terça-feira, 5 de agosto de 2014

AEMM Òrgãos Sociais

MULHER   MIGRANTE



Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade



ÓRGÃOS SOCIAIS

Assembleia Geral

Presidente  …………………….     Manuela Aguiar

Vice-Presidente   ……………..     Maria Beatriz Rocha-Trindade

Vice-Presidente  ………………    Ana Paula Beja Horta

Secretária   …………………….    Natália Correia (Argentina)

Secretária   …………………….    Ana Paula Almeida



Direção

Presidente  ……………………..   Rita Gomes

Vice-Presidente   ………………   Artur Madureira

Vice-Presidente   ………………   Maria João Ávila (EUA)

Tesoureira    …………………….  Filipa Menezes

Secretária   ……………………..   Isabel Oliveira (França)

Vogal  ……………………………. Lourdes Abraços (Brasil)

Vogal   …………………………… Arcelina Santiago



Conselho Fiscal

Presidente   ……………………..   Isabel Lopes da Silva

Vogal    …………………………     Ana Paula Barros

Vogal   …………………………..    Cristina Viveiro Rodrigues

Suplente   ……………………….    Cláudia Ferreira (Brasil)

Suplente     ………………………   Flávio Borda d´Água (Suíça)



                    Secretária  - Geral  ….   Graça Guedes

Lista, aprovada por unanimidade, na Assembleia Geral de 30 de Junho de 2014

domingo, 3 de agosto de 2014

IN " As Artes entre as Letras" - A grande migração de retorno

1 -  Retorno é um substantivo que tomou para nós, desde 1974, um sentido particular, que o confina a uma determinada migração: a que se seguiu ao fim das guerras de independência na Africa lusófona,
determinada pela força das circunstâncias, cheia de dramas individuais dentro do drama coletivo da descolonização. Uma imensa vaga migratória, única e irrepetível no quadro de séculos de expatriação, em que o regresso a casa fazia parte do projeto inicial, mas não se concretizava as mais da s vezes. Não houve nunca efeito demográfico comparável após a perda de outras colónias, no ocaso de outros impérios portugueses - o do Oriente, que se desagregou, devagar, na era Filipina, o do Brasil, para onde, depois da independência, os fluxos de saída se mantiveram imparáveis, ou, em fins do século XX, o fenómeno especialíssimo de Macau, território logo depois convertido numa das "sedes" culturais e económicas da CPLP, a instituição cujo alcance a China parece compreender melhor do que Portugal ou qualquer outro Estado...
De tudo isto se falou num debate que a Associação de Estudos Mulher Migrante promoveu, em parceria com a Câmara de Gaia, no Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner, a 3 de julho. A iniciativa integrou-se num ciclo de colóquios sobre a revolução de Abril e quatro décadas de migrações portuguesas e  teve como principal orador o Dr Amândio de Azevedo, antigo Secretário de Estado para os Retornados a partir de Janeiro de 1976, quando substituiu nessa pasta Vasco Graça
Moura..
 Amândio de Azevedo, que começou a sua militância cívica nos anos 60, no grupo de católicos portuenses ideologicamente próximos do Bispo do Porto, viria a ser um dos "pais " da democracia nascente em 1974. Os altos cargos que desempenhou ao longo de mais de 30 anos (entre outros, Deputado da Constituinte, Vice Presidente da AR, Ministro, Embaixador da CEE no Brasil), terão deixado na sombra essa primeira missão governamental que durou um semestre, o tempo certo para pensar e executar uma estratégia nova, que mudou o destino de dezenas e dezenas de milhares de famílias e o ritmo de desenvolvimento de muitas terras, sobretudo em zonas do interior, contrariando o que seria expectável em período de tão grande turbulência e incerteza. O seu mandato breve foi o momento de viragem de uma política generosa, mas puramente assistencialista e centrada em Lisboa, para uma dinâmica de inclusão social e económica, pela criação de oportunidades de empreendimento e emprego nas diversas regiões do país.
Diz-se que o modelo português de integração de quase um milhão depessoas, que nada traziam  consigo, para além da sua vida para viver, é exemplar. E, de facto, é-o, a nível europeu e universal. Uma boa razão para analisar a forma como foi implementado…

 2 -–  O modo como os governos se moveram face à grande vaga do retorno , mesmo no quadro das comemorações do 25 de Abril não tem, a meu ver, tido a centralidade que justifica.
A primeira observação: independentemente das críticas que possam fazer-se à descolonização, - que é neste domínio o aspeto mais vezes abordado -  há que reconhecer o empenho dos executivos, que se
sucediam, na tarefa ciclópica de acolher  todos os nacionais que chegavam em turbilhão, num vai-vém de pontes aéreas … Aqueles eram tempos em que havia um capital de solidariedade humana, que hoje parece andar perdido nos corredores do poder…
Nos primeiros meses de 1976 não se alterou a dominante solidária, mas deu -se uma rápida e muito bem planeada transição para uma política de mobilidade geográfica e motivação empresarial ou mais latamente ocupacional Fora do campo de ação destas medidas estavam muitos com as suas situações já resolvidas -   funcionários públicos reintegrados nos serviços do Estado e aqueles que se haviam espalhado pelo país, encontrando, sem recorrer a apoios estatais, o seu caminho. Em Lisboa
concentravam-se, então, os outros, os sem emprego, os que ocupavam quartos de hotéis e faziam as refeições quotidianas com vouchers para restaurantes a cargo dos governos. Mês após mês. Um guetto dourado, muitíssimo dispendioso para o erário público –  que nem por isso deixava de ser um gueto…
O abandono deste esquema foi feito rapidamente, em diálogo com os cidadãos, e com ganhos para eles e para o Estado. Terminou com a ocupação hoteleira, com um realojamento mais precário,
mas em condições dignas, em edifícios públicos (como antigos quartéis, antigos sanatórios) ou em casas pré-fabricadas, como as que a Noruega oferecera para o efeito.
 Foi atribuído subsídio de desemprego, que cada um geria conforme entendesse, em qualquer ponto do país. (Creio que a descentralização da assistência, completada por ajudas das autarquias locais foi parte fundamental do sucesso, tão glosado depois)... Foi, ao mesmo tempo, criado um Fundo financeiro, inicialmente composto por um donativo de um milhão de contos do governo dos EUA, destinado a constituir o “capital próprio”, com que estes portugueses se podiam candidatar a
empréstimos bancários para projetos de investimento.
 Foram inúmeros os que resultaram. Souberam, na sua maioria, viver a viragem das políticas. Saíram do gueto, da situação de dependência:
Um retorno dentro do retorno…O primeiro foi um  mero exílio, o segundo uma escolha livre e cidadã de pertença, de participação, de retoma do lugar que era seu em Portugal

Maria Manuela Aguiar

Julho 2014

Colóquio 26 de março MNE programa



PROGRAMA  


Mesa Redonda: “ 4 décadas de Migrações em Liberdade”

(1974 – 2014)

Apresentação das Publicações da AEMM

Local: MNE - Palácio das Necessidades – Protocolo do Estado

26 de Março de 2014


15h00Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário

              Intervenção Introdutória     


15h15 – 16h15  Mesa Redonda

Rita Gomes  (Presidente da Direção - AEMM)

A Emigração Portuguesa nas vésperas da Revolução


Maria Benedicta Monteiro (ISCTE) sobre Maria Lamas e Olga Archer Moreira    sobre Maria Archer

Mulheres revolucionárias na Diáspora


Manuela Aguiar (Presidente da AG -  AEMM)

1974 – 1984 - Novas configurações do fenómeno migratório - os movimentos e as políticas


Deputado Carlos Gonçalves  e Deputado Paulo Pisco    

1984 – 1994 – O significado da opção europeia


Maria Beatriz Rocha -Trindade (Universidade Aberta – CEMRI)

1994 – 2004 Confluência de movimentos – emigração/imigração


Victor Gil (MNE)

 2004- 2014 - A  nova emigração


16h15 – 17h15  Apresentação das publicações

 “Expressões Femininas da Cidadania” e “Entre Portuguesas – Associação Mulher Migrante – 20 Anos”..

Intervenções sintéticas dos Autores  das comunicações, seguidas de debate.

Intervenções sintéticas de Autores das comunicações, recebidas até à data:

Deputado Carlos Páscoa

Leonor Machado de Sousa – Universidade Nova de Lisboa

Graça Guedes – Universidade do Porto

Joana Miranda – CEMRI – Universidade Aberta


Lisboa, 24 de Março de 2014

sábado, 2 de agosto de 2014

Encontro Berkeley-Espinho


Relatório

Encontro de jovens estudantes – Projeto  S. José/ Berkeley – Espinho

9 de julho de 2014

   Leonor Fonseca, vereadora da Câmara Municipal, deu as boas-vindas ao grupo de jovens das duas Escolas Secundárias de Espinho, Dr. Manuel Laranjeira e Dr. Manuel Gomes de Almeida e aos jovens universitários americanos, acompanhados da professora de literatura e língua portuguesa,  Deolinda Adão. Agradeceu à Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade – Mulher Migrante, promotora desta iniciativa de ligação de jovens dos dois continentes, por  ter inserido Espinho no  roteiro da sua visita a Portugal, durante as oito semanas dedicadas ao  estudo da cultura e da língua portuguesa.  Destacou a importância simbólica deste encontro, no ano da celebração dos 800 anos da existência da língua portuguesa e elogiou o empenho que as escolas deste concelho têm, merecedoras de grande admiração.

  Arcelina Santiago agradeceu, em nome da Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade- Mulher Migrante, a colaboração da Câmara Municipal e da Biblioteca Municipal José Marmelo e Silva, local onde decorreu este workshop e deu início aos trabalhos, pelas 10 horas. A sessão decorreu com música de fundo com o tema “ Canção do mar “ interpretado por Dulce Pontes, esse mar simbolicamente representado por um extenso pano azul a unir as 5 mesas dos  grupos de trabalho, representando, desta forma,  os 5 continentes que o mar une, mais do que separa.

 Os alunos Miriam Rendeiro, Ana Carolina Reis, Carolina Marques, Filipe Lopes, Gonçalo Sabença, Andreia Ferreira, Beatriz Santos, Emeline Amorim, Maria João Cruz e Alexandra Romão foram apoiados pelos seus professores Carminda Costa e João Paulo Reis, na seleção dos textos e, depois, de forma autónoma e criativa, programaram esta apresentação sobre a língua e cultura portuguesa. A escolha de textos da Mensagem de Fernando Pessoa, representativos  da divisão do  poema Mensagem - nascer, crescer, morrer e ressuscitar,  o poema de Jorge de Palma, “ Portugal, Portugal”  e “ O Portugal Futuro” de Ruy Belo, foram lidos, contextualizados, interpretados, seguindo-se propostas de trabalho, desde  jogos de palavras para completar poemas, com apoio a ilustrações,  propostas de dramatização que os jovens americanos acolheram de  forma muito entusiasta. Foi uma aula viva e criativa, uma homenagem à nossa língua em data de celebração, especialmente acompanhada pela ilustração, ao vivo, pelo alunos  de artes, Joana Bastos e Guilherme Peres.  Também eles foram autores, juntamente com Miriam Rendeiro, orientados pela Professora de Artes Aurora Bernardo, da escola Dr. Manuel Gomes de Almeida, das magnificas  ilustrações alusivas  aos poemas apresentados e que  foram compilados em forma de dossiê e ofertados aos jovens outro lado do mundo, o  James Almeida, Elizabeth Barcelos, Kristine Nunes, Stephanie Lam,  José Martinez, Gerson Moraes e Lilia Braga.

 Arcelina Santiago lançou um repto final: completar este dossiê com os  vários momentos  da aula tão bem planeados e executados  pelos alunos, e acrescentar a participação dos estudantes de Berkeley de forma a constituir  uma versão  final, mais completa e talvez, uma  possível edição. Os estudantes estarão a partir de agora comunicáveis pelo site summer program in Portugal mas, sem dúvida, que este encontro presencial deixará marcas para o futuro. Um  futuro que seja de maior intervenção e de mudança como sugere o poema de Jorge Palma e brilhante e promissor, com as crianças, o seu futuro…

O encontro terminou ao som da “ Vareira” de Fausto neves interpretado pela Orquestra Clássica de Espinho - coro Amigos da Academia, sendo os trabalhos gravados pelos alunos do curso de multimédia, a cargo do Professor Manuel Novais da Escola Manuel Laranjeira.

   Deolinda Adão partiu com os seus estudantes, de comboio, levando com eles momentos inesquecíveis dos trabalhos apresentados e memórias da cidade de Espinho, através de uma breve visita guiada que terminou naquilo que Espinho tem de tão encantador: a sua praia!

Ficaram com vontade de voltar. Não é e este o melhor reconhecimento para a os anfitriões, neste caso, a Associação, as Escolas e o Município e para a cidade de Espinho?

 Conclui-se que os objetivos a que Associação se propunha alcançar neste projeto, a divulgação da cultura e da língua portuguesa;  o contacto entre  dois países ( jovens luso descendentes a viver nos Estados Unidos e Jovens de Espinho); a celebração simbólica, através deste encontro, dos 800 anos da existência oficial da nossa língua, falada em todos os continentes, graças aos portugueses da diáspora foram amplamente conseguidos e mais importante é que ele terá continuidade.

 

 

 Espinho, 9 de julho de 2014

  Arcelina Santiago

Maria Manuela Aguiar na abertura do colóquio "Migrações. Que perspetiva?"

Vamos, em conjunto, na verdadeira capital da emigração portuguesa, que é Paris, refletir sobre a realidade recente deste fenómeno estrutural na vida do nosso país
 É significativo que o possamos fazer na sala Bourjac da Sorbonne - é sinal de que uma universidade de renome universal há muitos séculos, se tornou já a um espaço aberto às segundas gerações de portugueses, e não só como estudantes, mas também como professores e diretores de departamentos. Com  todo o gosto o sublinhámos: é este o caso da organizadora do colóquio e dirigente da AEMM, Porf Doutora Isabelle Oliveira , e também da Doutora Custódia Domingues, que com ela colaborou. Para ambas, os nossos
agradecimentos!.
O título escolhido pela Profª Isabelle Oliveira para a jornada de trabalho que aqui nos reune termina com um ponto de interrogação - lança-nos perguntas, para as quais queremos encontrar respostas: Que
perspetivas para a emigração portuguesa?
 É a antecipação do futuro num ciclo de colóquios da Associação de Estudo Mulher Migrante, que começa no tempo passado, na revolução do 25 de Abril, percorrendo quatro décadas de grandes mudanças, de democratização da vida política no País, com projeção nas políticas de emigração, no relacionamento dos poderes públicos com os cidadãos e as instituições da "Diáspora".
 O nosso objetivo principal é ouvir o que têm a dizer os muitos participantes nestas jornadas sobre as migrações contemporâneas, assim como, em particular, sobre a evolução do papel das mulheres nos
movimentos de expatriação  e de retorno e no movimento associativo:. Partimos da história e da memória de sucessivas gerações para chegarmos ao momento atual, às linhas de continuidade ou de rotura, que se antevêem.
 Se em anteriores encontros  acentuámos diversos momentos desta trajetória, hoje, aqui, vamos, sobretudo, convidar a uma avaliação da dimensão atual do fenómeno migratório, sua composição, em termos de género, de qualificação, de projetos, de situação profissional, de  propensão associativa (as novas formas que vai configurando) assim como da evolução das relações entre os emigrantes e as sociedades de origem e
de residência.
Demos ao ciclo de debates o título de "4 décadas de migrações em Liberdade", e estamos a desenvolve-lo em parceria com a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e várias instituições da sociedade
civil, dentro e fora do país. O primeiro ato foi em Março, no Palácio das Necessidades,  com intervenção de abertura do Secretário de Estado Dr José Cesário, que assim nos deu mais uma prova no seu empenho  em
promover a igualdade de género na emigração, condição de uma liberdade realmente vivida no quotidiano das comunidades..
Seguiram-se outros colóquios em duas escolas secundárias de Espinho, e, em fins de abril, na Universidade de Berkeley (Califórnia), pela mão da Prof Doutora Deolinda Adão; em Junho, na Universidade Aberta de Lisboa/ CEMRI,  organizado pela Prof Doutora Ana Paula Beja Horta, que hoje está de novo connosco para a partilha das suas experiências e estudos.  E mais iremos realizar, até ao termo de 2014...
Na minha intervenção no 1º painel terei ocasião de falar sobre os mecanismos institucionais para a execução das políticas de emigração e, em especial, de um órgão que marca o princípio de uma era de diálogo e de relacionamento democrático entre governo e representantes das comunidades, como é o CCP.
Agora farei apenas uma chamada de atenção para a natureza essencialmente interministerial das políticas neste domínio - pois a resolução dos problemas dos migrantes passa por todos os pelouros e ao Secretário de Estado compete, para além da ação direta em determinados setores - caso do acompanhamento dos movimentos migratórios, dos condicionalismos concretos oferecidos no estrangeiro aos nacionais, da  vida associativa, do apoio consular,  informativo, cultural e social ou da participação em organizações internacionais sobre migrações  -  também  uma ação constante de sensibilização dos colegas de governo para as especificidades da situação dos emigrantes nas mais diversas áreas.
E eu sei, por experiência própria, que esta última tarefa é a mais difícil.. .Quantas vezes outros governantes falam dos assuntos impropriamente, sem o ouvir ou consultar, como deviam... Todos estamos lembrados daquela infeliz exortação de um novíssimo Secretário de Estado da Juventude a que os jovens portugueses deixem a sua "zona de conforto" e se expatriem... Nunca ouviriam coisa semelhante da boca de nenhum SECP e muito menos do Dr José Cesário, que tanto se preocupa em dar informações corretas, quer ao País sobre o número avassalador dos que saem, quer  aos candidatos à emigração sobre a absoluta necessidade de nenhum deixar o país, sem procurar saber o que o espera, e com o que pode contar...
Os números, são de facto avassaladores e falam, por si, expressivamente, de falta de oportunidades e de horizontes de esperança dentro da fronteiras..
É uma realidade tremenda! Portugal, ao longo destes 40 anos deu aos portugueses o direito de emigrar e de regressar, mas ainda não lhes deu o "direito a não emigrar"!.
E, ao mesmo tempo a que  vê partir uma imensidão de portugueses (de todas as idades, mulheres e homens muito ou pouco qualificados...), como forma de resolver problemas de desemprego e de pobreza, não consegue dotar-se dos meios institucionais que já teve  e veio a desmantelar, na década de 90, quando, prematuramente, se ufanou de ter deixado de ser país de emigração, poucos depois da adesão à CEE...
Um outro aspeto que me preocupa é a anunciada junção dos serviços de emigração e imigração. Não porque a ideia não seja teoricamente interessante, mas porque em Portugal receio que sirva para
subvalorizar a componente da emigração portuguesa - a que está mais longe, a que se ignora com mais facilidade...
São questões que avanço para o debate.