sábado, 27 de dezembro de 2008

APE A importância deste encontro

Os contributos que ao longo dos anos a Mulher Migrante tem dado à causa dos Portugueses residentes no estrangeiro, neste caso das mulheres, tem sido dum valor inquestionável e, por isso mesmo, o Congresso agora marcado para Espinho no próximo mês de Março reforçará com toda a certeza esse posicionamento.

Como membro da Comissão Executiva da APE, Associação dos Portugueses no Estrangeiro, saúdo as promotoras desse evento, informando ainda que a nossa organização estará presente e, através do seu canal de multimedia, transmitirá esse importante acontecimento em directo online.

domingo, 21 de dezembro de 2008

DR ARTUR MADUREIRA Parabéns

ESTA É UMA PROVA QUE A INSTITUIÇÃO "MULHER MIGRANTE" ESTÁ VIVA E ACTUALIZADA PARA MELHOR DESEMPENHAR AS TAREFAS CONSIGNADAS NOSSEUS ESTATUTOS E CONFIRMADAS NA PRÁTICA DAS SUAS ACTIVIDADES EM PORTUGAL E NO ESTRANGEIRO ONDE AS COMUNIDADES PORTUGUESAS TÃO DESPROTEGIDAS SE ENCONTRAM.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

MARIA MANUELA AGUIAR Narrativas do quotidiano na "Diáspora"

A recolha de testemunhos e histórias de vida das mulheres portuguesas no estrangeiro é um projecto que a "Mulher Migrante" , há muito, vem incentivando as suas associadas a fazerem, nas várias comunidades.
Até agora, só no Rio de Janeiro, com o impulso dado pela D. Benvinda Maria, se conseguiu reunir, numa colectânea, a biografia sintética de cerca de 120 Portuguesas e Luso-brasileiras dessa comunidade.
E, em Buenos Aires, a "Associação da Mulher Migrante Portuguesa da Argentina" tem em mãos um projecto na mesma área.

Talvez este "blog" possa servir, entre múltiplas utilizações que lhe queiram dar, também para a narrativa de percursos de vida, tipicos ou invulgares, de mulheres na emigração, de pessoas concretas, que nos permitam escrever uma boa parte da história colectiva de uma comunidade.
Embora sem visibilidade, ou com muito pouca, as mulheres mudaram as características e o destino das comunidades da Diáspora, desde o dia da sua chegada.
E, com isso, também elas mudaram!

Aqui fica o convite a todos os "congressistas online", para falarem de si, ou de mulheres , cujo contributo para a sociedade entendam de interesse destacar.
Se as respostas corresponderem ás expectativa, teremos, em Março próximo, aquilo de que se faz um "e-book" e a valorização das actas do nosso Congresso e do "Encontro Mundial"de Espinho.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

APE no Encontro Mundial de Espinho

PRESENÇA DA APE

Recebemos, hoje, notícia da adesão a esta iniciativa por parte da "Associação dos Portugueses no Estrangeiro" (APE) , cujos representantes estarão presentes, em Espinho, dando uma colaboração activa, e, para além disso, colocando ao nosso dispôr os seus meios de transmissão, rádio e televisão, " on line".
Fica, assim, assegurado aos "congressistas online" o acesso, em directo, a todas as sessões do "Encontro", através de uma equipa de especialistas e de equipamento de última geração!
Desde já, lhes agradecemos e lhes dizemos: Bem vindos, como parceiros deste projecto.

sábado, 13 de dezembro de 2008

MARIA MANUELA AGUIAR NOVO ENCONTRO MUNDIAL EM ESPINHO

CONGRESSO ONLINE
12 de dezembro de 2008 a 8 de Março de 2009
ENCONTRO MUNDIAL EM ESPINHO
6 a 8 de Março de 2009
Os antecedentes

O "Encontro das Portuguesas Migrantes no Associtivismo e no Jornalismo", realizado em Junho de 1985, em Viana do Castelo, foi, como dissemos, uma primeira ocasião de ouvir algumas dezenas de portuguesas, quase todas pioneiras do dirigismo associativo, vindas dos quatro cantos do mundo, a falar de problemas, de projectos e de aspirações, não só delas próprias, mas também das suas comunidades.
De facto, consideramos que tão importante é reflectir sobre as especificidades da situação das emigrantes, sobre o seu papel na sociedade, na comunidade, na família, como como dar-lhes voz para se pronunciarem sobre questões que respeitam a todos - por exemplo, sobre as instituições da comunidade, as políticas e prioridades de acção concreta, ou a História, a cultura, a ideia de transnacionalidade...
Em Viana, ambos os objectivos foram atingidos. Era apenas um começo, mas um bom começo, que exigia continuidade.
Uma das principais recomendações aí aprovadas era "a constituição de uma associação de participantes, aberta a adesões, dentro e fora do país".
Esse papel, conforme entendimento geral, não cabia ao Estado, mas às próprias interessadas.
Houve que esperar alguns anos, até ser, em 1993, criada, formalmente, por escritura notarial, a "Mulher Migrante - Associação de Estudo, Cooperação e Solidadiedade " que, deu, a 2 de Janeiro de 1994, início às suas actividades. Na fundação estão participantes vindas da Diáspora ao "Encontro" de Viana, como Maria Alice Ribeiro e Manuela Chaplin, organizadoras do "Encontro", como Graça Guedes e Maria do Céu Cunha Rego, dirigentes do Instituto de Apoio à Emigração e Comunidades Portuguesas, como Rita Gomes e Mafalda Durão Ferreira, deputados dos círculos de emigração, como Fernando Figueiredo e eu própria, jornalistas especializados neste domínio, como Carlos Morais.
E a Engª Fernanda Ramos, que não fora a Viana, mas a quem se ficou a dever a liderança na fase difícil do arranque. Emigrante de muitas décadas, em Belo Horizonte, Brasil, mãe de nove filhos, empresária e a primeira mulher a presidir ao "Elos Clube Internacional", Fernanda Ramos estava, então, a residir em Lisboa e tinha, naturalmente, a visão das potencialidades do projecto e o gosto e capacidade de o levar em frente.
Outra importante srecomendação do "1º Encontro" visava "a realização de um Congresso das Portuguesas no Mundo, com a finalidade de abordar áreas temáticas, como a evolução da presença feminina no associativismo, na comunicação social, no trabalho, no ensino da língua, na preservação da cultura, através das segundas gerações, na preparação do regresso a Portugal".
A nova Associação quis, antes de mais, cumprir o objectivo traçado, uma década antes, e com essa iniciativa, em Março de 1995, se deu a conhecer. Contrinbuido, efectivamente, para um melhor conhecimento da problemática da emigração portuguesa no feminino, desenvolvendo a generalidade dos temas referidos.
No" Encontro Mundial " de Espinho sobre "Gerações em Diálogo" estiveram cerca de 400 participantes dos cinco continentes, na sua maioria dirigentes associativos, professores, investigadores, antigos conselheiros do CCP, jornalistas, políticos e altos funcionários, jovens das comunidades, jovens de associações locais de Espinho, que é, também, terra de emigração.
A abertura foi feita pela Secretária de Estado da Juventude, Dr ª Maria do Céu Ramos e pelo Presidente da Câmara de Espinho, Sr José Mota. E o encerramento pela Doutora Maria Barroso, que, desde então, connosco tem colaborado constantemente, e que é e nossa "sócia honorária".

Ao longo destes quase 15 anos de acção, procurámos, de uma forma sistemática, reunir, em grupos mais ou menos alargados, dentro e fora do País, para reflectir sobre velhas - mas actuais... - e novas problemáticas, sempre com a finalidade de promover uma maior intervenção cívica das "emigrantes- imigrantes" na sociedade de acolhimento e na vida do País de origem.
Tem sido uma parte, apenas, mas uma parte substancial do nosso trabalho, porque a troca de experiências é uma aprendizagem mútua e um meio de fazer o balanço de situações e de obstáculos, que persistem, tanto quanto de promover mudanças positivas, que, todavia, se não verificam, necessariamente, de forma semelhante, ou ao mesmo ritmo, em todas as comunidades.
2005 é um ano marcante na vida da "Mulher Migrante".
Há 20 anos acontecera, por obra de Secretaria de Estado da Emigração, mas com decisivo apelo à colaboração do movimento associativo, o Encontro Mundial de Viana do Castelo.
Há 10 anos se efectuara, por iniciativa da "Mulher Migrante", com significativos contributos de vários departamentos governamentais, das grandes Fundações, existentes no País (Flad, Gulbenkian, Oriente), das Universidades, dos "media", o Encontro Mundial em Espinho.
Pareceu-nos bem, e de toda a justiça, não comemorarmos as efemérides, como coisa exclusivamente nossa, antes apresentarmos ao Senhor Secretário das Comunidades Portuguesas uma proposta de acção conjunta, que pudesse servir de especial mobilização das migrantes para um envolvimento crescente no dia a dia das comunidades portuguesas do exterior.
O Doutor António Braga aprovou a ideia, e empenhou-se em lhe dar sequência, de imediato.
A ele se fica a dever a originalidade de uma concretização em moldes que permitem a melhor percepção das especificidades da chamada "questão de género" nos vários continentes, no contexto da emigração:
o congresso mundial seria antecedido, como veio a ser, por encontros preparatórios, efectuados em cada uma das grandes regiões de concentração de comunidades portuguesas, recentes ou antigas.
Foram os "Encontros para a Cidadania", patrocinados pela SECP, com a "presidência de honra" da Drª Maria Barroso e em que contámos com a parceria da Fundação Pro Dignitate, da Universidade Aberta, do CEMRI e da "Rede Portuguesa de Joven para a Igualdade " e (sempre, sem excepção!) de uma eficaz organização local, a cargo de instituições de cada uma das comunidades.
Sucederam-se pela seguinte ordem cronológica:

2005
América do Sul (Brasil,Argentina, Uruguai e Venezuela), em Buenos Aires, na Biblioteca Nacional . Organização da "Associação Mulher Migrante Portuguesa da Argentina", com apoio da Embaixada de Portugal.
2006
Europa (França, Alemanha, Luxemburgo, Bélgica, Holanda ,Suécia e outros), em Estocolmo, no Museu Etnográfico. Organização da PIKO, Federação de mulheres portuguesas, com sede na Suécia.
2007
América do Norte (Canadá), em Toronto, no centro da cidade. Organização da Consul Geral de Portugal e da Associação "Working Women", com o apoio do Governo Regional dos Açores.
2008
África do Sul (RAS), em Joanesburgo, no "Lusito". Organizado pela "Liga da Mulher Portuguesa", com o apoio do Consulado Geral de Joanesburgo, do CCP, e do Director das Comunidades Madeirenses.

Não neste preciso modelo, mas com o mesmo objectivo, como um passo mais na preparação do Congresso Mundial, há que acrescentar os colóquios, inseridos, por solicitação nossa, no âmbito das comemorações do "Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas", em Montreal e em Newark , no ano de 2006. A nossa ideia foi dar um enfoque particular ao reconhecimento do papel das emigrantes nas comunidades, nessa data especial (e porque não?).
O primeiro incidiu sobre relacionamento geracional - "Retrato da mulher luso -descendente" - e foi organizado pelo"Carrefour Lusophone"e pela Associação de Estudantes Portugueses da "Uqam"(Université du Québec à Montreal), com apoio da Comissão do 10 de Junho.
Em Newark, um seminário, ao longo de dois dias, sobre "A presença da mulher nas comunidades portuguesas da América do Norte", organizado pelo "Núcleo da Mulher Migrante ", nos EUA, e pela "Real Associação de New Jersey", com o apoio da FLAD, da Fundação Bernardino Coutinho, da DGACCP e de outras entidades.

2008
Colóquio sobre " O papel da Mulher no futuro do associativismo e os movimentos cívicos na Califórnia" , na Universidade de Berkeley. Um "Encontro para a cidadania", em formato singular, integrado na visita do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas ao oeste dos EUA. Organizado pela Prof Doutora Deolinda Adão, a solicitação do Consul Geral de Portugal em S. Francisco.

O que se segue :
O Encontro Mundial previsto para 6, 7, e 8 de Março de 2009, em Espinho.
O "Congresso on line", aberto, desde já, como um forum permanente de diálogo.
O Encontro de Espinho, no esquema em que está a ser preparado, começará pela apresentação de conclusões, ponto de situação e propostas dos "Encontros para a cidadania" , a cargo de um - ou uma - porta voz de cada uma dessas reuniões regionais, seguida de um debate geral, em que, certamente, serão introduzidos os contributos recebidos via "blogue".
Nos dias seguintes, realiza-se um seminário sobre "Dinâmicas de Género e de Geraçâo nas Comunidades Portuguesas".
Alguns dos temas para debate:
História das iniciativas do Estado e de ONG's nesta área.
Realidade e futuro do movimento associativo no estrangeiro- a componente de "género" e de "geração".
Paradigmas de intervenção cívica de "mulheres da "diáspora"(no campo profissional, no jornalismo, na política, no voluntariado, no ensino, na cultura, no desporto).
A mulher e os "media" , enquanto espaços de acção e de representação das mulheres migrantes.
Multimedia: a evolução tecnológica ao serviço do diálogo intergeracional e de género.
A imprensa, como guardiã da memória das Comunidades, e como intérprete dos seus problemas, e da realidade de vida dos cidadãos e das instituições.
A mudança na imagem das emigrantes nos "media"- da invisibilidade a novas formas de representação e participação.
Não se trata de uma "lista fechada". Areditámos que, muito em especial, os congressistas "on line", serão capazes de a reinventar .
O importante é que todos fiquem com a certeza de que deram o melhor contributo para uma causa comum a mulheres e homens, como tem de ser a igualdade de direitos e oportunidades para ambos os sexos, no quadro das migrações, portuguesas, europeias ou universais.

Espinho, 13 de Dezembro de 2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

MARIA MANUELA AGUIAR O NOSSO PRIMEIRO CONGRESSO "ONLINE"

A Associação "Mulher Migrante" entra, em 2009, no 15º ano da sua vida activa.
Queremos passa-lo a reflectir sobre uma temática que tem estado no centro das nossas preocupações, desde o início, e permanece actual: a igualdade de participação cívica entre mulheres e homens nas comunidades portuguesas da Diáspora.
Olhamos a Mulher como cidadã, face ao país de origem e ao de destino, no quadro particular da vivência repartida por um e outro, igual ou desigualmente.
Sabemos que o percurso das mulheres tem sido menos visível e menos estudado do que o dos homens, no mesmo contexto de expatriação, e essa é uma das formas persistentes de discriminação que nos propomos, como objectivo de longo prazo, anular, e, no imediato, ir esbatendo.

A reflexão conjunta, o diálogo entre mulheres e homens, de várias gerações, tem-se revelado um instrumento eficaz de alcançar, ou melhor, de ir gradualmente alcançando, resultados. No que respeita ao conhecimento da acção, dos contributos efectivos, assegurados pela "metade feminina" da nossa emigração e, também, como incentivo a uma sua intervenção maior e mais valorizada.
É o que nos mostra a história dos primeiros encontros mundiais de emigrantes portuguesas, de vários seminários e reuniões, que, dentro e fora do país, se têm organizado, alguns deles para divulgação e debate de teses científicas.
Há um interessante caminho feito, a partir do primeiro "Encontro Mundial de Portuguesas no Associativismo e no Jornalismo", uma iniciativa inédita da Secretaria de Estado da Emigração, patrocinada pela UNESCO, em Junho de 1985 (de facto, não se conhece , a nível europeu ou mundial, nenhum anterior congresso desta natureza, sob a égide de um Governo).
Contudo, sem, de modo algum, pretender retirar mérito ao Governo português, há que lembrar que a ideia nasceu na "sociedade civil".
Foram portuguesas das Américas, concretamente, a presidente de uma sociedade beneficente da Califórnia, Natália Dutra, e uma pioneira da nossa imprensa em Toronto, Maria Alice Ribeiro, que lançaram a proposta. Maria Alice, membro do Conselho das Comunidades, levou-a à reunião desse orgão consultivo governamental, em Danbury, ni final de 1984, onde foi aprovada, consensualmente. A Secretaria de Estado deu pronto cumprimento à recomendação, organizando o primeiro encontro de cidadãs da "diáspora", logo em Junho de 1985.

Uma das recomendações desse "Encontro" exortava as mulheres ali presentes a mantirem o contacto e a continuarem os trabalhos encetados, autonomamente, através de uma associação própria.
Não era um projecto fácil, não cabia ao governo leva-lo por diante (houve, sim, e disso falaremos aqui mais tarde, o propósito de constituir uma "Conferência para as Questões da Igualdade", a par de outras, como a dos "Assuntos Económicos", na órbita do CCP ) e, talvez por isso, só uma década depois algumas das proponentes vieram a dar corpo a uma ONG, com os objectivos inscritos nessa recomendação: nós, actuais membros, dirigentes e colaboradores da "Mulher Migrante".

É tempo de alargar o círculo de debates.
A Internet oferece-nos infinitas possibilidades.
Vamos envolver todos os que se disponham a cooperar connosco num "congresso on line" sobre a realidade e o futuro da emigração no feminino.
Estão todas, todos, convidados a fazê-lo, enviando textos, mensagens ou comentários sobre os temas que irão ser tratados no "Encontro Mundial" a realizar em Espinho, de 6 a 8 de Março (e cujo programa será divulgado, brevemente, neste "blog") ou sobre quaisquer outros , que considerem de importância para o reforço das ligações entre as comunidades do estrangeiro e as do País.
Testemunhos sobre o papel das mulheres no movimento associativo, nos média, na esfera profissional , nas empresas, nas universidades... Histórias de vida, passada ou presente. Contadas por mulheres ou por homens - tanto faz. Aqui, estão todos em pé de igualdade!