terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Manuela Aguiar Na comemoração dos 20 anos da AEMM em Lisboa


É uma alegria poder comemorar os 20 anos da AEMM neste espaço tão acolhedor da Fundação Pro Dignitate, tendo por anfitriã a Dr.ª Maria Barroso, que connosco esteve nas iniciativas mais significativas do percurso que agora lembramos.
Vir aqui é uma forma de lhe agradecer não só o estímulo que nos deu, desde a primeira hora, por acreditar em nós e nossos projetos, mas também a força do seu próprio exemplo de dedicação aos valores da paz, da liberdade, da igualdade entre mulheres e homens.
No longo caminho para a igualdade, ainda em curso, as histórias de vida daquelas que ousaram afrontar tabus, infirmar preconceitos, modelar costumes, civilizar e modernizar sociedades, surpreendendo-as com a verdade sobre os dons e as ilimitadas capacidades da Mulher em novos domínios, mantêm um enorme poder de inspiração. É o caso das que se converteram em símbolos  dessa Verdade, como Maria Archer e Maria Lamas, dois grandes nomes da Cultura Portuguesa do século XX, cujo talento literário serviu, de uma forma muito inteligente e muito militante, a causa da emancipação das mulheres do seu tempo, num Portuga encerrado num período de obscurantismo e de opressão sexista. Duas Mulheres de pensamento e de ação, para quem a escrita foi uma arma de intervenção cívica. A ousadia custou a ambas o exílio - a expatriação indesejada, onde se procura e reencontra a Liberdade.
 Como Mulheres Migrantes,  como mulheres livres e libertadoras, as evocamos, nas nossas mais recentes publicações, que hoje apresentamos em Lisboa - como já fizeramos no Porto e em Espinho, em tertúlias, em colóquios nos auditórios de Escolas Secundárias, da Biblioteca Municipal, na feira do Livro... divulgando a sua personalidade e sua obra junto de públicos novos, diferentes, em espaços onde as migrações e as migrantes não têm, normalmente, a visibilidade que merecem. Foram reuniões excelentes, debates muito participados, momentos inesquecíveis de descoberta de fascinantes perfis femininos, que lhes mostrámos  na sua singularidade, mas também no que têm de comum - vozes fortes que romperam o silenciamento imposto por uma ditadura particularmente misógina.
  As famílias de Maria Lamas e de Maria Archer deram, em muitos desses encontros, como hoje aqui acontece, o seu testemunho, tornando-as mais próximas de todos, num ambiente de simpatia e de afeto , em que queremos perpetuar a sua memória e o seu legado ético. E gostaríamos de salientar também. em especial, uma qualidade em que ambas se distinguem: a tenacidade, o saber aproveitar cada oportunidade do quotidiano para avançar na linha estratégica de combate pela dignificação da mulher  -   e das mulheres muito concretamente. Aproveitar oportunidades, criar oportunidades - quer, como Maria Archer, nas páginas de um romance, através de personagens de um impressionante realismo, quer, como Maria Lamas, na direção de uma revista de temas tão tradicionalmente femininos, como "Modas e Bordados", que transforma em meio de repensar o papel da Mulher, de valorizar a sua imagem, de comunicar com as jovens,  abrindo-lhes horizontes. 
 
Estas recentes iniciativas da AEMM, em que procuramos fazer a ligação entre o pensamento e a ação das mulheres da diáspora em sucessivos períodos, em diferentes lugares do mundo, são uma das marcas de uma nova etapa do nosso trajeto.
Vou lembrar, brevemente, esse trajeto, em que  distinguirei duas fases - uma primeira em que fomos estabelecendo, a partir de um grande congresso mundial em 1995, uma rede de contactos nas comunidades portuguesas,  embora as ações desenvolvidas se tivessem centrado fundamentalmente em Lisboa, com a organização periódica de colóquios e seminários sobre temáticas de emigração/imigração feminina, apoiados, quase sempre, pela Comissão da Igualdade . Em fins de século XX e princípios de século XXI, a imigração liderava a agenda e traduziu-se em várias iniciativas pioneiras desenvolvidas em colaboração com municípios e regiões autónomas, com um apelo à solidariedade para com um número enorme de estrangeiros recém-chegados em situação irregular (uma das publicações desse altura tem por título "Problemas Sociais da Nova Imigração").
A segunda fase na vida da AEMM inicia-se em 2005, com o alargamento do seu campo de ação ao universo da Diáspora, numa colaboração sistemática com a SECP para a execução  do que poderemos designar por políticas de emigração com a componente de género.
 Até então a nossa abordagem do fenómeno da emigração portuguesa fora mais focada no domínio do estudo ou levada a cabo através dos núcleos e representantes existentes nas comunidades e de deslocações esporádicas de dirigentes da Associação  (algumas muito bem sucedidas, como é o caso paradigmático da que serviu de mobilização para o associativismo feminino na região de Buenos Aires, com a criação da Associação Mulher Migrante Portuguesa da Argentina, em 1998.
O novo ciclo de vida da MM, que nos vai levar aos quatro cantos da terra fica a dever-se a uma conversa informal com  o SECP, Dr António Braga, em que eu lhe apresentava apenas uma proposta de realização de um congresso para comemorar a efeméride dos vinte anos do 1º Encontro Mundial de Mulheres Migrantes de 1985. A ideia de ir até às diferentes comunidades, ao longo da legislatura, de Encontro regional em Encontro regional, como preparação de um Encontro mundial, em 2009, foi do próprio SECP. Como foi dele a ideia de convidar a MM para a sua organização e a Drª Maria Barroso para a presidência de honra dos hoje já históricos "Encontros para a Cidadania - a igualdade entre homens e mulheres".
Logo que iniciou funções, o novo SECP, e nosso aliados de longa data, Dr. José Cesário chamou-nos a uma renovação dessa parceria e para a preparação de um Encontro Mundial, ainda nesse ano de 2011. Como ele, nós acreditamos na eficácia da colaboração de sociedade civil e Estado em projetos que ultrapassam a fronteira das políticas de mero interesse partidário.
Como já tenho dito, em várias ocasiões, somos uma pequena associação, que se tem transcendido, na chamada a missões importantes. Queremos continuar a assumir a responsabilidade de correspondes às expetativas que em nós colocam, sabendo que tudo o que conseguimos foi fruto de um trabalho solidário com outras organizações das comunidades. Temos sempre a preocupação de incluir as questões de género em eventos dirigidos às comunidades como um todo, onde, estas temáticas nunca tinham sido abordadas - por exemplo nas comemorações do Dia Nacional, em congressos  sobre lusofonia, sobre cultura, sobre juventude, sobre o envolvimento político na diáspora, em datas festivas de cada comunidade ou instituição, em Universidades, em escolas públicas, em  sindicatos ... Fazemo-lo sistematicamente, pois temos consciência de que estas matérias perdem em ser acantonadas num universo fechado de mulheres. Para nós, o associativismo feminino é uma ponte de transição para a paridade plena.
Nós MM queremos ser uma plataforma de diálogo de género e geração - foi o título do nosso primeiro congresso, é uma ideia força da própria paridade, da partilha de experiências, de um movimento que vem do passado, cheio de memórias, para um futuro de infinitas virtualidades.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Nassalete Miranda na Expo LX


Fundação Pro Dignitate– Outubro /Dezembro 2013

 

Mulheres em Movimento – 2

 

Esta exposição colectiva, que se insere no Encontro Mundial Mulheres da Diáspora, e nos 20 anos da Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade Mulher Migrante, junta neste espaço de Arte, Património e Solidariedade – a Fundação Pro Dignitate,  junta cores, texturas e linguagens do Brasil, de Moçambique, de Angola, de África do Sul, da Argentina e de Portugal.

Docas, Ester de Sá, Lurdes Abraços, Ana Maria, Isabel Saraiva, Constância Néry, Balbina Mendes, Maria Manuela Mendes da Silva, Luisa Prior, Natália Correia, São Passos, Mayo Caetano, Lurdes Abraços, Filomena Fonseca, Cidália Correia e Luz Morais dialogam entre si em hino à Lusofonia.

Este é um dos objectivos conseguidos da Associação Mulher Migrante, cruzar com os mares a língua, a cultura, a cidadania e a solidariedade e por isso, nesta hora de felicitações pelos seus 20 anos cabe um agradecimento imenso a todas as timoneiras que há duas décadas lutam pela igualdade de género, de que me permitam que destaque as Dras. Maria Manuela Aguiar (uma força da natureza que nos impulsiona para um FAZER onde os obstáculos logo o deixam de ser porque são literalmente saltados com toda a genica), Rita Gomes e Beatriz Rocha Trindade.

As Expressões Femininas da Cidadania encontram-se neste espaço de Património edificado, em diálogo com a poesia e pintura, numa cumplicidade partilhada entre estas mulheres da Diáspora que não baixam braços, que se orgulham de serem portuguesas, que alimentam as suas raízes e frutos através do trabalho desta Associação, com o apoio da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.

Estar aqui hoje entre todas vós, é uma inspiração e um privilégio que não posso deixar de agradecer.

O convite que se segue é para se visitar esta colectiva e receber de cada obra a luz da sua criadora, mais tarde a poesia sairá das telas para as palavras da Isabel Saraiva, da Cidália Correia e de todas quantas fazem do poema a sua almofada.

Nassalete Miranda

Gabriela Valente – Empreendedorismo feminino

 

Sou jornalista de formação, mas hoje o que eu menos faço no meu dia a dia é exercer o jornalismo. Hoje eu diria que sou mais publicitária e administradora de empresas do que jornalista. Mas não me arrependo do meu curso, talvez se eu não tivesse feito exatamente jornalismo eu não estaria onde eu estou.

 

Eu acredito que todo mundo nasce com um dom pra fazer alguma coisa, mas são poucos os que descobrem que coisa é essa. Outros até descobrem, mas não encontram meios de atuar na área. Eu tive a sorte de descobrir pra que eu servia na vida. Descobri cedo que meu negócio era na comunicação. Acho que poucos têm esse privilégio, essa sorte.

 

Meu primeiro trabalho foi em uma assessoria de imprensa. Passei dois anos nessa empresa, onde meu chefe dizia que eu sempre agi como dona. E eu sempre tive mesmo uma preocupação com o todo e não apenas com meu próprio trabalho. E essa eu acho que deve ser a primeira característica do empreendedor. Foi quando eu pedi pra sair dessa empresa e recebi o convite pra abrir meu próprio negócio. Eu ainda nem tinha terminado a faculdade, ainda faltavam dois períodos. Foram os meses que eu mais trabalhei na minha vida. Início de empresa, final da faculdade.

 

E eu acho que eu fiz isso na hora certa. Era a hora de arriscar, de trabalhar muito. E eu comecei a entender que estabilidade era o contrário de empreendedorismo. Enquanto a maioria dos meus amigos estavam na busca da estabilidade, ou estudando pra concurso ou em um emprego, eu estava me arriscando em uma coisa muito nova.

 

Eu tenho uma empresa de publicidade e marketing digital que foi uma das primeiras do mercado pernambucano com esse foco, o foco apenas no digital. E ao mesmo tempo que é bom olhar pra trás e dizer que fomos um dos primeiros, só nós sabemos o quanto foi e ainda é difícil. A empresa se chama Iris Agência Interativa e somos hoje uma equipe de quase 30 pessoas.

 

Quando me pediram pra falar de empreendedorismo feminino eu pensei logo que o foco seria nas diferenças e no preconceito que infelizmente, apesar da posição que a mulher já conquistou no mercado trabalho, ainda existe. Eu li um livro da mais alta executiva do Facebook e ela diz que um mundo realmente igualitário seria aquele em que as mulheres dirigissem metade das empresas e dos países e metade dos homens dirigissem os lares. Porque as mulheres enfrentam alguns obstáculos concretos mesmo no trabalho, como o machismo declarado ou sutil, a discriminação e até as vezes o assédio. E ela já entra com uma desvantagem que é muitas vezes a falta de estrutura e apoio à mulher mãe, dona de casa. Tem mulheres que comprometem suas metas profissionais pra dar espaço a companheiros e filhos que às vezes até ainda nem existem. Temos sim que aumentar nossa autoconfiança e fazer com que os parceiros ajudem mais em casa.

 

A mulher também é chamada a assumir comportamentos tipicamente masculinos para exercer o poder. Mas é preciso vencer essa imposição, aplicar a feminilidade em cargos de chefia e mostrar que é possível ser tão ou mais competente sem adotar os padrões convencionais de administração feito pelos homens e para os homens. Eu não acho também que deve ser lançada uma competição entre homens e mulheres no trabalho. Eu acho sim que eles devem andar juntos, a diversidade é fundamental.

 

Eu leio sobre o assunto e vejo alguns dados impressionantes, como: mulheres e homens no mesmo cargo, o homem ganha mais. Homens conseguem um cargo ou uma posição pela capacidade deles e a mulher pelo que ela já realizou. Essas duas coisas que eu falei que pra mim são muito emblemáticas, mostram um pouco desse preconceito que ainda existe. Mas ao mesmo tempo eu acho que as mulheres também devem que se impor enquanto profissionais e tentar sempre uma condição de igualdade. Eu tinha tudo pra sofrer muito preconceito, porque sou mulher e relativamente nova, tenho 25 anos, mas eu sempre tive muito respeito dos clientes, dos funcionários e dos meus sócios. Eu digo inclusive que tenho o privilégio de ter dois sócios homens, porque a gente se complementa. Deixando qualquer preconceito de lado, a gente não pode negar que os gêneros são diferentes, têm suas peculidaridades e eu acho que quando isso se soma em um ambiente de trabalho é muito positivo.

 

Pra fechar eu queria falar de algumas coisas que pra mim são essenciais quando falamos em empreender, agora esquecendo qualquer diferença de gênero:

 

·         Circular, conhecer, gente, fazer contato, ser como uma antena giratória captando sinais de todo canto. As melhores lições que eu apendi não vieram do ensino escolar, da universidade, tampouco dos livros. Muito veio da descoberta do dia a dia, das experiências não agendadas. E isso pra publicidade é muito importante. O processo criativo está atrelado a tudo o que vivenciamos, dos saberes que vamos armazenando em cada experiência.

·         Procurar ser criativo, independente de qual seja o seu negócio. Não ficar bitolado só naquilo, ler e procurar saber sobre coisas diferentes, se interessar por outras coisas, pois assim a gente vai montando repertório e um dia usamos tudo isso de alguma forma. Se tiver condições, viajar, sair do nosso ambiente de sempre, fazer coisas diferentes, abrir a cabeça, conhecer coisas novas. Isso estimula a nossa criatividade.

·         Ter disciplina.  Eu conheço gente ótima no que faz, talentosíssima, com ideias maravilhosas, mas que não tem disciplina, não respeita regras, prazos e limites. Muitos dos talentosos acham que por conta de suas qualidades estão dispensados de seguir disciplina. Eu discordo totalmente disso. Eu acredito mesmo que o sucesso depende de disciplina, dedicação e claro algum talento.

·         Contrate pessoas tão boas ou melhores que você e você terá uma empresa gigante. Tem muita gente bem melhor do que eu em várias coisas.

·         Ter foco, ser insistente, resiliente, perseverante. É difícil empreender, mas um bom empreendedor não pode desistir fácil. A cada duas histórias de sucesso que a gente ouvi pode ter certeza de que existem umas 1000 de insucesso, empresas que abrem e fecham todos os dias. E algumas sem dúvida fecham por uma falta de insistência.

·         Ser empresário é estar preparado pra ter uma vida instável. Ter medo de correr riscos, mas dosar um pouco este medo. Eu uma vez ouvi uma coisa interessante: quem tem medo, tem responsabilidade. E é verdade, o medo protege muito a gente em várias situações, mas o empreendedor tem que ter ao mesmo tempo um medo dosado, uma responsabilidade e um cálculo do risco, tudo ao mesmo tempo.

·         Pra finalizar, o mais importante: empreender na área que você gosta e não no que está na moda ou no que dizem que mais dá dinheiro. Se você empreende na área em que tem afinidades, a chance de dar certo aumenta. Eu nunca acreditei na equação “sou infeliz, mas ganho dinheiro”, eu quero é ser feliz! Até porque eu acho que só as pessoas felizes conseguem produzir bem, conseguem fazer grandes coisas. Tem gente que investe em empregos frustrados e sacrificam a coisa mais importante que elas tem que é a própria felicidade. Pra mim ser feliz no trabalho é tão importante quanto ser feliz em qualquer outra coisa na nossa vida.

 

Com 25 anos de idade eu ainda tenho mais a aprender do que a dizer, mas eu espero ter conseguido passar algo interessante e valioso.

 

Obrigada!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

PROGRAMA ENCONTRO MUNDIAL

Encontro Mundial - Mulheres da Diáspora
 “Expressões Femininas da Cidadania”

 Palácio das Necessidades – Largo do Rilvas
 Lisboa, 24 e 25 de Outubro

5ª Feira – dia 24 de Outubro

9,30 – Sessão de Abertura
Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas José Cesário
 Maria de Jesus Barroso - Presidente da Fundação Pro Dignitate
 Homenagem a Maria Lamas
 Salvato Trigo – Reitor da Universidade Fernando Pessoa
Rosário Farmhouse – Alta Comissária do ACIDI
Teresa Chaves Almeida – Vice Presidente da Comissão para a Cidadania e
Igualdade de Género
Maria Manuela Aguiar – Presidente da Assembleia Geral da AEMM

10,45 -- 1º Painel –“Mulheres na Política – um princípio de paridade”

Introdução – Maria João Ávila (Deputada à AR)
Comunicações:
Deputado à AR Carlos Gonçalves
 Andrea Fernanda Rodiño (Secretária da Cultura) Argentina
Representative Tony Cabral (Assembleia do Estado de Massachussets ) EUA
Maria do Rosário Loures (Escritora) Alemanha
Maria Augusta Santos (Mulheres em Movimento)
Maria do Céu Campos (Comissão Integ.- C.Municipal Ravensburg) Alemanha
Moderadora Maria Manuela Aguiar (AEMM)

12,00 - 2º Painel – “Comunidades Portuguesas. Novas formas de
 associativismo”

Introdução –. Victor Gil (MNE- SECP)
Comunicações:
Deputado à AR Paulo Pisco
Gonçalo Nuno Perestrelo dos Santos (Diretor Regional das Comunidades
Madeirenses – SET/Madeira
Carlos Teves (Diretor Regional das Comunidades /Açores)
Maria de Lourdes Almeida (Conselheira do CCP) Venezuela
Emmanuelle Afonso ( Presidente do OLD)
Mia Vieira Azar ( Association des Amis du Portugal) Líbano
Maria do Céu Kosemund (“Marias Corações de Portugal”) Alemanha
Custódio Portásio – (Com.Integ.Luxemburgo) Luxemburgo
Durval Marques (Fundador da Academia do Bacalhau)
Moderadora Graça Sousa Guedes (Universidade do Porto)

13, 30 Pausa para Almoço

15,00 – 3º Painel – “Empreendedorismo no feminino”

Introdução – Graça Gonçalves Pereira (MNE – Instituto Diplomático)
Comunicações:
Deputado à AR Carlos Páscoa
Nassalete Miranda (Diretora do Jornal As Artes entre as Letras)
 Jorge Macaísta Malheiro (Instituto de Geografia e Ordenamento do Território
 da Universidade de Lisboa)
 Luísa Ribeiro (Consultora no domínio da Educação) Inglaterra
 Alexandra Custódio (Presidente do “Club d´affaire Portugal Business Club de
 la Loire”) - França
Lucinda Barbosa ( Magistrada) Guiné
Celeste Patrocínio – (Empresária) Adega Ponte Lima
Moderadora Leonor Fonseca (Câmara Municipal de Espinho)

16,30 – Pausa

16,45 – 4º Painel – “ Migrações e Migrantes - Conhecer e Sensibilizar”

Introdução - Maria Beatriz Rocha - Trindade (Universidade Aberta –
 CEMRI)
 Conhecimento e Vias de Sensibilização
Comunicações:
Rosa Neves Simas (Universidade dos Açores)
Sofia Afonso (Investigadora – Centro de Estudos Humanístiscos/Universidade
do Minho(CEHM), Observatótio dos Luso-Descendentes (OLD)
Isabel Mateus (Escritora, Reino Unido)
Maria Victória Pereira (Poeta e Escritora/ Religious Studies/ (UNISA) Africa.
do Sul
Eugénia Costa Quaresma (Adjunta da Direção da OCPM)
Jacqueline Corado (Atriz) França
Moderadora Rita Gomes (AEMM)

19,00 - Exposição coletiva de pintura – “Mulheres d´Artes em Movimento”
Diálogo com as Artistas

 Ana Maria (Pintora)
 Balbina Mendes (Pintora)
 Carolina Schacht (Pintora) Guiné
 Cidália Correia(Pintora e Poetisa)
 Constância Nery (Pintora, Poetisa) Brasil
 Cristina Maya Caetano (Escritora, Pintora) RAS
 Docas (Pintora)
 Ester de Sá (Pintora , Escritora) RAS
 Filomena Fonseca (Pintora e Poetisa)
 Isabel Saraiva (Pintora e Poetisa)
 Lourdes Abraços (Pintora) Brasil
 Luísa Prior (Pintora)
 Luz Morais (Pintora)
 Maria dos Santos(Pintora)
 Maria Manuela Mendes Silva (Pintora)
 Natália Correia (Pintora) Argentina
 São Passos (Pintora) Moçambique

 (Local: Fundação Pro Dignitate - Praça da Estrêla,nº 12 – 1º-Lisboa)

21,30 -20 anos de vida da AEMM

 Homenagem a Fernanda Ramos
 Lançamento das publicações
 .“Vida e Obra de Maria Archer – Uma Portuguesa da Diáspora”
 . Revista “Entre Portuguesas num Mundo sem Fronteiras”- Homenagem
 a Maria Lamas
 Leonor Machado de Sousa (Universidade Nova de Lisboa)
 Olga Archer Moreira – Lampejos da imensidão nas artes de
 Maria Archer e Isabel Archer
 Fernando de Pádua – (Faculdade de Medicina – Prof. Jubilado)
 Intervenções das co-autoras da Revista

 (Local: Fundação Pro Dignitate – Praça da Estrêla, nº 12 – 1º -Lisboa)

6ª Feira – dia 25 de Outubro

10,00 – Embaixadora Ana Martinho – Secretária Geral do MNE
 A Expressão Feminina da Diáspora

 “Contributos Culturais de Expressão Feminina”

5º Painél – Letras

Introdução – Ana Costa Lopes (Universidade Católica de Lisboa)
Comunicações:
Maria Benedicta Monteiro (ISCTE)
Leonor Xavier (Jornalista e Escritora)
Isabel Maria Desmet (Universidade Paris 8 – Vincennes- Saint Denis) França
Glória de Melo (Poetisa e Escritora) EUA
 Silvia Oliveira – ( Rhode Island College) EUA
Moderadora Laura Bulger (UTAD . Universidade de Trás os Montes e Alto Douro)

11,30 Pausa

11,45 – 6º Painel – Artes

Introdução – Isabel Ponce de Leão (Universidade Fernando Pessoa)
Comunicações:
 Aida Batista (Escritora)
Ana Maria (Pintora)
Thais Mattarazzo (Jornalista) – Brasil
Ana Maria Cabrera (Escritora) Argentina
Balbina Mendes (Pintora)
Moderadora Manuela Bairos (MNE)

13,30 Pausa

15,00 – 7º Painel –“ Narrativas de Vida, Imagens e Imaginários”

Introdução - Ana Paula Beja Horta (Universidade Aberta – CEMRI)
Comunicações:
Deolinda Adão (Universidade de Berkeley, State University S. José/Califórnia)
EUA
 Juan Castien (Universidade Complutense) Madrid
 Elsa Lechner (Universidade de Coimbra/ CES)
Ortelinda Barros (CEPESE, Universidade do Porto)
Marília Patela Bação (Professora do Ensino Secundário) Setúbal
Moderadora Joana Miranda (Universidade Aberta CEMRI)~

17,00 – Sessão de Encerramento
Conclusões: Arcelina Santiago - Relatora do Encontro
Rita Gomes – Presidente da Direção da AEMM

As Artes entre as Letras entrevista Maria Manuela Aguiar

1 - Este ano o Encontro da AEMM tem como tema geral "Expressões femininas da cidadania". Que aspectos esperam abordar a partir desse "mote"
 
As muitas faces femininas da cidadania...
 Os direitos e a prática da cidadania, no caso particular das mulheres da Diáspora, têm estado no centro das iniciativas da AEMM, desde o seu início, há 20 anos. Cidadania no sentido mais amplo do conceito. E são as suas formas várias de exercício que consideraremos, ao longo do Encontro, passando da política e do associativismo, para a iniciativa empresarial, ou para a afirmação do “feminino” no espaço da cultura" – onde, aliás, o feminismo nasceu, em Portugal, com o envolvimento de notáveis escritoras e jornalistas. Não esqueceremos, muito em especial, as que foram emigrantes. As primeiras palavras serão  para Maria Lamas, que viveu a dolorosa experiência do exílio, em Paris. Uma cidadã exemplar, que faria neste mês de Outubro, 120 anos.
Sabemos que a emigração feminina, ainda hoje, é muitas vezes tratada num capítulo aparte, como que num pequeno compartimento isolado de uma casa grande. Neste congresso vamos contrariar essa tendência, olhando a evolução do fenómeno migratório actual a partir da história ou das histórias de vida das mulheres, da sua capacidade de afirmação, de influência nos destinos que partilham com os homens, nas comunidades portuguesas do estrangeiro.
2 -O primeiro tema do debate será "Mulheres Migrantes na política -um princípio de paridade". Há paridade nesta área, ou procuram aqui denunciar a falta dela?
A meu, ver há, como se denuncia no título do painel, apenas o seu princípio... A perfeita paridade é uma Utopia, com que queremos apressar o futuro. O nosso mundo é ainda feito de repúblicas dos homens - veja-se a imagem de uma cimeira europeia ou mundial de governantes, a relação dos prémios Nobel, a lista dos mais poderosos  do planeta... Todavia, a emigração tem sido, contra o previsto e o previsível, um factor de mais igualdade de género, pelo menos no caso português. Mas, sem dúvida, mais no campo da cultura do que no da política, ou em qualquer outro.
 3 - A Lei da Paridade foi uma medida positva para ajudar à igualdade entre os sexos?
 Sim, sem dúvida, apesar de cumprir o princípio da "paridade", de uma forma modesta e gradualista – garantindo, para já, apenas um mínimo de 1/3de cada um dos sexos nas listas eleitorais. Num país onde os partidos, que livremente ordenavam as listas, eram e são estruturas herméticas, onde o eleitorado, o povo, não é "quem mais ordena", foram os partidos mais fechados às mulheres os que mais se opuseram às novas regras… Não ousando desafiar o princípio em abstracto, são muitos os que, no campo conservador, contestam os meios de o impor "ex vi legis". Criticam-na por "fabricar" artificialmente a igualdade... Eu penso precisamente o contrário - considero que as  organizações partidárias, a começar pelas da juventude, pelas chamadas "jotas" , é que, de uma forma artificial, promovem  habitualmente os amigos e marginalizam as mulheres...De facto,  as "quotas" não põem em causa o "mérito" (que dentro dos partidos, não abunda...),  antes abrem portas a quem se presume ter méritos iguais ao dos escolhidos no interior das fortalezas partidárias. As quotas são, assim, uma fenda na muralha... 
4- Quem são hoje as mulheres da diáspora?
 Não resisto a dizer que, agora, como no passado, são mulheres de coragem e de visão,  verdadeiras construtoras de pontes entre culturas e países. O seu papel e o seu relevo no quadro global das migrações não será muito diferente, hoje, do que era na segunda metade do século XX - a percepção que deles se foi ganhando é que é mais ajustada às realidades. O primeiro grande contributo veio do associativismo feminino, apesar do sua posição periférica no movimento geral... Depois, das primeiras audições das próprias mulheres pelos governos e, sobretudo, da investigação científica, de estudos pioneiros, como, por exemplo, os de Engrácia Leandro, em Paris, na década de 90. Hoje em dia, é crescente a atenção por parte dos “media”, dos políticos, das próprias organizações das comunidade que eram bastiões tradicionais do dirigismo masculino.
A emigração revelou-se uma via inesperada de emancipação para um sem número de mulheres portuguesas, no seu trânsito de uma sociedade rural para meios urbanos, onde aproveitam a influência de novos paradigmas de relacionamento familiar e, sobretudo, da autonomia pessoal que lhes dá o acesso a trabalho remunerado ( às vezes mais ou melhor do que o do marido)...
Actualmente dá-se muita visibilidade a um novo perfil de mulheres emigrantes, mais qualificadas e independentes -  as que partem por sua conta e risco e que estão conhecendo o sucesso profissional noutros patamares. De todas-  das primeiras gerações, aparentemente mais conformistas, e das jovens, em regra, mais competitivas e conscientes da sua competência profissional- se faz o mundo da emigração feminina, cada vez mais complexo e heterogéneo.

5 - Os  problemas da mulheres migrantes são muito diferentes hoje?
 Alguns novos e graves problemas podem surgir, contrariando o clima de optimismo, de crença numa mais fácil integração de uma superior formação académica e profissional (que, em média, é uma realidade, para mulheres e homens). Temos de admitir, ao menos em alguns casos, ou numa primeira fase, o possível não aproveitamento dessas qualificações, a falta de oportunidades concretas, e o consequente sentimento de frustração e de desânimo. O êxodo a que assistimos é tremendo, é uma fuga generalizada, apressada. São muitas, muitos os que partem cegamente à aventura, ignorando  advertências e conselhos...E não sei se terão por parte da "sociedade civil", do associativismo, que na história das nossas migrações sempre se soube substituir ao Estado, o mesmo apoio, a mesma solidariedade de que beneficiaram gerações sucessivas de emigrantes. Talvez à nova emigração corresponda um novo associativismo, ou uma renovação do antigo, com a importância que isso tem na ligação colectiva ao País.  Talvez... certezas, não tenho...

 6 - A componente cultural continua a ser uma aposta destes Encontros, especialmente nas Artes plásticas Encontram nesta área em concreto mais necessidade de intervenção?
 
 O programa que a AEMM preparou, num ano de comemorações (que é sempre, sobretudo, um ano de especial reflexão, retrospectiva e prospectiva) tem um enfoque especial nesta componente,  antes de mais pelo facto da ligação das comunidades a Portugal se originar e se fortalecer  no seu âmbito, com o ensino da língua e o culto das tradições, das artes, da música, do teatro, da dança, no quadro de um associativismo felizmente omnipresente nas nossas comunidades. E também porque muitas são as mulheres  que estão à frente dos projectos e acções, neste domínio fundamental. O dar-lhes reconhecimento e visibilidade é, em si mesmo, um factor de mobilização  para o exercício dos direitos da cidadania.  Tem sido prioridade constante da AEMM. Já o acento colocado nas Artes Plásticas é coisa mais recente, bem justificada pela proeminência de  geniais Artistas da diáspora  - Vieira da Silva, Isabel Meyrelles, Paula Rego...
Foi a Drª Nassalete Miranda,  a impulsionadora e a comissária da 1ª exposição colectiva de Mulheres, que realizámos em 2011, durante o Encontro Mundial na Maia. Uma nova colectiva será inaugurada durante o Encontro de Lisboa, reunindo pintoras das comunidades e outras cujas obras têm corrido o mundo.
 7 - São iniciadas no Encontro Mundial as comemorações dos 20 anos da AEMM. Há outras acções previstas?
 Este Encontro de Outubro dá continuidade a um primeiro Colóquio, que teve lugar em fins de Maio, em Espinho, no contexto da II Bienal Internacional “Mulheres d’Artes", com uma marcante adesão do SECP  Dr. José Cesário. O tema foi “Migrações e artes no feminino” . Contámos com mais de 200 presenças. e um diálogo vivo sobre a especificidade (ou não) do feminino na arte, sobre percursos de vida muito concretos, interinfluências culturais que se transmutam nas artes…  com esplêndidas introduções das Professoras Ana Gabriela Macedo e Isabel Ponce de Leão. Esse colóquio foi seguido, em Agosto, de um Encontro, na mesma Bienal e na mesma linha de análise e indagação, com estudantes dos cursos de língua portuguesa da Professora Deolinda Adão, nas Universidades de Berkeley e S. José (Califórnia) e com alunos finalistas das Escolas Secundárias de Espinho. 
Ainda em 2013 está prevista a organização de um  Colóquio sobre “As Mulheres na Carreira Diplomática” e a abertura, no Brasil, uma nova Delegação da AEMM, por iniciativa da Dr.ª Berta Guedes, que foi recentemente candidata à Prefeitura dessa cidade. Finalmente, em Dezembro, contamos fazer o lançamento da publicação das actas do Encontro de Outubro.
 
 8 - O que pode adiantar sobre as ASAS, Universidades Seniores?

A ideia da criação de universidades seniores impõe-se numa emigração onde esta componente é tão grande e pode dar muito mais do que dá às instituições das comunidades, em voluntariado.
A cidadania é para ser vivida em todas as idades e há nos mais velhos não só experiência e sabedoria, mas também muito mais energia do que aquela que se lhes reconhece... E temos em Portugal incontáveis exemplos de sucesso deste modelo de animação cultural, de aprendizagem e convívio permanentes. 

Foi o que procuramos levar ás comunidades, com o projecto das US ou das ASAS, "Academias Seniores de Artes e Saberes". Na África do Sul,  em  diferentes cidades, por acção da Liga da Mulher, na Argentina, graças à Associação Mulher Migrante , em Toronto, pela mão da Profª Manuela Marujo da Universidade de Toronto  a ideia vai tomando formas concretas. Mas, em muitas associações portuguesas do estrangeiro há já  iniciativas semelhantes, ainda que com outras designações - iniciativas que podem ser redimensionadas, partilhadas, renovadas.

Manuela Aguiar Deste encontro em diante...

A AEMM nasceu, bem vistas as coisas de uma fundada crença nas imensas virtualidades dos encontros entre gente que gosta de viver com os outros e para os outros. Os extrovertidos, como nós, os portugueses somos. Quando olho a nossa história dos últimos séculos, a das viagens marítimas, que começaram na vontade de "descobrir" ou achar terras novas, de estabelecer relacionamentos de toda a ordem com povos os mais diversos e, depois, se continuaram na emigração, gosto de falar de uma aventura de extroversão.´ Uma cultura de convivialidade!
Este encontro, como tantos outros na vida da AEMM, começou na ideia de uma simples visita de um grupo de estudantes da Califórnia à Bienal  "Mulheres d'Artes". Claro, é um grupo especial trazido a Portugal por alguém, que, para além da sua excecional qualidade como Pedagoga, é a mais dinâmica e a mais comunicativa das Portuguesas da diáspora: a Professora Deolinda Adão!
Uma Bienal de Artes no feminino é, à partida, coisa atrativa,  pelo seu carater aparentemente inédito e, do ponto de vista de alguns, insólito  também. A merecer uma visita de estudo. E, para a tornar mais interessante e profícua, porque não convidar as Autoras para falarem das suas obras e do da sua perspetiva sobre a Arte e o Género? Ou seja, converter a passagem pela Bienal num diálogo com as Artistas. E, sabendo que num dos átrios do Museu estão igualmente expostas quatro belíssimas Caravelas, construídas  por alunos da Escola Domingos Capela, porque não pedir a presença dos seus  obreiros , para que o diálogo se  alargue numa reunião de gerações?  Género e geração - uma simbiose que marcou o primeiro grande encontro realizado pela AEMM, há quase 20 anos. aqui em Espinho e que está ainda no centro das nossas preocupações
 O Museu, a Câmara Municipal, como sempre, abriram-nos as portas,  entusiasticamente.
Esta evolução da ideia inicial só foi possível porque de todas as partes vieram respostas de imediata adesão: da Vereadora da Cultura Drª Leonor Fonseca, dos responsáveis do Forum de Arte e Cultura de Espinho,  das pintoras, escultoras, professores, alunos, associadas da AEMM... Quase de um dia para o outro o acontecimento cresceu à dimensão daqueles que, normalmente exigem longa preparação.
Muito obrigada a todos por esta bem sucedida "aventura de extroversão" e convivialidade, que partilhámos
E por, no final, nos terem dado a certeza de que o encontro se vai continuar em muitos outros,  com jovens de Espinho e da Califórnia.




segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Nelma Patela sobre o Encontro com Estudantes de Berkeley


Brilhantes Navegadores

 

Nelma Patela

No âmbito do Sarau cultural dedicado a Camões que teve lugar no dia três de maio deste ano, os alunos das turmas de 8º ano aderiram ao desafio de construir e decorar caravelas para expor nesse evento. Três das caravelas foram elaboradas numa estrutura de cartão prensado e outra, que viria a ser a vencedora, foi construída numa estrutura de arame semelhante ao que é geralmente usado nos galinheiros. Posteriormente, os alunos decoraram-nas com diferentes materiais reciclados e biodegradáveis e… muita imaginação! Os trabalhos foram realizados sob a orientação da Professora Filomena Bilber nas aulas de Educação Visual e nos tempos livres de alunos e professora, fruto de um grande empenho, dedicação e orgulho no desenvolvimento desta iniciativa.

A atividade permitiu que os alunos navegassem pelo infinito mar da imaginação, motivados na pesquisa e na execução, unidos num projeto, sendo o produto final quatro caravelas muito diferentes, mas igualmente belas, únicas, interessantes. Depois, surgiu o convite da Associação de Estudos Mulher Migrante através da Professora Arcelina Santiago, propondo-nos integrar as comemorações dos 20 anos desta Associação no “Encontro Mundial Mulheres d’Artes da diápora portuguesa – as migrações e as artes no feminino”

A integração de jovens em projetos onde se faz a defesa de causas, neste caso,  abraçadas pela Associação,  é uma das componentes importantes na educação  e, por isso, tanto eu como os professores Filomena Bilber e Paulo Cunha aderimos com  muito entusiasmo. Aconteceu esta experiência que proporcionou aos nossos jovens o contacto com a arte de mulheres da diápora, abrindo-lhes horizontes e permitindo-lhes intervir na sessão inaugural da Bienal d’Artes em Espinho.

 Assim, as caravelas navegaram até ao FACE, local onde a II Bienal “Mulheres d’Artes”, promovida pela Câmara Municipal de Espinho, estava a decorrer. Elas ficaram, então, no local certo, cheias de dignidade e beleza já que elas representam, de forma simbólica, a diáspora portuguesa, com a partida dos nossos primeiros navegadores tão bem representada no episódio da partida das naus, integrada na obra prima da nossa literatura da autoria de Camões. Foram selecionados poemas para serem declamados sobre o tema da partida e da chegada tão presentes no “Mar Português” de Fernando Pessoa, “Emigração Portuguesa” de Rogério Martins Simões, “Regresso” e “Ei-los que partem” de Manuel Alegre e Manuel Freire, respetivamente, e ainda “ A hora da partida” de Sophia de Mello Breyner. Para a sessão, os alunos prepararam com os seus professores perguntas que os despertavam para temáticas como a arte, as mulheres da diáspora, a participação cívica. Mais tarde, elaboraram um questionário, entrevista dirigida a algumas artistas.

  Para concluir, direi que os alunos gostaram muito de ter participado. Este tipo de atividades faz com que os nossos jovens despertem para estes temas,  passando a compreender melhor o papel dos portugueses no mundo da diáspora, particularmente no feminino, e, neste caso, em especial, na arte como forma de expressão para a cidadania. 

Agradecemos à Associação de Estudos Mulher Migrante ter-nos proporcionado estes momentos. Estamos prontos para novos desafios. Eles foram propostos pela Professora Deolinda Adão, aquando do segundo encontro no FACE, com alunos da Universidade de Berkeley que estudam a língua e cultura portuguesa e os nossos alunos.  Estaremos abertos a  projetos que visem estabelecer laços e proporcionem aos nossos jovens novas formas de aprender e exercer a cidadania ativa.

 Nelma Patela, Professora da EBS Domingos Capela ( AEMGA)

 

Filomena Bilber e o projeto "Caravelas"


Filomena Bilber,  a coordenadora do projeto “ Caravelas”

 Arcelina Santiago

Sobre a profissional, artista e coordenadora do projeto das caravelas que foram arte num local onde se respirava arte, gostaria de escrever um breve apontamento.

  Só graças a uma pessoa como a Filomena da Conceição Rodrigues Bilber, apaixonada pela arte e pela inovação, foi possível dar resposta a este desafio. Com muito entusiasmo prontificou-se a que, esta forma de arte, elaborada por jovens artistas,  pudesse navegar até ao FACE, onde estava a decorrer  a II Bienal “Mulheres d’Artes  e ainda  trabalhar  e sensibilizar  os alunos para as  temáticas,  tratadas no  “ Encontro Mundial Mulheres d’Artes  da diáspora portuguesa – as migrações e as artes no feminino”.  Claro que, também o professor Paulo Cunha e outros mais e, em especial, a Professora Nelma Patela, mentora e organizadora do serão cultural, constituíram a equipa especial que tornou possível o trabalho final. Gostaria de revelar um pouco mais desta mulher-artista, tão discreta e simples, mas tão grandiosa e sensível, recorrendo a esta citação de Marta Cabreza “Na arte o menos importante é quem realiza e onde se faz, a importância está na forma de a realizar e a mensagem que quer comunicar” . Ela identifica, de certo modo, esta profissional das Artes Visuais, dotada de uma incrível energia, criatividade e generosidade. Nasceu em S. Martinho de Angueira, Miranda do Douro, Bragança a 9 de março de 1966 e vive em Espinho. Licenciada e com estágio profissional, tem no seu extenso curriculum inúmeras formações no âmbito das Artes Plásticas. Leciona na Escola Básica e Secundária Domingos Capela e é aí que abraça causas e projetos, e os orienta com um brilhantismo fantástico!  A sua motivação, energia e dedicação mobiliza, de forma didática e pedagógica, jovens a envolverem-se em projetos artísticos e de cidadania.

  Obrigada à profissional da educação e à mulher das artes, por dar mais luz e encanto ao mundo que nos rodeia e mostrar-nos que a Arte tem um papel de afirmação cívica e humana!

                                                               

 

Projeto Berkeley Espinho



 

Ponto de encontro, desafio para um novo projeto  Berkeley/Espinho

Ou

  PROJETO Berkeley / ESpinho

Arcelina Santiago

 

 De Berkeley chegaram jovens americanos, estudantes da língua e cultura Portuguesa na famosa Universidade da cidade, de onde emergiram já tantos e tantos prémios Nobel.

 Vieram acompanhados pela professora, Deolinda Adão que todos os anos organiza uma viagem cultural, visitando pontos importantes de Norte a Sul de Portugal. Nada melhor e mais inspirador do que in loco conhecer o que estudam ao longo do ano. É a descoberta, o verdadeiro contacto com a realidade portuguesa, uma excelente forma de promover o nosso país e a sua cultura tão rica e diversificada.

 Marcaram presença este ano, pela primeira vez em Espinho, na Bienal d’Artes,  que foi palco para o encontro mundial Mulheres d’Artes da diáspora portuguesa – as migrações e as artes no feminino. Os alunos da Escola Básica e Secundária Domingos Capela, do Agrupamento Escolas Dr. Manuel Gomes de Almeida também eles autores das autenticas obras de arte, elaboradas na disciplina de Educação Visual - as belas  Caravelas presentes nesta exposição, estiveram neste encontro, proporcionando momentos de troca de experiências e um convívio salutar.

 No final, havia já um projeto que procurava mobilizar jovens de cá e de lá. Porque não partilhar a língua e autores da nossa literatura que fazem parte dos planos de estudo do ensino secundário e do primeiro ano da disciplina de Estudos portugueses na Universidade d Berkeley? O repto lançado pela Professora Doutora Deolinda Adão foi acolhido com entusiasmo pelos presentes.

 Esta é sem dúvida uma forma de divulgação da nossa cultura e, ao mesmo tempo, incentivo para que os nossos jovens estudantes valorizem cada vez mais o seu património cultural e sejam eles próprios protagonistas da sua divulgação no mundo.

O projeto e os seus contornos mais específicos foram ganhando forma nos meses seguintes. Senti-me honrada por ser a interlocutora deste projeto que pretende mobilizar as Escolas do concelho, dado que foi alargada a participação aos dois Agrupamentos de Escolas existentes em Espinho. Contactei as direções dos dois Agrupamentos e fui apresentar as linhas gerais do projeto aos professores coordenadores de Português. Os alunos aderiram e os professores da disciplina também. A confirmação foi-nos dada pelo  Professor João Paulo Reis,  da Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira, que irá coordenar o grupo de 15 alunos  de Humanidades e 9 alunos das Ciências,  do 11º ano do Ensino Secundário. A Drª Fernanda Alves do Agrupamento Dr. Manuel Gomes de Almeida irá também apresentar o grupo de alunos interessados.

 A Professora Deolinda Adão reunirá em janeiro com todos, aproveitando uma vinda de trabalho a Portugal. Nessa altura estabeleceremos um protocolo oficial.

  O que é certo é que, as sementes foram lançadas neste Encontro e já começaram a  germinar, graças ao entusiasmo dos jovens e dos seus professores. As equipas serão constituídas por alunos americanos e portugueses que irão escolher um conteúdo, autor, obra, que faça parte do programa de português e, depois, de forma autónoma, criativa irão proceder a uma planificação e apresentação dos trabalhos, que tomará a forma que considerem mais adequada, no próximo ano de 2014, aquando da vinda dos alunos a Portugal.

 O ponto de encontro será Espinho, local onde foi lançado o desafio deste projeto, precisamente no ano da celebração dos 20 anos da Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade Mulher Migrante. Ele é um sinal da sua vitalidade e no acreditar que há futuro e que ele passa pela mobilização dos jovens para este tipo de atividades.

  Arcelina Santiago

Resumo das conclusões do Encontro Mundial

Todos foram convocados para a reflexão e diálogo aberto e produtivo. Esteve em debate: a dimensão das mulheres na política, no mundo empresarial e nos órgãos de decisão, com testemunhos de mulheres vencedoras, referências numa área ainda marcada pelo masculino. Foi realçado o empreendedorismo cultural, palco onde as mulheres das artes se reinventam, recriam e lutam por causas nobres; as novas formas de associativismo, as casas de cidadania, com dimensões muito abrangentes para fazer face ao  novo rosto do fluxo migratório; o fenómeno migratório português  apresentado através de vários discursos, permitindo-nos um melhor conhecimento das várias vertentes do poliedro migratório; nova corrente do estudo do género presente neste Encontro Mundial, onde a combinação dos termos “mulher” e “migrante” é reflexo do hibridismo académico e da interdisciplinaridade na investigação.
  A Exposição coletiva de pintura - "Mulheres d'Artes em Movimento"  e os painéis sobre Artes e Letras foram  pontos altos, onde foi destacado o contributo das mulheres intelectuais e criativas para as mudanças do meio cultural e na luta pela igualdade. Transportou-se para ribalta, trajetórias identitárias de mulheres que, até agora, estiveram nas margens, e exaltou-se o papel da língua, fator de identidade cultural. Desfilaram trajetórias de vida a par de estudos académicos…   
Algumas propostas foram apresentadas: revisão da Lei da paridade; novas estratégias  para uma melhor integração das mulheres na política; incentivo às novas formas de associativismo – casas de cultura; maior apoio estatal ao ensino da língua portuguesa e cultura da lusofonia; promoção da imagem de Portugal com o incentivo de novas formas de empreendedorismo no feminino; promoção no estrangeiro da imagem da forma de ser português como uma forma muito própria de estar na vida; promoção e incentivo a estudos sobre empreendedorismo da diáspora, no feminino, e do universo dos lusodescendentes; desenvolvimento de parcerias através de estratégias de coaching e mentoring para promoção das mulheres; reforçar o apoio ao Observatório da Emigração e dos Lusodescendentes e agilizar as redes de contacto nas e entre as comunidades; maior incentivo e divulgação das expressões de cidadania através das artes e letras das mulheres da diáspora; apelar à subscrição da Convenção 97, dos Direitos dos Cidadãos nos países de destino, aos países que ainda não o fizeram, caso dos países africanos.
De significado relevante neste encontro, no ano da celebração do 20º aniversário da Associação, foi o tempo de memórias, presente na homenagem a duas mulheres notáveis: Maria Lamas, que festejaria este ano 120 anos se fosse viva e Maria Archer a jornalista, escritora e tradutora.  Prestou-se também justa homenagem a Fernanda Ramos, cofundadora da Associação Mulher Migrante.
Foi esta a melhor maneira de celebrar os 20 anos da “Mulher Migrante – Associação de Estudos, Cooperação e Solidariedade”, duas décadas de atenção às migrações portuguesas, especialmente no feminino!
 
Arcelina Santiago

domingo, 15 de dezembro de 2013

Lista de Participantes


Entidades Oficiais

José Cesário -  Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas
Ana Martinho  -  Embaixadora, Secretária Geral do MNE
Carlos Gonçalves - Deputado pelo Círculo da Europa ( França)
Paulo Pisco  - Deputado pelo Círculo da Europa  (Bélgica)
Carlos Páscoa -  Deputado pelo Círculo de Fora da Europa (Brasil
Maria João Ávila -  Deputada pelo Círculo de Fora da Europa (EUA)
Tony Cabral . Deputado, Assembleia Legislativa do Estado de Massachussets (EUA)
Maria do Rosário Farmhouse -  Alta Comissária do ACIDI
Maria Teresa de Almeida - Vice-Presidente da CIG
Paulo Teves -  Diretor das Comunidades Açorianas
Gonçalo Nuno Perestrelo Santos -  Diretor das Comunidades Madeirense
Alexei Rahteenko - 2º Secretário da Embaixada ( Federação Russa)

Convidados de Honra

Maria Barroso  -Presidente da Fundação Pro Dignitate
Salvato Trigo - Reitor da Universidade Fernando Pessoa (RAS) (1)

Comissão Científica

Ana Paula Beja Horta  - CEMRI Universidade Aberta (Canadá) (1)
Graça Guedes - Universidade do Porto
Joana Miranda - CEMRI Universidade Aberta
Maria Beatriz Rocha Trindade CEMRI Universidade Aberta

Comissão Organizadora
Manuela Aguiar  - Presidente da A G da AEMM
Manuela Bairos  - Diplomata (EUA) (1)
Rita Gomes .  Presidente da Direção da AEMM
António Pacheco - Secretário Geral da Fundação Pro Dignitate /jornalista (Moçambique) (1)
Arcelina Santiago - Professoara (Macau)

Participantes do País e do Estrangeiro



Aida  Batista
 
Escritora
             Canadá/Angola (1)
Alexandra Custódio  
 
Empresária
             França
Aline  Lima  Santos
 
Universidade    Aberta
 
Ana  Cristina  Almada
 
Freelancer
 
Ana   Cristina   Viveiro Rodrigues
ACIDI
 
Ana  Costa  Lopes
 
Universidade   Católica Portuguesa
 
Ana  Maria  Cabrera
Ana Ferreira 
Escritora
Assessora do SECP  
           Argentina
França (1)
Ana  Maria   
 
Pintora
 
Ana  Paula  Almeida
 
Funcionária  -  Administração  Local
            França (1)
Ana  Paula  Barros
 
Santa Casa da 
Misericórdia  de Lisboa
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balbina  Mendes
 
Pintora
 
Carlos  Luiz
 
Ex – Deputado da Emigração
 França (1)
Carlos Pereira Correia
 
Assessor MNE - Ex- Conselheiro Social
 França (1)
Carolina Schacht
 
Pintora
             Guiné
Catarina  Beatriz  Melo Faria   Branco
Reformada
 
Cátia  Sofia  Rodrigues  Semedo
 
 
Celeste  Barreira 
 
Cidália  Correia
 
AEMM
 
Pintora   e  Poetisa
 
Claudinor  Oliveira  Ferreira  Salomão
 Conselheiro do CCP
EUA
Constância  Pereira Nery
Artista Plástica – Poeta ilustradora
Brasil
Cristina Borges – RDP
 
RDP – Internacional
 
Cristina Maya Caetano
 
Escritora e Pintora
                Angola
Custódio  Manuel Caseiro  Portásio
Dirigente Associativo
        Luxemburgo
Deolinda  M. Adão
 
Universidades de  Berkeley e S.José - Califórnia
EUA
Dina Botelho
 
Professora
 
Dina  Belmonte
 
Reformada
 
Durval  Ferreira Marques
Empresário  - Fundador da Academia do Bacalhau
                  RAS (1)
Maria Eduarda Aguiar da Fonseca
 
Ex-funcionária do Consulado - Geral de Genebra  - Pintora 
Angola/França/Suiça (1)
Eugénia    Costa Quaresma
Adjunta   da  Direcção  OCPM
 
Elvira Pires Barata
 
Serviço de apoio ao CCP
 
Elsa  Lechner
 
Investigadora da  Univer-sidade   de  Coimbra
 
Emmanuelle  Afonso
 
Presidente do Observatório de    Luso-   Descendentes
            França
Ester de Jesus  Ferreira  de Sousa e Sá
Pintora  e  Escritora
              Moçambique/RAS (1)
Elsa Noronha
 
Declamadora -  Poetisa
       Moçambique
Fernanda    Pereira Bastos
 
 
Fernando   Calado Correia
Médico
              Angola (1)
Fernando  de  Pádua
 
Filipa Menezes
 
Médico –Presidente da Fundação Fernando  Pádua
Tesoureira AEMM
 
 
Filomena  Fonseca
 
Pintora e Poetisa
           
Gabriela  Almeida
 
AEMM
            França (1)
 Gail  Josta
 
Associação Aristides de Sousa  Mendes
              EUA
Gonçalo   Nuno Mendonça  Perestrelo dos  Santos
 
Director Regional das Comunidades Madeirenses

 
            
Henrique  José  Pires  dos  Santos  Almeida
Ex-funcionário do Consulado-Geral do Rio de Janeiro
       França  / Brasil (1)
Henrique   José
Sequeira   Martins
Aposentado
    
Isabel  Lopes  da  Silva
 
Pres.  Conselho   Fiscal  AEMM
 Cabo Verde (1)
 Isabel Maria da Silva Franco Desmet
Universidade Sorbonne 8 
             França
Isabel  Maria  Fidalgo Mateus
Escritora
          Inglaterra
Isabel Ponce de Leão
 
Universidade Fernando Pessoa
      
Isabel Saraiva 
Pintora
 
         
Jacqueline  Corado 
 
Actriz
França
João António Marques Valentim
Jornalista Fotógrafo 
 Moçambique (1)
 
 
 
Jorge   Macaísta Malheiro
Universidade de Lisboa  IGAT -
 
José Manuel de Oliveira Martins
 
 
José  Henriques Mendes Bastos Correia de Fonseca
 
 
José Manuel Rodrigues da Silva
 
Juan Castien Maestro
 
Gabinete  SECP
 
 
Universidade Complutense de Madrid
        
 
 
           Espanha
Júlia Guilherme – Nery Oliveira
 Escritora
 
Laura Burger
 
  UTAD
 Canadá (1)
Leonor  Cristina  de Costa  Matos  Ledo  de Fonseca
Vereadora  da Cultura 
 C. M. Espinho
 
Leonor Machado de Sousa
   Universidade Nova  de  Lisboa
 
Luís  Magalhães Vasconcelos
BES
 
Luísa Desmet
 
Santa   Casa Misericórdia Lisboa
      
Luísa  Maria  Ferreira Ribeiro
 
         Inglaterra
Luísa  Prior  Guedes Sousa Silva 
Pintora
       
Luísa  Zor Velhinhos Preries
 
          Inglaterra  
Lorena Sancho Querol
 
 
         
Lourdes   Abraços
 
Pintora
              Brasil
 Lucinda Barbosa
 
Magistrada
             Guiné
Manuela  Marujo
 
 
Universidade de Toronto
            Canadá 
Maria  do  Amparo Gama  Pedro  Esteves
Assistente Operacional
      
Maria  dos  Anjos  Oliveira.
 
Directora Cultural  da Casa  de  Portugal em
S. Paulo
              Brasil
Maria  Augusta  de Araújo  Fontes  dos Santos
 
Professora
 
 
 
 
Maria  Benedicta Vassalo    Pereira
 ISCTE
 
Maria Celestre Oliveira Patrocínio
Presidente da Adega Cooperativa  de  Ponte  de  Lima
 
Maria do Céu Campos
AEMM  -  Ravensburg
           Alemanha
Maria  do  Céu Kosemund
Associação Marias Corações  de  Portugal  AEMM
           Alemanha
Maria Conceição dos Santos Mestre Passos
Escritora – Pintora
       Moçambique
Maria  de  Fátima Abreu de  Carvalho   Sobral   Mendonça
Artista Plástica
 
Maria da Graça   Q. Gonçalves  Pereira
Diplomata
Instituto Diplomático
 
Maria  Helena Montesuma
AEMM
 
Maria Isabel Cardoso
 
Ex -Diretora de Serviços –DGACCP 
 
Maria Isabel Saraiva Azevedo  Duarte
Pintora e Poetisa
 
Maria  João  F. Gonçalves Pozzeti
Investigadora/Formadora
 
Maria   de  Lurdes Almeida
Conselheira do CCP  - Presidente da Associação Mulher Migrante  na Venezuela
         Venezuela
Maria de Luz Santos Morais  Marques
Artista Plástica   
 França (1)
 
 
 
 
Maria Manuela Costa Malheiro Dias Ferreira
 
CEMRI  -  Universidade  Aberta
 
Maria Manuela Granés  Gonçalves
Professora – Aposentada
 
Maria Manuela Mendes da Silva
Maria Marília Patela Bação
Pintora
 
Professora
 

França(1)
Maria Ortelinda Barros Gonçalves
Investigadora –   CEPESE
 
Maria  Rita  Andrade Gomes
Presidente da Direcção da Associação EMM.
 
Maria  do  Rosário Nobre   Guerreiro Loures
  Escritora
 
           Alemanha
Maria  dos  Santos
Pintora
 
 
       
Maria Teresa Meneses
 
AEMM
 
 
Maria  Teresa  Nunes Morgado
Aposentada    RDP  - Internacional
 
 Maria Teresa Santos
 Maria Violante Martins

Vice-Presidente da Associação Mulher Migrante da Argentina 
   


Argentina            
Maria Victória Pereira
 
Tradutora – Professora – Escritora
                 RAS 
Margarida Prieto
 
Empresária
            
Mia Vieira Azar
 
Líbano – Associação Amigos de Portugal
               Líbano
Nassalete  Miranda

Natália Correia 
 
Diretora   da  Revista  “ As Artes   entre  as  Letras”

Presidente da Associação Mulher Migrante da Argentina - Pintora
 


Argentina
Olga Archer Moreira
 
Técnica Superior – M. Administração Interna
 
Paulo Valor 
 
Assessor do SECP
            
 Paulo  Bento
 
Estudante
 
              França
Rafael Sirben
 
 
 
           Argentina
Rui Manuel Ferreira Amaral
Fundação  São  João  de Deus
 
Sandra  Maria  Sousa  Lopes
 
Empresária – Consultora
 
Sílvia  Henriques  
 
Presidente da Academia da  Espetada  - Caracas
 
Venezuela
Sílvia  Oliveira 
 
Rhode Island College 
EUA
 
Sofia Branco
 
Jornalista – Lusa
 
 
Sofia Isabel Afonso
 
  Universidade  do  Minho
 
Sofia Machado Ávila Pinto  de  Sousa Malaquias
Direcção Regional das Comunidades – Açoreanas 
 
 
Sofia Rodrigues
 
 
 
     
Susana  dos  Anjos   Batista Grandes Costa Grácio
 
Profissional   - Independente
     
Susana   Gabriela Gonçalves  de Carvalho
Direção da AEMM
 
           
Susana  Sofia   Costa Pinto
 
            Suíça  
Tatiana Matarazzo  Cantero
Advogada
            Brasil
Thais Matarazzo
 
Jornalista
            Brasil
Tony   Cabral
 
Deputado da Assembleia de Massachussets
             EUA
Vasco Rodrigues da Silva
Advogado
 
 
Victor  Manuel  Lopes Gil
Assessor - Ex Conselheiro Social 
 
Suiça/ Espanha/França 
 
 
 
 



 (1) Ex.residentes nas comunidades portuguesas do estrangeiro