretos.
NOTA FINAL 
A AMM, desenvolveu, assim, ao longo deste período de um ano, ações dentro do país, de norte a sul (Gaia, Monção, Lisboa e Espinho) e no estrangeiro (Luxemburgo, Sacramento, Uruguai, Buenos Aires, Argentina, NY, EUA e Montreal, Canadá), sem quaisquer custos para a AMM e sem que fossem recebidos quaisquer subsídios do Estado.
As iniciativas concretizadas fora do país, todas através da Presidente da AG da MM, Maria Manuela Aguiar, foram por ela custeadas (caso das viagens à Argentina e Canadá) ou apoiadas por parcerias. 
Manifestamos o nosso reconhecimento a todas os nossos colaboradores em parcerias que permitiram levar a cabo tantas iniciativas sem onerar a AMM, nomeadamente:
 - A Cooperativa Árvore e o Hotel Porto Cruz (exposição e colóquios integrados nas comemorações das relações Portugal-Brasil)
 - Instituto Camões (lançamento e debate sobre a problemática do livro "Rostos da Emigração" / "Visages de l'Émigration"
 -  ONG's da área consular de NY (colóquio "A memória como herança)
 - Jornal Luso presse, Montreal (Comemoração do Dia da Mulher - homenagem a Maria Barroso)  
 - Jornal "O Mundo Português", em cuja sede, desde há vários anos, se têm realizado as assembleias da AMM 
 -  Câmara Municipal de Monção, EPRAMI, Universidade Sénior de Monção, Agrupamento de Escolas de Monção, Jornal "As Artes entre as Letras", jornal "A Terra Minhota", Centro de Formação Vale do Minho (comemoração do Dia da Comunidade Luso-Brasileira)
 - Universidade Sénior de Espinho (palesta e lançamento dos livros da escritora e jornalista Adelaide Vilela, do Canadá)
 - Academia do Bacalhau do Porto (palestra sobre "O papel da Mulher Portuguesa na Emigração")
 - Câmara Municipal, Universidade Sénior de Monção - apresentação de livros da escritora emigrante Adelaide Vilela)
  Pela Direção da Mulher Migrante - Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade 



Arcelina Santiago