sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

MARCIE PONTE - Working women community centre - colóquio de Toronto

Texto Marcie Ponte -  Este resumo foi feito baseado em notas de  Felicidade Macedo).

O WORKING WOMEN COMMUNITY CENTRE continua a reforçar e a alargar as áreas  de intervenção e de apoio aos imigrantes e emigrados portugueses, a desenvolver  novos serviços e a dar respostas às necessidades dos portugueses/as, na sua maioria  açorianos/as, sempre dentro de uma perspectiva de integração, cooperação e de desenvolvimento, em parceria com outras organizações, associações, instituições comunitárias sociais na área metropolitana de Toronto. Faz lobbying e networking em todo o Ontário e Canadá, trabalhando para uma maior consolidação e alargamento de
redes para melhor responder às necessidades dos imigrantes e emigrados. São vários os programas oferecidos, sendo os principais os seguintes para a comunidade portuguesa:

1) O programa de explicações e de mentorado ON YOUR MARK
Visa reduzir o abandono escolar e facilitar a entrada no ensino superior aos jovens luso-canadianos, com tutores voluntários, e em parceria com as direções e delegados escolares e organizações comunitárias.

2) HIPPY: Formação para pais usando o modelo “Training-the-Trainer”
Visa a formação de um grupo de mães em diferentes bairros da cidade, em parceria com organizações de bairro comunitárias e de proteção à criança, bibliotecas públicas e igrejas. Elaboram-se estratégias diversificadas e ações de formação ao domicílio sobre o papel dos pais na educação, desenvolvimento e comportamento dos filhos a fim de facilitar a preparação pré-escolar.

3) Ontario Works: Programa em parceria com o Ministérios dos Serviços Sociais.
Visa os utentes de serviços sociais, para os ajudar a regressar ao mercado de trabalho, facilitar a inserção social, profissional e laboral dos imigrantes através de ações de formação e de desenvolvimento das capacidades académicas ou de treino no local de trabalho. Neste contexto, foram muitas as mulheres, e alguns homens portugueses, que aumentaram significativamente a sua qualidade de vida e a das suas famílias.

4) Grupos de apoio:  Mulheres Portuguesas em Transição, Querer é Poder, Educar Educando-se, e Simplesmente Amigas.
Estes 4 grupos de apoio às mulheres dão formação em liderança, participação cívica e cidadania e investem no combate à exclusão social e na igualdade de género e de oportunidades. Oferecem também um espaço seguro onde partilham as suas experiências, promovem a difusão de casos de sucesso, a sensibilização e a prevenção na saúde, pela provisão de programas como: ginástica, ioga, dança, trabalhos manuais, leitura, natação e arte. Respondem a convites académicos frequentes para participar na área da pesquisa, promovem a açorianidade, a conservação da língua e cultura portuguesas, campanhas de informação e sensibilização aos direitos e deveres das mulheres por meio de folhetos informativos e a integração nas atividades de outros grupos de mulheres, tais como os cursos de iniciação aos computadores, oferecidos por Mulheres 55+.

5) A Arte de Aprender
É um programa de integração internacional para jovens que visa dar-lhes um maior conhecimento global e de cidadania.

6) Vários projetos e parcerias com os meios de comunicação, nomeadamente, a rádio CIRV FM e a televisão, Festival Portuguese TV e ainda o, em 2010, com o Consulado-geral de Portugal em Toronto, no âmbito do Ano Europeu para o Combate à Pobreza e à Exclusão Social. E ainda com o Congresso Nacional Luso-canadiano e a OCASI (Ontario Agencies Serving Immigrants and Refugees), organismo de cúpula provincial que representa mais de 200 organizações comunitárias.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

ARCELINA SANTIAGO SOBRE LEONOR FONSECA


Destaque especial para Leonor Ledo Fonseca

Leonor Ledo Fonseca, vereadora da cultura da Câmara Municipal de Espinho tem sido uma boa aliada da Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade - Mulher Migrante. Tem participado activamente nos Encontros Mundiais bem como em outras iniciativas promovidas pela Associação MM.
Merecedor de destaque tem sido o seu papel em prol da divulgação das artes, no feminino, com a realização da Bienal d'Artes que vai já na sua 3º edicão. Este ano decorrerá entre 25 de abril a 29 de agosto de 2015, promovida pelas seguintes entidades : Câmara Municipal de Espinho, museu Municipal de Espinho e Tapeçarias Ferreira de Sá . Uma iniciativa que pretende dar a conhecer a mais variada produção artística levada a cabopor artistas plásticas portuguesas e estrangeiras , nas áreas da pintura, da escultura, do desenho e da cerâmica. Coloca , desta forma , Espinho no roteiro das cidades a nível internacional dando visibilidada às mulheres enquanto artistas plásticas.
Muito significativa foi a iniciativa que reuniu várias entidades, nomeadamente a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, a Câmara de Espinho, o Jornal de Artes e Letras e a Associação MM, debatendo-se, na bienal Mulheres d' Artes de 2013, o papel da diáspora portuguesa, as migrações e as artes no feminino. Como Leonor Fonseca assinalou no momento da inauguração "dar destaque à produção artística feminina é mais do que uma mera questão de género, é antes de mais, uma forma de apresentar publicamente sensibilidades, emotividades e estados de alma muito específicos, porque femininos ! Esta é uma forma ímpar de dar voz às mulheres ..." e sobre outra sua intervenção tão pertinente, enquanto moderadora no III Encontro Mundial da Mulheres da Diáspora, realizado no magnífico Palácio das Necessidades, no painel Empreendedorismo no feminino, referindo-se à capacidade de Criar no feminino " Mulher que luta pela sobrevivência, pela sua independência, pela sua prole, que arrisca, que aposta, que investe, que dá, que ama, que serve, que cuida, que mima, não sem ACREDITAR: ... e porque Acredita e porque Cria, Empreende..."
A sua sensibilidade e espírito empreendedor, enquanto mulher e autarca, tem sido fundamental para desenvolver actividades nas quais estamos empenhadas, movidas pelas mesmas causas - a defesa dos direitos humanos, e em especial, o das mulheres. O seu contributo tem sido fantástico e precioso para a Associação MM que se sente honrada por a ter como sócia honorária.
Leonor Fonseca tem acolhido de braços abertos nos espaços públicos de Espinho e tem sido a anfitriã perfeita de iniciativas que a Associação tem promovido em Espinho tais como a apresentação dos livros na Biblioteca José Marmelo e Silva e nos encontros e a exposição no FACE, o acolhimento dos jovens de Berkeley e os estudantes dos dois Agrupamentos de Espinho... Graças à sua dimensão, humana, criativa e empreendedora, temos uma mulher que lidera uma equipa que nos cabe também incluir e destacar nos agradecimentos dado que todos têm sido incansáveis colaboradores com a Associação Mulher Migrante.
O nosso muito obrigada!

ARCELINA SANTIAGO SOBRE HISTÓRIAS DE VIDA

Histórias de Vida foi o primeiro Projeto da Associação Mulher Migrante em terras da Venezuela. Com ele pretendia-se homenagear as mulheres da diáspora nos novos mundos que desbravaram de forma tão corajosa. São um testemunho precioso para a compreensão do fenómeno migratório no feminino, naquilo que ele tem de mais profundo e intimista. Através destes relatos, simples, genuínos, obtivemos a grandeza desta longa, contínua e imensa caminhada por novos mundos.
Cada historia de vida é, por si só, intensa na carga emocional que dela emana. Nelas estão presentes momentos especiais, os mais emocionantes, os mais marcantes, da vida de cada viajante.

Juntando as várias estórias, poderemos obter uma narrativa global, preenchida por sentimentos e vivências que identificam a trajetória de vida das mulheres da diáspora. Elas foram e são as verdadeiras heroínas desta narrativa da emigração.

Em todas as histórias podemos deparar com os mais variados sentimentos: expectativa, esperança, medo, angústia, mas é comum nelas o desejo de proporcionar harmonia familiar e uma vontade imensa de vencer e ser feliz. Como muitas referem, enfrentar as adversidades por mais duras que fossem, permitiu-lhe saborear as vitórias com outro sabor. A valorização do colectivo, expresso nas associações que ajudaram a erguer e a vingar, permitiu-lhes amenizar o desafio que é viver num país estranho. Mas em todas está subjacente o sentimento - peculiar do povo português, povo de partida que sonha com a chegada - a saudade pela família, pelos amigos, pelo país que deixaram e que permanece sempre no seu imaginário. Ele continua sempre presente e a forma de o manter vivo foram e são as iniciativas que as mulheres organizaram e ainda organizam para perpetuar a sua língua, os costumes, e as tradições portuguesas. Graças a elas, a identidade do país que nunca esquecem, permanece e perpetua-se nas gerações seguintes.

ARCELINA SANTIAGO sibre o lançamento das publicações da AEMM em ESPINHO


Lançamento das publicações Expressões Femininas da cidadania e Entre Portuguesas Associação MM - 20 anos

A primeira apresentação das publicações da Associação Estudo,Cooperação e Solidariedade - Mulher Migrante do ano de 2014, aconteceu no dia 16 de janeiro na Biblioteca José Marmelo e Silva em Espinho.
Foi um momento muito especial, porque com ele culminou um longo trabalho onde as coordenadoras destas duas edições, Expressões Femininas da Cidadania e Entre Portuguesas -Associação Mulher Migrante 20 anos, Manuela Aguiar, Graça Guedes e Arcelina Santiago viram finalmente a recolha do legado de muitos trabalhos científicos, artigos, experiências de vida, ficarem disponíveis para servirem de estudo, reflexão, tendo em vista um melhor conhecimento do universo feminino no mundo da diáspora. Mas foi, segundo testemunho de Graça Guedes, um árduo mas gratificante trabalho de colaboração.
Manuela Aguiar, Presidente da Assembleia da Associação MM começou por agradeceu a presença de todos, em especial as mulheres das artes que se fizeram representar em grande número. Lembrou que tal como nas letras , as mulheres têm vindo a ganhar visibilidade nas artes e que, mesmo noutras áreas, há sinais de mudanças positivas para as mulheres da diáspora, embora haja ainda um grande caminho a percorrer.
Graça Guedes agradeceu, em nome da Associação, a cendência das imagens das obras que fazem parte da comunicação de Ana Maria Pintora e que dão vida e beleza artística à publicação Expressões Femininas.
Manuela Aguiar fez o mesmo em relação a Luísa Prior, pela gentil cedência do seu Universo, capa magnífica da segunda publicação.
Esta foi uma forma de homenagear as mulheres das artes, emboras outras dimensões tenham sido alvo de análise e reflexão. Trata-se como referiu, não apenas de homenagear mulheres mas também homens porque a causa que defendemos, a liberdade e a defesa dos direitos humanos, dizem respeito a homens e mulheres. Lembrou e agradeceu, em particular , o trabalho incansável e fantástico do Dr. Tiago Castro, do Museu Municipal de Espinho, que colaborou na elaboração dos magníficos cartazes, estando um deles representado na contracapa da publicação Entre Portuguesas -Associação MM - 20 anos.
ALEMANHA

- MARIA DO CÉU CAMPOS REELEITA NO MUNICÍPIO DE RAVENSBURG
Maria do Céu Campos, membro do Conselho de Representantes da AEMM,
foi reeleita para o Conselho para as questões de Integração da Câmara
Municipal de Ravensburg, representando este organismo no Conselho
Municipal para os Seniores, na mesma edilidade. A nível partidário,
foi eleita para a Concelhia do CDU, como encarregada para a
Integração.
Em 2015, Maria do Céu vai recandidatar-se também ao Conselho Pastoral
da Missão Católica de língua portuguesa de Ulm.
Responsável pela organização de programas para as próximas semanas dos
estrangeiros na sua cidade, planeia um evento de reflexão sobre a
Mulher Migrante, ontem, hoje e no futuro, com a colaboração da Caritas
- uma forma de passar em revista a situação e o papel das mulheres
imigrantes de todas as nacionalidades, na sociedade alemã.

- NO CINQUENTENÁRIO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS
Em 27 de Setembro, realizou-se em Dusseldorf, na Stiftung
Gerhart-Hauptmann -Haus, um colóquio sobre" O papel da mulher
Portuguesa na Alemanha" organizado pela Cõns ul- Geral de Dusseldorf e
uma Comissão de Mulheres Imigrantes portuguesas e brasileiras
No programa são sintetizados os objectivos da iniciativa:
"A comunidade portuguesa da Alemanha celebra este ano o seu 50º
aniversário. Este é, pois, o momento oportuno para fazer um balanço e
iniciar uma reflexão sobre o papel das mulheres portuguesas na
Alemanha ao longo destes últimos 50 anos. A coragem com que aceitaram
deixar o seu país, a determinação para contribuir para o sustento da
casa, o empenho na educação dos filhos e a forma como conseguiram
ultrapassar o isolamento e os receios, não podem ser esquecidos.
Destaca-se ainda a maneira como se impuseram a nível profissional, a
sua participação cívica no movimento associativo.
Tendo-se vindo ultimamente a registar um aumento significativo da
emigração portuguesa para a Alemanha, será igualmente importante
reflectir sobre as experiências vividas e os principais desafios
encontrados recentemente."
O programa iniciou-se com uma inauguração de uma exposição sobre a
mulher portuguesa na Alemanha, acompanhada por música ao vivo.
A abertura oficial esteve a cargo da Cônsul -Geral, Drª Maria
Manuel´Durão e da Drª Maria Manuela Aguiar (AEMM), Seguiu-se a
projecção do filme "A Gaiola Dourada" (Portugal, mon amour) do
realizador Ruben Neves e, depois, um tempo aberto a debate e ao relato
de histórias pessoais.
Para quem considera que o êxito de uma realização se mede pela sua
capacidade de se projectar no futuro, de ter continuação, o do
colóquio de Dusseldorf esta comprovado, pois está já prevista um novo
encontro, nos mesmos moldes, na cidade de Colónia. As portuguesas da
Alemanha vão provavelmente escrever, assim, ao longo dos próximos
anos, um capítulo importante no associativismo feminino na emigração.
-
INTERVENÇÁO DE MARIA MANUELA AGUIAR
Maria Manuela Aguiar, que representou a AEMM, fez uma introdução ao
tema da participação das mulheres no projecto migratório familiar,
característico da segunda metade do século XX
1 - 2014 é, em países como a Alemanha e a Holanda, o ano em que se
recorda, com grandes comemorações, meio século de emigração portuguesa
- um tempo de viragem das tradicionais correntes migratórias
transoceânicas para destino mais próximos, na Europa. Excelentes
iniciativas, como aquelas que, há cerca de uma década,
mobilizaram as comunidades do Canadá, para onde, a partir de1953, um
acordo bilateral levara um os primeiros contingentes de Portugueses.
Lá, então, como agora, aqui, as organizações das comunidades e a
diplomacia portuguesa uniram-se para realçar o percurso dos homens e
das colectividades, para os homenagearem e para fazerem a sua
história, que é também a do país.

2 - A originalidade do programa que hoje nos reúne em Dusseldorf,
neste quadro de reflexão e de convívio, é o propósito de olhar, em
especial, as mulheres, como parte da história comum, que continua a
ser a mais esquecida ou subestimada...
Agradeço muito o convite da Senhora Cônsul-Geral, Dr.ª Maria Manuel
Durão para participar nesta jornada, a sua hospitalidade, a
possibilidade que tive de falar com ela, longamente, sobre as
comunidades portuguesas da Alemanha. Eu venho do tempo em que a
diplomacia era interdita à mulheres, e, por isso, podem imaginar como
me sinto feliz ao ver um Consulado-Geral desta importância tão bem
entregue a uma brilhante jovem diplomata!
Julgo que a abertura do Ministério dos Negócios Estrangeiros aos
problemas sociais e culturais da emigração, que o SECP Dr José Cesário
salientou, no início do colóquio organizado pela AEMM, sobre o 25 de
Abril e as migrações, em Março passado, na presença da Secretária
Geral do MNE (a primeira Embaixadora a ocupar esse cargo) se deve
muito às nossas diplomatas. Este encontro é mais uma prova da
qualidade da sua abordagem da problemática da emigração.

3 -Vamos, pois, focar, em especial, a emigração das mulheres. Não é um
assunto menor, sobretudo no caso português... Para além da justiça que
se lhes presta ao considera-las na sua singularidade, só assim se
consegue uma visão abrangente do fenómeno migratório, e com ela, o
balanço realista da experiência de cada ciclo, fechado com o regresso
ao País ou a integração numa sociedade estrangeira. Esta evidência não
é negada por ninguém, mas as migrações são ainda
historiadas, fundamentalmente, na sua faceta masculina, padronizadas
num dos géneros, enquanto o outro é negligenciado como mera sequela
subordinada.

4 - É verdade que, até uma data muito recente, foram quase sempre os
homens os primeiros a partir – sozinhos - ocupando, naturalmente, o
lugar central nas atenções dos responsáveis políticos, e, também, dos
estudiosos das migrações portuguesas, tanto das mais antigas como das
contemporâneas, mesmo depois de se generalizar a reunificação de
famílias inteiras no estrangeiro.
Já em fins de século XIX, a emigração feminina representava uma
proporção significativa (cerca de um terço) do total. Entre 1907 e
1913, registou um aumento de 127%, e, desde então, não parou de
crescer. Como é do conhecimento geral, constitue actualmente cerca de
metade das comunidades instaladas na Europa e nos outros continentes e
somente na emigração temporária, a menos qualificada, se mantém, no
século XXI, a predominância de homens sós.

5 – Ao trazer números, objectivos e frios, ao debate, não pretendo
reduzir a questão ao seu aspecto quantitativo, até porque entendo que
ela é, essencialmente, qualitativa - as mulheres que surgem, numa
segunda fase do processo migratório, não se somam aos maridos, ou aos
pais, na vida, como numa simples estatística . Elas vão, com eles,
criar uma nova dinâmica familiar, ocupando um lugar, em regra,
diferente no mercado de trabalho, na sociedade, na densa teia
associativa do grupo étnico nacional, em sua casa... Vão encontrar
diferentes desafios, chegar a diferentes soluções, por si mesmas e em
conexão com eles. Na maioria dos casos, vão mudar o nível económico da
família - com o seu salário, a orientação do projecto migratório para
estadas mais longas, a formação académica e profissional dos filhos, a
integração social no meio português (nas comunidades de cultura
portuguesa, que exigem a componente de género e de geração, para
existirem e sobreviverem...) e no próprio país de acolhimento (é
frequente serem as mulheres quem melhor domina línguas estrangeiras -
não só ou não tanto por facilidade inata, mas em razão das tarefas que
executam no sector dos serviços. mais em contacto com os naturais do
país).

6 - Nas comunidades, onde, contrariando o habitual descaso, se
realizaram as primeiras investigações aprofundadas sobre a emigração
feminina ou familiar, as conclusões vieram consubstanciar esta
antevisão das coisas. Refiro-me, sobretudo, ao caso da França, e, em
particular, de Paris, que é o que apresenta maior número de análises
sociológicas neste domínio. A tese pioneira de Engrácia Leandro
patenteia, com o seu cunho científico, o modo ou os modos pelos quais
a chegada das mulheres mudou radicalmente a vida das pessoas e das
comunidades, trazendo o conforto e a estabilidade do lar, a subida de
nível económico, com o segundo salário, a inserção social, com
oestabelecimento de relações de proximidade, quando não de
cumplicidade com as mulheres francesas - as porteiras, as empregadas
do sector dos serviços, sobretudo. Na parte final da programação de
hoje, depois da exibição do filme “A Gaiola Dourada”, teremos a
oportunidade de olhar
este ângulo do problema, muito embora ele não seja directamente
ressaltado no filme. A meu ver, o relacionamento entre portuguesas e
francesas ajudou à mudança de mentalidades das imigrantes e deu-lhes
um lugar central na família, nos contactos com a administração local,
com as escolas dos filhos – no mundo exterior ao lar, onde na sua
terra natal não actuava…Segundo Maria Engrácia Leandro, um dos grandes
méritos das imigrantes portuguesas, foi o de, através da sua
integração na economia local, terem contribuído para a sua própria
aculturação e para a de toda a família. Para esta socióloga, na medida
em que a emigrante portuguesa aprendeu a viver com outras formas de
ver os papéis de homem, mulher, esposa, mãe, dona de casa, tornou-se,
ela própria, catalisadora de mudança social, para si e para a família,
através das suas atitudes e comportamento.

7 – A experiência de Paris – ou de França – não poderá ser
extrapolada, sem mais, automaticamente, para outros países e
continentes, mas ao mostrar-nos os factores de mudança, justifica a
ideia de que, onde quer que estejam presentes, conduzem a resultados
semelhantes. – para a própria mulher, para o núcleo familiar e a
comunidade alargada. A ausência de atenção, de políticas (as políticas
de emigração com a componente de género são coisa muito recente…)
deixaram as mulheres numa luta só sua, com problemas específicos, que
tiveram de resolver. Consideradas como o elo mais fraco, como objecto
de dupla discriminação (enquanto estrangeiras e enquanto mulheres),
revelaram-se, afinal, na maioria dos casos, protagonistas de
inesperado sucesso individual, com projecção no sucesso de toda uma
geração de emigrantes. Eduardo Lourenço fala dos protagonistas da
“emigração a salto”, dos anos 50 e 60, como “uma geração de
triunfadores” - e com razão. A meu ver, a parte das mulheres, que foi
fundamental, construiu-se com a integração no mercado de trabalho e
com a adesão aos valores da modernidade, da igualdade de género, na
prática se não no discurso... - com autonomia, auto-confiança,
influência e prestígio no interior da família e no exterior, na
sociedade (com maiores dificuldades no meio mais fechado do
associativismo das comunidades).
A emigração foi, para todas as que conseguiram impor-se pelo trabalho
e pela cultura (os dois campos em que já as feministas de oitocentos
centravam a luta pela igualdade dos sexos), uma verdadeira abertura à
emancipação feminina.

8 – Deixo estes tópicos para o debate, mas, a terminar, queria ainda
dizer uma palavra sobre a organização desta sessão, para destacar,
além o trabalho da Drª Maria Manuel Durão, também o dos outros membros
de uma comissão organizadora, em que portuguesas e brasileiras se
juntaram para pensar o futuro das comunidades da emigração e o papel
das mulheres -portuguesas, brasileiras, lusófonas, neste concreto país
de acolhimento, que é a Alemanha.
Um exemplo que, espero, constitua precedente e inspiração para muitos
outros debates! Os países da lusofonia são hoje, em muitos casos,
simultaneamente, países de emigração e imigração, as mulheres em todos
ocupam um lugar destacado, e, felizmente, cada vez mais visível.
Trocar, entrelaçar as experiência de todos os nossos povos é
fundamental, para vivermos mais e mais fortes, o amanhã das migrações.

FOTO enviada)

- LEMBRAR JOSÉ RODRIGUES
José Rodrigues era um dos líderes associativos envolvidos
napreparação das comemorações do "Cinquentenário" à qual se entregava
de alma e coração, com o entusiasmo e a generosidade de sempre, quando
uma breve e fatal doença o levou do nosso convívio.
A viúva Maria de Fátima continua o seu magnífico trabalho comunitário,
e fez parte da comissão organizadora de Encontro de Dusseldorf.
Conhecendo-o melhor do que ninguém, sabe que a grande homenagem que
lhe pode prestar é dar continuidade às suas causas - a luta pelos
direitos de todos os migrantes, a cooperação com a África lusófona e,
em particular com Moçambique, a aproximação entre Portugal e Alemanha
e a valorização do contributo dos porugueses neste país, que era a sua
motivação maior na celebração deste meio século de presença
portuguesa. No que não faltarão à Maria de Fátima apoios de todos
quantos tanto estimavam e admiravam o casal.
Na AEMM não esquecemos a colaboração que prestou à divulgação dos
nossos projetos, a partir do momento em que, em 2012, na qualidade de
jornalista, que também era, abordou as temáticas dos colóquios
realizados em Mainz e Wiesbaden, juntamente com Maria do Céu Campos
O seu estilo literário - que bem escrevia a língua de Camões! - , a
sua sensibilidade artísticas - traduzida na pintura, na fotografia - a
sua alegria de viver e a sua espontânea capacidade de comunicação,
são, para quem não o conheceu pessoalmente, qualidades que queremos
realçar nesta singela lembrança.

ARGENTINA

- O NOVO LIVRO DE ANA MARIA CABRERA
A escritora Ana Maria Cabrera foi uma das intelectuais argentinas
presentes no 1º Encontro para a Cidadania, em Buenos Aires e é, desde
então, a AEMM conta sempre com a sua colaboração- agora tratando com
rara sensibilidade um tema muito actual: a violência contra as
mulheres.

RITUALES PELIGROSOS
“Rituales Peligrosos” es la novela por la Paz. La historia comienza en
Buenos Aires, Argentina.
Laura es una mujer de alrededor de cuarenta años que decide viajar a
los Estados Unidos de América sin saber por qué. Divorciada, con un
hijo, que como tantos
otros, decide irse del país en búsqueda de un futuro mejor, la mujer
sufre un insoportable vacío. “Todo le daba igual. Caminaba por las
calles de Buenos Aires como una autómata. Ni siquiera podía percibir
su inseparable desolación. Volvió a la casa. Se desplomó en el sofá
del living. Tenía sobre ella un futuro sin para quién, sin para qué….
“Porque yo, yo no sé quién soy. Pasé cuarenta y cinco años para ser
hija obediente, alumna esmerada, profesora eficiente, mamá abnegada,
mujer desolada…¿Y ahora
qué? ¿Qué quiero para mí? ¿Quién soy?”
Y Laura se va a un mundo distinto llevada por un insoportable vacío.
Es la mujer cuya voz se ha perdido en todo lo que la rodeaba: padres,
marido, hijo, profesión… Sin saber muy bien cómo emprende el camino
hacia la búsqueda de sí misma. Sin analizar las causas llega a los
Estados Unidos de América llevada por la invitación de un amigo y
colega norteamericano. Aterriza en Los Ángeles.
“Laura permanecía en silencio asombrada por la amplitud del espacio.
Observaba. Freeway. Autopistas perfectas, limpísimas, asépticas…pero
sin gente. Sólo automóviles de todas las marcas, de todos los tamaños.
Soledad de empujones, de bocinazos, de baches… Miró para un lado y
para el otro. Todo era parejo, perfecto. Entraba a la armonía
programada del Primer Mundo.”
En la casa de los padres de su amigo Bob permanece tan sólo quince
días. Raúl, el padre es argentino y la madre mejicana. Dos mundos en
California. Raúl, como tantos otros compatriotas, idealiza el Buenos
Aires que dejó. Letras de tango, la bohemia de la calle Corrientes con
las librerías día y noche abiertas, los escritores en los
tradicionales bares, las luces de los teatros de revistas…
De modo vertiginoso y sin saber muy bien por qué a las dos semanas
Laura se muda con Sandy, la hermana de su amigo Bob. Ella es quien le
muestra por primera vez el mundo de Hollywood y Beverly Hills. Conoce
la Universidad de California-Los Angeles. Allí sí se siente en su
casa. El mundo de la cultura la contiene. Pero algo siempre la
estremece. Tiene miedo pero no sabe de qué ni de quién.
Se muda al apartamento de su nueva amiga. Al lado vive un hombre. Es
alto, pecoso, con cara de niño travieso y bueno. Laura se deja llevar.
Al poco tiempo ya vive con él. El hombre trabaja, cocina, la peina, le
da de comer en la boca. Le compra la ropa que tiene que usar. La lleva
a Long Beach a bailar country. La lleva de la mano a Disneyland. Ella
se deja amar.
“Los Angeles, a lo lejos Hollywood…Me duermo entre sus brazos…Soy
Cenicienta y Blanca Nieves…El beso del Príncipe Azul…Estoy en otro
mundo. La vida es Disneyland.”
Y así, sin conocerse ni conocerlo Laura se casa. El la cuida, la
mima….pero se emborracha, se droga….comienzan los maltratos. “Con
incontenible placer cortaba la carne. Con las manos sucias de sangre
arrinconó a Laura contra la pared. El mortal frío de la cuchilla en la
garganta de la mujer.
Please, Don, please.-suplicaba llorando.
Los minutos se hacían siglos hasta que, nunca supo por qué, la
soltó….Don le pedía disculpas. Lloraba.
-No tengo perdón de Dios. Maté a mucha gente en la guerra de Vietnam.
Sí, yo estaba en un helicóptero con una ametralladora-no sé a quienes
asesiné. No merezco vivir…..
El hombre ya no podía escucharla. La botella vacía estalló contra la
pared. Necesitaba más. Al encender un cigarrillo de marihuana se fue
calmando. Entraba en un ensueño. El recuerdo de la guerra ya se podía
soportar. Él se durmió. Ella, no. Todo daba vueltas. Entre luces y
sombras….Ese mundo de contradicciones la va enfermando. Ayudada por
Kathy Rose-Mockry, directora del Centro de Estudios de la Mujer de la
U.C.L.A. huye de su casa. Va a un “shelter” donde empieza su
recuperación. Ella siente el miedo a la soledad de estar sin su
hombre. Intenta regresar a su trabajo y estudio en la Universidad pero
es atacada por Don. Interviene la policía. Todo es vergüenza y
confusión hasta que regresa a Buenos Aires.
Su país vive años difíciles. Empieza a trabajar donde puede. A pesar
de tanto éxito en su profesión sólo consigue algunas clases a
domicilio y repartir volantes en una esquina. Pero se tiene a sí
misma. Poco a poco vuelve a sonreír pensando: ”Ojalá que después de
tanto llorar mis ojos hayan que dado límpios…..para poder ver a un ser
sensible y fuerte al mismo tiempo".

“Rituales Peligrosos”. Cabrera, Ana María. Ediciones Felicitas, Buenos
Aires, 2014. (e-mail: felicitasguerrero@yahoo.com.ar
anamcabrera23@gmail.com
Facebook: Felicitas Guerrero

- ASSOCIAÇÃO MULHER MIGRANTE PORTUGUESA DA ARGENTINA
- OS NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS
:Em 13 de dezembro, iniciaram funções os novos órgãos sociais
COMISIÓN DIRECTIVA - 2014-2016
Presidenta: María Violante Mendes Martins
Vice-Presidente: Natália María Renda Correia
Secretaria: Gabriela Branco
Pro- Secretaria: Isilda Sabath.
Secretaria de Actas: Diogenia Cecilia da Ponte.
Tesorera: Mirta Nazarena Tossoni.
Pro – Tesorera: Elia M. Coelho da Palma.
Bibliotecaria: María Elena da Silva Baptista
Vocales titulares: María Octavia Cavaco Coelho; Felismina Regado Bras;
Estela Pires Vieira; Fernanda de Jesús Ascenco; María Fernanda da
Silva; Gladys Beatriz Runge; Isabel Lopes Cajado; Dolores Gomes da
Silva; María Luisa Corlatti; María Teresa Morgado Carreira..
Vocales suplentes: Herminia Pacheco Tinouco; María Gomes da Silva;
Marta Martins; Natercia Nunes de Moura; Evelia Esteot; María Josefina
Mac Namara; María de Lourdes Geraldes Vaz; Alice de Matos; María
Lourdes Moreira; Alicia Gloria Duarte Romao;
COMISIÓN REVISORA DE CUENTAS: María Albertina Viegas Costa María Alcie
Pereira Fernandes; Florinda da Silva Costa
Suplentes: Ilda Barracosa Neves; María Manuela Carneirinho dos Reis;
Vilma Raposo
COMISIÓN ASESORA CONSULTIVA: Stella Maris Castro; Alexandrina da Costa
Sá; María Alice Faría Rosa; María Alicia Marques Monte

-ASAS Villa Elisa

O projecto da criação de uma "Academia Sénior de Artes e Saberes",
destinado ao convívio das participantes e à partilha das suas
experiências e conhecimentos, num ambiente de alegria e de
companheirismo, começou com a iniciativa da Sra Dona. María Violante
Martins, da Sra.Dona María Fernanda da Silva, e da Sra. Dona María
Josefina Mac namara..
A primeira preocupação de ordem prática era encontrar boas
instalações, que facilitassem a frequência dos cursos, tanto por
portuguesas como por argentinas e outras nacionalidades, pois uma das
finalidades era esta aproximação de umas e outras, para divulgar as
tradições e bordados típicos de Portugal.Era uma área em que havia
especialistas para ensinar a técnica do Bordado de Arraiolos, esta
técnica milenária dos nossos antepassados, implementando-a de
diferentes maneiras, em tapetes, quadros, e diferentes aplicações. O
local escolhido foi o "Centro Sinceridade" de Villa Elsia, que
acolheu, com grande simpatia, as classes da nova Academia no seu belo
salão.
O grupo foi crescendo - no início eram 21 alunas, no final 50. Cada
aluna ia espalhando a informação sobre aqueles trabalhos colectivos,
que tinham um efeito terapêutico, permitindo fazer coisas úteis e
bonitas, no meio de risos e conversas, criando laços de amizade..
A iniciativa foi um êxito, não só devido à grande quantidade de
pessoas que se inscreveram ao longo do ano 2013 de também devido à
diversificação de trabalhos manuais . Telar, Crochet, e Ponto Cruz. -
como aos talentos que se iam descobrindo, ao entusiasmo que a todas
contagiava - o dia de trabalhos na Academia era esperado com
ansiedade, com júbilo.
No encerramento do 1º ano de funcionamento da Academia , tivemos a
visita da Dr.ª. Maria Manuela Aguiar, da Dr ª Beatriz Rocha Trindade,
e da Dr.ª. Maria da Graça Guedes.
As alunas esperavam-nas com muita alegria, enchendo o salão, num
ambiente caloroso e festivo. Foi servido um chá, em mesas redondas
muito bem decoradas, que foram o palco da grande reunião de alunas e
professoras e pessoal com a Presidente, Vice Presidente e muitas
Senhoras da Comissão Diretiva da Associação Mulher Migrante Portuguesa
da Argentina e das visitantes vindas de Portugal. Todas puderam
apreciar os trabalhos realizados durante esse ano na grande exposição
que ocupava a entrada do salão. Foi uma tarde inesquecível de
convívio, de emoção pelas palavras da Dra. Manuela de Aguiar , feliz
por ver este Projecto de pé, e por conhecer as verdadeiras
protagonistas desta experiência inédita na comunidade portuguesa,
humanamente tão gratificante e que culminou numa mostra.tão reveladora
de perícia e da arte feminina.
Todas estas Senhoras foram homenageadas no dia de aniversário da
nossa Associação no ano 2013, e receberam um Diploma que as acredita
como conhecedoras da técnica dos Arraiolos
Agora, no final do mês, fecham as Classes da Academia e serão
acreditadas aquelas participantes que poderão ensinar estas técnicas.
Pela segunda vez, se realizará uma mostra dos trabalhos anuais, para a
qual serão convidadas as Autoridades e na qual estarão presentes as
dirigentes da Associação da Mulher Migrante para fazer entregue dos
Diplomas e para as felicitar. Assim se encerra um "ano académico", que
promete continuar como um exemplo para outras comunidades, de outros
países


- 2015 ASAS em Buenos Aires
A presidente, Maria Violante Martins ,a quem se deve o auspicioso
lançamento da Academia Senior de Villa Elisa, anunciou a intenção de
criar uma Academia Senior na capital, já no próximo ano .


BRASIL

LURDES ABRAÇO; - AEMM no RIO DE JANEIRO
A pintora LURDES ABRAÇO Faz parte da Comissão Organizadora que
projecta a realização em 2015 de uma grande exposição de peças de
porcelana artistas luso brasileiros, integrada nas comemorações dos
450 anos da fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Contam com o apoio da Sociedade Brasileira de Pintura sobre Porcelana,
do Consulado de Portugal , do Instituto Camões e da AEMM,

BERTA SANTANA - AEMM no RECIFE
-Texto Profª GGUEDES já enviado

~COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL no Recife
O núcleo local da AEMM é coordenado pela DrªBerta Santana, jovem
psicóloga, muito envolvida em trabalho voluntário e no meio
associativo, dirigente da "Folia das Deusas", grupo carnavalesco, com
uma vertente de forte solidariedade social, e organizadora, em 2013,
da mulher portuguesa do de um Colóquio do Recife sobre a situação da
mulher Portuguesa no Estado de Pernambuco, realizado no Gabinete
Português de Leitura.
Em 2014, Berta Santana voltou a encher os belos salões do Gabinete
Português com um programa comemorativo dos 40 anos do 25 de Abril, -
incluindo um debate sobre o filme de Inês de Medeiros "Os capitães de
Abril" e um concerto com Fernando Tordo

CANADÁ

- COLÓQUIO VIVÊNCIAS DA DEMOCRACIA NA DIÁSPORA 1974-2014
Um projecto conjunto do Departamento de Espanhol e Português da
Universidade de Toronto e da AEMM, com o Alto Patrocínio do SECP, e o
apoio do
Instituto Camões, de “8 Séculos de Língua Portuguesa" e da Escola
do “First Portuguese Canadian Cultural Club”
Uma excelente organização da Professora Manuela Marujo, membro do
Conselho de Representantes da AEMM, Os trabalhos foram transmitidos
pela Omni News
O programa
(enviado - passa da página seguinte do separador para aqui)

- COM VIRGÍLIO PIRES,UMA VISITA AO CANADIAN PORTUGUESE MUSEU
Virgílio Pires, Empresário, e membro do Conselho de Representantes da
AEMM, foi um dos maiores impulsionadores deste museu deToronto, onde,
graças à sua intervenção, está preservado o arquivo fotográfico de
Maria Alice Ribeiro (Directora do Correio Português de Tornto - o
primeiro períodico da cidade, em língua portuguesa), vai procurar
dar-lhe tratamento e divulgação, em 2015..
(incluir FOTOS enviadaslegendas e - )


DINAMARCA

SUSANA LOURO -AEMM em Copenhaga
Susana Louro, é antiga Directora do Turismo em Copenhaga e recente
associada da AEMM. A sua singular história merece ser contada e a AEMM
tenciona faze-lo A primeira mulher a desempenhar aquele cargo, no pós
25 de Abril, começou o seu percurso de emigrante como funcionária do
Estado para a Suécial e trabalhou, depois, em variados sectores e
funções, em diversos países da Europa e no Brasil..
DA DINAMARCA, COM HUMOR
(TEXTO enviado)

EUA
- DEOLONDA ADÃO E AS COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL EM BERKELEY
Deolinda Adão ,Professora, Universidades da Califórnia, Berkeley e da
Universidade de São José (e representante da AEMM dos EUA) levou a
cabo, na Universidade de Berkeley, as que foram, porventura, as
maiores comemorações do 25 de Abril realizadas fora de Portugal,ao
longo de uma semana de muitos eventos, incluindo uma exposição e o
lançamento de uma publicação, em conjunto com Claude Henry Potts, a
tradução para lígua inglesa do poema de Ary dos Santos, "The Doors
that April opened, a poem by José Carlos Ary dos Santos" - uma
parceria do "Portuguese Studies Program" e da "Luso American
Educational Foundation".
A AEMM participou, através de duas das suas fundadoras, Graça Guedes e
Maria Manuela Aguiar, no IX painel da Conferências sobre "25 de abril
de 1974 -
metas e objetivos 40 anos depois".
O Painel foi moderado por Lizz Mota, com intervenções de
Manuela Aguiar (ex Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas) -
40 anos de migrações em Liberdade
Graça Guedes - Professora, Universidade do Porto - ? titulo
Donald Warrin, Investigador,Diretor do "Portuguese Oral History
Project - ROHO, Universidade da California, Berkeley - California,
Deolinda Adão, Diretora, Professora, Universidade da Califórnia,
Berkeley, San Jose State University - "Califórnia, madrasta dos meus
filhos" - o outro lado da emigração, testemunhos de quem ficou.
(FOTOS da GG - a enviar)

- DONALD COUTINHO E A CONFERÊNCIA DO JUVENTUDE EM ELIZABETH - THE
FIRST PORTUGUESE YOUTH CONFERENCE
Uma iniciativa nascida de uma conversa, que reuniu a uma mesa de café,
nas férias de verão, em Lisboa, a Deputada Maria João Àvila, Donald
Coutinho, dirigente do Board of Education de Elizabethb e dirigentes
da AEMM. Foi aí, e então, que a ideia surgiu, e, seguidamente, Donald
Coutinho e os seus pares deram-lhe a melhor execução. Como o comprovam
o convite dirigido aos jovens e a resposta positiva que deles recebeu.
O Convite
Your Elizabeth Board of Education is honored to be the host location
for a major Portuguese Youth Conference sponsored by the Mulher
Migrante Association based in Lisbon, Portugal.
Present at this event will be Maria João Avila, of Elizabeth, NJ.
Representative Avila is an elected assembly woman to the Portuguese
Parliament. Other experts in the field of business, government and
education will also be present and participating. Board Commissioners
Tony Monteiro and Paul Pereira will welcome attendees to the
conference which is being held at Dwyer Academy Auditorium on
Wednesday, October 15th, 2014 from 4:30 pm to 6:00 pm.
This conference will offer those that are present an opportunity to
discuss the successful strategies our students can use in leveraging
their Portuguese language skills.
The growing Portuguese language program is offered at a number of
schools throughout the district. Board Commissioner Paul Pereira, who
is of Portuguese descent himself - has stated that he will be joining
Board President Tony Monteiro in sponsoring a resolution at the next
board meeting to further expand the program for all high students.
Although the conference is designed primarily for students in high
school as well as college, adults from the learning community are also
invited to attend this bilingual conference
(fotos enviadas)

- JANTAR DE HOMENAGEM PÓSTUMA A MANUELA CHAPLIN
Organizado pela Deputada Maria João Ávila, o jantar reuniu, num
restaurante português de Elizabeth, a anterior presidente Gloria de
Melo, que nessa qualidade sucedeu a Manuela Chaplin, e aquelas que
foram as suas colaboradoras mais próximas, Beatriz Santos e Maria
Fernanda Batel e, também, as novas representantes da AEMM nos EUA
Deolinda Adâo, da Califórnia, Mina Grosso, da Pensilvânia, e Lídia
Maio, de New Jersey. que manifestaram o maior emprenho em continuar a
obra iniciada por
Manuela Chaplin.
Presentes nesta homenagem estiveram, igualmente, exprimindo, em
palavras sentidas, a saudade e a admiração por Manuela Chaplin, o
Padre João Carlos da Paróquia Portuguesa de Elizabeth e o Padre Simão
da Igreja de Nossa Senhora de Fátima de Newark, assim como as
dirigentes da AEMM Manuela Aguiar e Rita Gomes, Gabriel Marques de
Minneola - New York, Victor, Isabel Soares de Clarck, New Jersey e
muitos outras individualidades da comunidade portuguesa.

RECORTE de jornal Luso Americano - enviado por email - 15 jan.

- NOVA ESTRUTURA da AEMM nos EUA - a COMISSÃO PERMANENTE
Coordenadora: Maria João Ávila
Califórnia: Deolinda Adão
Pensilvânia: Mina Grosso
New Jersey: Lídia Maio
Massachussets: João Pacheco

FRANÇA
- UMA PORTUGUESA VICE-REITORA DA SORBONNE.: Isabelle Oliveira
Isabelle Oliveira, dirigente da AEMM, foi eleita Vice-reitora
daUniversidade da Sorbonne , Com uma brilhante carreira académica no
CNRS e na Universidade, era Directora da Faculdade de Letras. Um
exemplo de competência p"profissional, mas, também, de participação
cívica nos dois países a que pertence. Em Barcelos, foi membro da
Assembleia Municipal, eleita pelo partido socialista e impulsionadora
dos colóquios "Mulheres em Movimento". Em França, e, nomeadamente, no
domínio das migrações e da promoção da intervenção feminina, têm sido
muitas as iniciativas que desenvolveu -a última das quais, em Junho
passado, a organização do colóquio :"Migrações. Que perspetivas?"
(Foto enviada)

- O COlÒQUIO da SORBONNE
PROGRAMA
(texto enviado - passa do verso do separador para aqui )

O Colóquio da Sorbonne teve larga cobertura mediática, na rádio e na
imprensa escrta. nomeadamente, no Luso Jornal e no Expresso on line
de 25 de junho, num artigo do correspondente Daniel Ribeiro, que foi
retomado pelo portal Sapo assim como por outros sites em
Portugal e no estrangeiro, do qual se reproduzem extratos:
"Dizem-se em Portugal as maiores barbaridades sobre a emigração"
Manuela Aguiar
"Dizem-se em Portugal as maiores barbaridades sobre a emigração"
(...) Manuela Aguiar disse, terça-feira, num seminário sobre a emigração
portuguesa, na Universidade da Sorbonne, no centro de Paris, que não é
apenas o atual secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, que
não é
ouvido sobre a matéria pelo Governo: "Aconteceu com todos e eu sei do
que falo porque já exerci
essa função". (...). "Portugal, durante estes 40 anos de democracia
deu aos portugueses o direito de partir e de regressar, mas
ainda não lhes deu o direito de não emigrar", acrescentou Manuela Aguiar.
Os números do "drama nacional"
"Existe em França uma nova diáspora em condições péssimas de
precariedade", sublinhou pelo seu lado a diretora da Sorbonne.
No colóquio, participaram diversos especialistas e ainda os deputados
do PS e do PSD pelo círculo da Europa, Paulo Pisco e Carlos Gonçalves.
Este último salientou que - além da fuga de cérebros do país, realçada
por Paulo Pisco como um "drama nacional" - "o grosso do contingente
dos novos emigrantes não tem formação e foge à pobreza".
Victor Gil, especialista sobre fluxos migratórios no Ministério dos
Negócios Estrangeiros e antigo Conselheiro Social na Embaixada
portuguesa em França, referiu dados interessantes na sua intervenção,
designadamente que nos últimos dois anos saíram por ano do país mais
de 111 mil portugueses, "um número de emigrantes semelhante ao
verificado noutros momentos difíceis, nomeadamente nos anos 1920 e
1960".
De acordo com estimativas citadas por este especialista, Portugal
perdeu, nos últimos anos, um quinto dos trabalhadores qualificados. No
que respeita à área da saúde, disse que as estimativas apontam para a
saída de cerca de um terço dos enfermeiros formados nas escolas
portuguesas.. (,,,) Quanto aos países de destino dos emigrantes, o
especialista informou que se mantém a tendência dos anos 1960/70 de
preferência por países europeus, "principalmente para França, que me
parece ser o país para
onde se dirige um quinto da nossa emigração, e também para a Suíça, a
Alemanha, o Luxemburgo e mais recentemente para o Reino Unido".
No entanto, o alto funcionário sublinhou uma nova tendência para
adiversificação dos destinos, com aumento de partidas sobretudo para
Angola e Brasil.

HOLANDA
- TERESA HEIMANS, PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS
A representante da AEMM, atualmente, Conselheira do CCP,
presidente da Federação das Comunidades Portuguesas ba Holanda, foi
uma das impulsionadoras das comemorações dos 50 anos da emigração portuguesa
para a Holanda (em 2013), e da publicação sobre essa efeméride, (em 2014)

- DESTINO HOLANDA
BESTEMMING NEDERLAND
1963/2013 - 50 Anos/50 jaar

O ponto alto das comemorações de 2013, foi Simpósio e uma pulicação,
em que foram recolhidas
histórias de vida e as palavras dos oradores do simpósio - uma bela
edição bilingue, que ajuda a fazer a história do percurso dos
portugueses nos Países Baixos
Na abertura do Simpósio, o Embaixador de Portugal José Bazenga
Serrano, destacou o papel desta nossa notável compatriota e associada.
"Em boa hora a Federação das Associações, criada na década de 80 do
século passado, na pessoa da sua presidente DrªTeresa Heimans,
resolveu assinalar este meio século de vivências".
Uma Mulher à frente destas importantes celebrações - e uma líder que,
na sua intervenção não esqueceu o contributo das mulheres no sucesso
colectivo alcançado no "destino Holanda ao dizer:
"(...) Na Holanda vieram encontrar uma sociedade diferente, um clima
muito duro, uma língua desconhecida, (...) E, pouco a pouco, todos os
escolhos foram desaparecendo do caminho. Para isso, muito contribuiu o
reagrupamento familiar. Vieram as mulheres e os filhos, quando os
havia. O percurso tornava –se mais fácil. Os anos foram passando, o
sonho começou a ter pernas para andar.A mulher a trabalhar, os filhos
a estudarem, a casinha na terra a começar a ser construída"
Este é um livro indispensável, de vários pontos de vista. Mas, se nos
permitem uma abordagem de género, para além de realçar, como tão bem o
faz, Teresa Heimans, a prosperidade que a mulher carreia para o
projecto familiar, destacaríamos os seguintes dados: De entre os
pioneiros biografados, há apenas uma mulher (como é
natural, pois elas, quase todas, chegaram mais tarde...), mas já no
Simpósio a participação dos oradores convidados é rigorosamente
paritária... e tudo foi (muito bem!) liderado por uma Mulher.
Sinais·positivos, que apontam o sentido da igualdade...
Teresa Heimans, o Embaixador Bouza Serrano,os pioneiros biografados e
toda a comunidade da Holanda merecem vivas felicitações

-MEMÓRIA DO DIA DAS MÃES
José Camacho foi um dos Portugueses biografados na publicação
comemorativa dos começos da emigração para a Holanda. Ele foi um dos
fundadores da primeira associação criada neste país e, mais tarde,
eleito como Conselheiro do CCP. Tem, pois, uma vida dedicada ao
voluntariado, seguindo o exemplo de seus pais, que o
Presidente da República reconheceu com a atribuição da Comenda da
Ordem de Mérito.
, O emotivo escrito em que homenageia sua Mãe, foi por ele enviado à
AEMM, depois do Encontro promovido pela Associação em Zaandem, em
Dezembro de 2012 - um colóquio em foi um dos principais
intervenientes. Só agora é possível publicar o texto – por
coincidência no tempo ideal para falar de duas gerações de voluntários
por um mundo mais justo: a mãe, que, de terra em terra, foi
ministrando o ensino da língua e dos valores da cidadania, e o filho,
que, formado nesses valores, viria a emigrar e a agir,
incessantemente, na sua comunidade : .
(enviado, com FOTO)

MALACA
JOAN MARBECK - A COLABORADORA DA AEMM NO EXTREMO ORIENTE

Da professora de música escritora, estudiosa do "Kristang", líder
associativa,e grande amiga de Portugal, as notícias chegam, em regra,
por email. Por este meio nos deejou "Bong Anu 2015" e nos relatou as
actividades desenvolvidas, ao longo de 2013 e 2014 e, também, os seus
planos para futuro - o futuro da língua "Kristang" no século XXI. Há
duas décadas que Joan se vem dedicando à defesa e divulgação do
"Papiah Kristang". A sua obra foi recentemente reconhecida no Japão
pelo Professor Nobuo Tomimori, da Uiversidade de Estudos Estrangeiros
de Tóquio, e Joan Marbeck distinguida como uma das grandes activistas
da "herança cultural" no SE da Àsia.
A convite dos professores daquela Universidade, Tomimori e Tanaka
Kakashi, Mrs Marbeck apresentou no" World Language and Society
Education Centre", as sobre o suas pesquisas sobre crioulo
malaio-português de Malaca.
Manuela Aguiar, que visitou Malaca por diversas vezes, e a quem aa
notícias foram dadas, de modo informal, pediu-lhe permissão para
transcrever os últimos emails - o que, de imediato, foi aceite:
"Certainly, Manuela. You may mention my projects on Linggu Kristang in
the publication of Mulher Migrante. I had a quiet Christmas in
Seremban, the town, north of Melaka where I had moved to about 12
years ago. Malacca, has changed and I do feel disappointed at some of
the development that is crowding the historical treasures of the city.
UNESCO should look into this seriously. I have managed to persuade the
Museum authorities to set up a Eurasian Community Museum in Melaka and
was instrumental in doing so in 2013. Now the Jenti Kristang or
Eurasians will NOT be forgotten. Some of the artifacts in the ECM
belong to my grandmother and parents.
I have now turned my attention to Kuala Lumpur and to the Eurasians
in all the other states in Malaysia. I want them to acknowledge their
heritage and identify
themselves with the 500 year-old Papiah Kristang Language. Many are
receptive to my proposals and are cooperating, especially Ms Sheila de
Costa, the President of the Selangor and Federal Territory Eurasian
Association in Kuala Lumpur, ( A Lawyer by profession) and her General
Committee.
I took a short holiday and spent my NEW Year 2015 with my 2 sons,
David and Martin in Istanbul, Turkey from 1st- 7th. Jan. David works
at the ILO in Genevaas Chief Technical Advisor and Martin is Chief
Reservations Officer at the Metropole London Hilton. They are doing
very well in their careers and my grateful thanks to the late
Rev. Fr. M. J. Pintado who 'opened doors' for them when he recommended
that they be given scholarships to the University of Macau in the
1990s.
Thanks to you, too for your inspiration, encouragement and the
opportunity you've given me to meet some of the world's most
brilliant, active and courageous ladies of Portugal and from around
the world. Your leadership has made me a leader for my community and
for women in general.
God Bless and a Very Good 2015.
Ung grandi abrasah,
Joan"
Sobre 2015, em Malaca:
"I am privileged to be among the chosen few women to be recognised for
what I do as a Language and Heritage activist despite it being a
non-lucrative category in the ever-changing technical and business
world. It is seldom that I receive accolades for my work but for the
passion to cling on to the rich heritage which most Malaccans, like me
possess, I will labour zealously and promise that the younger
generation of Eurasians will carry on and preserve our Heritage where
I leave off.
I have a full agenda for 2015 in Kuala Lumpur to fulfil. I hope I can
cope with this huge responsibility.
1. Re- Producing and Directing the Digi Kristang Musical' Kazamintu na
Praiya' ( Wedding on the Beach ) to raise FUNDS for SAFTEA Building.
2. Working towards the setting up of a ' YAYASAN EURASIAN' a Eurasian
Foundation with the Selangor and Federal Territory Eurasian
Association.
3. After my presentation at the International Symposium WoLSEC2013
Foreign Language Education and Cross- Cultural Perspectives -7th &
8th
March 2013 - Paper on ' The Renaissance of the Malacca- Portuguese
Creole language and Importance of its Cultural Traditions' at the
Tokyo University of Foreign Studies, Japan, Emeritus Professor Nabuo
Tomimori had been encouraged to work closely with me, Deputy Dean
Assoc. Prof. Stefanie Pillai at the University of Malaya, Kuala Lumpur
and other local and foreign Professors interested in a Proposed
Project for the Revival of Papiah Kristang.....Prof. Nabuo visited us
on.7-9th December 2014 to discuss proposals for the Project."
" Emeritus Professor Nabuo Tomimori has recognised my proposals as
presented at the Internaional Symposium in Japan in 2013 and we will
begin working on the proposed Language Project in Malaysia, very soon.
Till then, Ung grandi Abrasah. Joan".

PORTUGAL
- AEMM NOVAS ESTRUTURAS
Na Assembleia Geral da AEMM, em junho passado, foram eleitos os órgãos
sociais para 2014-2016. Embora num mesmo quadro estatutário, foram
recriadas estruturas, na prática viabilizadas por novas colaborações e
adaptadas a situações concretas, no país e no estrangeiro. É o caso de
uma maior autonomização dos núcleos existentes em Portugal, com a
ativação de Comissões de Estudo nas regiões norte e centro. Na Região
Norte foram estabelecidas parcerias e formas de colaboração informais,
mas numa base permanente, com instituições culturais, municípios,
escolas secundárias, personalidades atuantes no domínio das migrações
e das questões de género.
No estrangeiro, regista-se, em especial: a junção à AEMM da Associação
Mulher Migrante da Venezuela, que é já um dos grandes movimrntos
femininos da Diáspora portuguesa; a constiuição de um núcleo no
Recife; a reestruturação da orgânica da Associação da Mulher Migrante
nos EUA; o crescimento da representação da AEMM no Canadá; a expansão
do projecto ASAS na Argentina.
Nos Órgãos Sociais da AEMM regista-se a continuidade da maioria das
dirigentes que vinham do mandato anterior, com as seguintes excepções;
Secretária.Geral - Graça Guedes; Vice-Presidente da Direcção - Maria
João Avila; Vogal da Direcção - Arcelina Santiago; Secretária da
Assembleia_Gera - Ana Paula Almeida, e Flávio Borda d' Água - vogal
suplente.
Todos têm em comum, para além do envolvimento de longa data nas causas
que motivam a AEMM, a vivência da emigração; Graça Guedes (fundadora
da AEMM) é doutorada pela Sorbonne; Maria João Ávila, Deputada da AR,
viveu nos EUA desde os 13 anos; Arcelina Santiago é originária de
Macau, Ana Paula Almeida passou a infância e adolescência em Paris e
Flávio Borda d 'Agua reside em Genebra.

COMISSÕES DE ESTUDO

Região Norte
Graça Guedes - Professora Catedrática
Arcelina Santiago - Mestre em Sociologia
Isabel Aguiar - Advogada

Região Centro
Ana Narciso Professora, Ex Deputada
Aida Baptista - Escritora, Professora Reformada

ASSOCIADAS E ASSOCIADOS HONORÁRIOS
A AG da AEMM distinguiu como membros honoráros as seguintes
personalidades: Drª Rosário Farmhouse, Professor Doutor Salvato Trigo,
Dr Durval Marques, Pintora Luisa Prior, a Drª Patrocínio e o dr Victor
Gil e, a título póstumo, o Dr Carlos Correia

- ACTIVIDADES AEMM em 2014

Comissão de Estudos Região NORTE
– ENCONTROS PARA A LIBERDADE
Apresentação dos livros Expressões Femininas da Cidadania – III
Encontro Mundial de Mulheres da Diáspora e Entre Portuguesas – 20 Anos
da Associação Mulher Migrante.na Escola Secundária Dr. M. Laranjeira e
Escola Domingos Capela do Agrupamento Dr. M. Gomes de Almeida
“Encontros com a Liberdade” foi um tema sugestivo, mote para dar
relevo à conquista maior de abril – a liberdade! E sobre a liberdade
de emigrar, Manuela Aguiar, especialista na área das migrações, quer
pelas funções que desempenhou em termos políticos e associativos, mas
também como cidadã interventiva na defesa dos direitos humanos, em
particular no das mulheres na diáspora, fez uma intervenção, dando
enfoque a três pontos marcantes na história do nosso país: o da
criação da identidade de Portugal em termos territoriais e como nação,
seguindo-se a expansão/ colonização, patente desde os descobrimentos e
com a manutenção de uma guerra colonial e, finalmente, com o 25 abril,
o culminar de mudança radical em termos de opções políticas e corte
com o colonialismo. Sobre as formas como se processaram os processos
de emigração e como elas relatam as vivências da história de um povo e
as conquista progressivas que foram sido conseguidas desde o 25 de
abril, nomeadamente o reconhecimento de alguns direitos de cidadania,
como a dupla cidadania, o direito ao voto... Foi uma magnífica e viva
aula de história que a
todos encantou.
Arcelina Santiago, elogiou alunos e professores das duas escolas e
lembrou as mudanças que se operaram em termos de educação com as
conquistas de abril, apelou à necessidade de sermos cada vez mais
cidadãos interventivos e críticos, algo que nunca aconteceu no passado
e, ainda o valor da liberdade, algo impossível no passado, tal como
escrever um livro, a livre expressão oral, ou mesmo a criação de
associações. Acentuou que a liberdade que todos consideram agora
banal, tal como o ar que respiram, foi algo negado e que muitos
lutaram para que ela existisse.
Foi muito grato para a Associação de Estudo, Cooperação e
Solidariedade - Mulher Migrante realizar estas iniciativas com as duas
Escolas do Concelho de Espinho, sempre abertas a estas iniciativas,
que sentem ser importantes para abrir novos e amplos horizontes aos
seus alunos. Os temas em debate em meio estudantil foram uma aposta da
Associação, pretendendo divulgar, junto de um público jovem a
realidade da nossa diáspora, tantas vezes esquecida e que, neste
momento, mais do que nunca, volta a existir em força.

. LANÇAMENTO DAS PUBLICAÇÕES DA AEMM NO PORTO E EM GAIA
fotoso G
Porto - Guarani
Gaia

- O ENCONTRO DE JOVENS SAN JOSE/ BERKELEY ESPINHO
9 de julho de 2014
Na Biblioteca José Marmelo e Silva, os estudantes, orientados pela
Drª Carminda Costa e Dr. João Paulo Reis, professores da Escola
Secundária, Dr Manuel Gomes de Almeida e Dr Manuel Gomes de Almeida,
respetivamente, aguardavam os alunos luso descendentes, acompanhados
pela Professora de Literatura e Língua Portuguesa da Universidade de
San Jose e Berkeley, Deolinda Adão. Atravessaram o oceano para chegar
a terras do Luso para estudarem in loco as tradições , a cultura e a
língua que tanto desejam aprender. Os estudantes de Espinho aguardavam
ansiosos o momento, não escondendo a responsabilidade de serem os
anfitriões e animadores
de uma sessão que tinham preparado cuidadosamente, sobre literatura
e língua portuguesa. Leonor Fonseca, vereadora da Câmara Municipal,
também esteve presente e agradeceu à Associação de Estudo, Cooperação
e Solidariedade – Mulher Migrante, promotora desta iniciativa de
ligação de jovens dos dois continentes, por ter inserido Espinho no
roteiro da sua visita a Portugal, durante as oito semanas dedicadas ao
estudo da cultura e da língua portuguesa. Destacou a importância
simbólica deste encontro, no ano da celebração dos 800 anos da
existência da língua portuguesa e elogiou o empenho que as escolas
deste concelho têm, merecedoras de grande admiração.
O início dos trabalhos do workshop organizado pelos alunos,
desenrolou-se durante as horas seguintes. A sessão foi embalada com
música de fundo com o tema “ Canção do mar “ interpretado por Dulce
Pontes, esse mar simbolicamente representado por um extenso pano azul
a unir as 5 mesas dos grupos de trabalho, representando, desta forma,
os 5 continentes que o mar une, mais do que separa.
Os alunos Miriam Rendeiro, Ana Carolina Reis, Carolina Marques,
Filipe Lopes, Gonçalo Sabença, Andreia Ferreira, Beatriz Santos,
Emeline Amorim, Maria João Cruz, e Alexandra Romão foram apoiados
pelos seus professores Carminda Costa e João Paulo Reis, na seleção
dos textos. Os professores orgulhosos do trabalho dos seus alunos
revelaram que o grupo se organizou de forma autónoma e criativa,
programando a magnífica apresentação sobre a língua e cultura
portuguesa. A escolha de textos da “Mensagem” de Fernando Pessoa,
representativos da divisão do poema - nascer, crescer, morrer e
ressuscitar, o poema de Jorge de Palma, “ Portugal, Portugal” e “ O
Portugal Futuro” de Ruy Belo, foram lidos, contextualizados,
interpretados, seguindo-se propostas de trabalho, desde jogos de
palavras para completar poemas, com apoio a ilustrações, propostas de
dramatização que os jovens americanos acolheram de forma muito
entusiasta.
Estivemos perante uma sessão de ensino/aprendizagem muito peculiar,
tratou-se de uma aula viva e criativa, momentos de homenagem à nossa
língua em data de celebração dos cem anos.
Toda a sessão foi acompanhada pela ilustração, ao vivo, por alunos de
artes, Joana Bastos e Guilherme Peres. Também eles foram autores,
juntamente com Miriam Rendeiro, orientados pela Professora de Artes,
da Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida, Aurora Bernardo,
das magnificas ilustrações alusivas aos poemas apresentados que foram
compilados em forma de dossiê e ofertados aos jovens outro lado do
mundo, o James Almeida, Elizabeth Barcelos, Kristine Nunes, Stephanie
Lam, José Martinez, Gerson Moraes e Lilia Braga.
No final da sessão foi lançado um repto final: completar este dossiê
com os vários momentos da aula, tão bem planeados e executados
pelos alunos, e acrescentar a participação dos estudantes de Berkeley
que irão estudar este mesmo tema tratado nesta sessão, de forma a
constituir uma versão final, mais completa e talvez, uma possível
edição. Os estudantes estarão a partir de agora comunicáveis pelo site
summer program in Portugal mas, sem dúvida, que este encontro
presencial deixará marcas para o futuro. Um futuro que seja de maior
intervenção e de mudança como sugere o poema de Jorge Palma. E que
esse Portugal seja também brilhante e promissor, com as crianças -
o seu futuro…
O encontro terminou ao som da “Vareira” de Fausto Neves interpretado
pela Orquestra Clássica de Espinho - coro Amigos da Academia, sendo os
trabalhos gravados pelos alunos do curso de multimédia, a cargo do
Professor Manuel Novais da Escola Secundária Dr Manuel Laranjeira.
O grupo de professores e alunos, almoçou na cantina da Escola
Secundária Dr Manuel Gomes de Almeida, desfrutando de um ambiente
afável e acolhedor. Mais tarde, seguiu-se a visita guiada pela cidade,
à descoberta das belezas de Espinho, das emblemáticas fachadas das
casas onde os azulejos marcam presença, até ao revolto mar onde a
espuma enrola na areia da praia, até à estação de comboio, chegado o
momento da partida. Deolinda Adão partiu com os seus estudantes, de
comboio, certamente que levaram alguns momentos inesquecíveis dos
trabalhos apresentados e memórias da cidade de Espinho, e, segundo nos
confessaram, ficaram com vontade de voltar. Não é e este o melhor
reconhecimento para a os anfitriões, neste caso, a Associação Mulher
Migrante, as Escolas Secundárias e a cidade de Espinho?
Viveram-se momentos de divulgação da cultura e da língua portuguesa,
de excelente convívio entre professores e jovens luso descendentes a
viver nos Estados Unidos e Jovens de Espinho graças a esta excelente
iniciativa da Associação Mulher Migrante em colaboração com as
Instituições de Ensino e, também foi uma fantástica forma de celebrar
simbolicamente os 800 anos da existência oficial da língua portuguesa,
falada em todos os continentes, graças aos portugueses da diáspora.
Os trabalhos apresentados no workshop, as pinturas e as fotos
evidenciam estes momentos inesquecíveis.
FOTOS

- O APOJO DAS NINFAS - APRESENTAÇÃO DO LIVRO DE DANIEL GUERRA
O escritor e jornalista Daniel Guerra propôs à AEMM a co-organização
de uma sessão de lançamento na Biblioteca José Marmelo e Silva do seu
último livro - uma colectânea de artigos seus sobre mulheres
brasileiras e portuguesas que se notabilizaram, sobretudo, no mundo
das artes - entre elas, Natália Correia. São 13 magníficos retratos de
personalidades e acontecimentos, no estilo inconfundível de um
escritor, que é também jornalista (ou de um jornalista que é também um
talento literário).
´recortes se imprensa Defesa e Maré Viva

-EXPOSIÇÃO MULHERES DE ARTES ABRIL
Cruzando as artes, como já tem feito em diversas iniciativas, a AEMM
promoveu, no mesmo espaço e na mesma data da apresentação do livro "O
apojo das ninfas", uma exposição de pintura, comissariada por Luisa
Prior:
CARTAZ e fOTOS

- PARCERIA COM O JORNAL "AS ARTES ENTRE AS LETRAS
(Art Nassalete Miranda)

-PARCERIA COM A ASSOCIAÇÃO PARA O DIÁLOGO MULTICULTURAL
A AEMM, aceitou o convite para a Comissão Organizadora do Programa
Jant' Artes, que se destina a promover o convívio com as comunidades
estrangeiras residentes na região do Porto e a dá-las a conhecer entre
si e à cidade. A Comissão de honra é presodida pelo Prof Adriano
Moreira
O primeiro convívio distinguiu o Brasil e os brasileiros, num
jantar.tertúlia em que os principais oradores foram o Dr Amâmdio de
Azevedo, antigo Embaixador da CEE no Brasil, o Cônsul- Geral do Brasil
Embaixador Gelson Fonseca e o cantor Pedro Abrunhosa..
Manuela Aguiar participou no multifacetado debate, em particular,
quando se discutiram as condições de integração
dos brasileiros em Portugal e o acordo ortográfico (recusando a
ideia de que haja uma cedência aos interesses de um país face aos
outros, considerando que só há vantagens na aproximação das
ortografias do português, como meras convenções que, são, assim dando
à língua, internacionalmente, unidade convencional - apesar de
admitir que o acordo que foi alcançado, em concreto, não é
perfeito...)

- EXPOSIÇÃO DE LUÍSA PRIOR NA CASA BARBOT
A Associada Honorária da AEMM Luísa Prior realizou na Casa Barbot, a
última exposição do ano, conjuntamente com Filomena Bilber.. Presentes
estiveram as representantes no norte da AEMM.

As palavras de Arcelina Santiago àcerca da exposição

Variações - Exposição de Luísa Prior

Casa Barbot, novembro, 2014

Tivemos oportunidade de, uma vez mais, descobrir a alma criativa desta
pintora tão peculiar. Luísa não se limita a pintar, ela constrói,
dá-nos pistas da sua leitura da sociedade. Na sua expressão plástica,
há uma dimensão simples, ingénua que contrasta com uma outra, complexa
e profunda. O grito no silêncio, os mascarados, as múltiplas figuras
reais, terrenas em contraste com outras, com dimensão metafísica, onde
a cor, o movimento potencializam o lado transcendente que Luísa tão
bem sabe partilhar. O universo unido em torno da mudança desejada e
anunciada num mundo em angústia, a roda do tempo onde coabitam: a
serenidade e o caos; a leveza e a densidade. A cor abre caminhos para
a interpretação e dela se ampliam sentimentos que a autora nos propõe,
não como algo formatado ou enclausurado, mas aberto a outras
interpretações.

Na sua obra, tal como um espelho, vemo-nos refletidos, nas nossas
múltiplas facetas, bem como a vida que nos rodeia. Nela coabita a
heterogeneidade de afetos, de sentimentos e de estados de alma: da
opressão à libertação, do grito de revolta ao suspense, à admiração,
do sofrimento à felicidade, da fragilidade humana à sua grandiosidade
imensa, do fracasso ao sucesso, da alegria à tristeza, da mágoa à
luminosidade e musicalidade, da existência terrena à leveza da
dimensão metafísica…em suma, as várias dimensões que Luísa nos revela
de forma sintetizada, condensada e, por isso, nem sempre fácil de
identificar, mas mais profundo e interiorizado quando se descobre – o
universo de Luísa extravasa a dimensão terrena…

O conjunto de trabalhos reunidos no tema Variações que Luísa nos
apresenta nesta magnífica Casa da cultura não pode ser remetido a um
efêmero olhar, pois ele pode ser redutor. As suas telas têm
significantes e significados e, não estando presentes as palavras,
estão as formas, o movimento, a cor e as técnicas artísticas que são
expressão máxima que artista tem para nos oferecer, dando-nos a
conhecer o seu universo e a sua complexidade enquanto Pessoa, rica e
profunda, mas sempre em construção. Afinal a sua proposta é essa
mesma: contribuir para que todos nós possamos tornando-nos mais
Pessoas.

Arcelina Santiago

A Família- do profano ao sagrado até ao celestial…

As esculturas de Filomena Bilber na Casa Barbot - Novembro 2014

Filomena surpreendeu-me, surpreendeu-nos, com as suas esculturas,
neste Natal, com a sua sagrada família e os anjos. O ato de nos
surpreender é algo que nasce com os artistas. Os criativos veem o
mundo de forma mais introspetiva e, por isso, têm o dom e o poder de
nos chamar a atenção para algo que a nós, simples cidadãos, nos passa
despercebido. Daí, a arte ser fonte da vida e ser ela que, pela
reflexão, nos permite evoluir como Pessoas.

O homem enquanto ser grupal, procurou com os seus pares desenvolver
laços e afetos. Eles estão presentes nesta família proposta por
Filomena. Nela há harmonia e equilíbrio, presente nas formas, na
postura, nos materiais utilizados. Na conceção desta obra, plena de
simplicidade e leveza, transparência e suavidade, obteve-se o quadro
perfeito da harmonia! Ele é inspirador da noção de família onde parece
não haver desigualdades, discrepâncias, falta de liberdade ou
opacidade de ideias. Sobre eles paira uma luminosidade perfeita,
conseguida pelo dourado, muito suave, que abraça esta conceção de
família, onde a principal luz vem de dentro, dessa harmonia que nos
permite ser seres civilizados e mais humanos. Esta família tem algo de
sagrado no sentido em que os afetos e a harmonia devem ser assim
mesmo, mas traduz também aspetos do profano, no sentido de que ela é
igual a tantas outras famílias, que se constituem com base nestes
princípios.

Sobre ela, pairam outras figuras – os anjos! O campo celestial é
concretizado pelos anjos, reveladores de uma dimensão mais metafísica
e espiritual. Eles pairam sobre nós e vigiam-nos, reveladores de uma
faceta que nos torna seres mais complexos e que fazem extravasar a
mera dimensão física e terrena. Estes anjos de Filomena estão assentes
na terra, simbolizando estar próximos dos humanos, ou não será assim
que os quereríamos, bem juntos a nós, na sua dimensão de zeladores e
guias do nosso caminho?

Obrigada Filomena! Deste-me, deste-nos um belo presente nesta época
natalícia, com a tua obra: sermos chamados a refletir para a
perspetiva humana, espiritual e também a celestial, aquela a que não
temos acesso, mas que paira sobre todos nós, distraídos e errantes nos
nossos caminhos conturbados. Que haja sempre este espírito de família,
a família, agora com novos contornos e com outras evoluções, mas isso
não importa, o mais importante é que ela seja afetuosa e harmoniosa,
como o teu quadro de família tão bem demonstra.



- AO ENCONTRO DE MARIA ARCHER Olga Archer Moreira
Os projectos de estreita colaboração com jovens do ensino secundário,
que, em 2014, se estenderam à Califórnia e a New Jersey, tiveram o seu
início nas comemorações do Dia Internacional da Mulher, em Espinho, em
2012. O texto inédito da conferência de Olga Archer Moreira, então
proferida na Biblioteca José Marmelo e Silva, em Espinho, é agora
publicada, pelo seu valor intrínseco, e porque marcou uma étapa do
percurso da AEMM
Texto enviado


- HISTÓRIAS DE VIDA
A primeira iniciativa conjunta da AEMM/ Associação Mulher Migrante
Portuguesa da Argentina (AMMPA) foi a organização de uma colectãnea de
histórias de vida, sumariadas por emigrantes portuguesas. Aqui
reproduzimos algumas dlas, no original em espanhol.
(textos enviados)
- CALIFÓRNIA MADRASTA DOS MEUS FILHOS
Em Outubro de 2014, a AEMM editou uma interessante publicação, de
cartas escritas há cerca de um século por uma portuguesa da Ilha
Terceira, Maria Inácia, para os seus filhos - todos expatriados na
Califórnia - com coordenação de Deolinda Adâo e de Joanne Câmara, neta
de Maria Inácia
O lançamento do livro está previsto para o início de Janeiro no Porto
e em Espinho, com a presença de Deolinda Adão


SUIÇA

ANTÓNIO DIAS COSTA E FLÁVIO BORDA D' ÁGUA -os representantes da AEMM na Suiça

A AEMM é uma associação que tem por objectivo a luta pelos direitos
humanos, pela plena aceitação da alteridade, com um enfoque nas
migrações e nas questões de género.. Não é uma associação feminina,
embora defenda o associativismo feminino, na medida em que este seja
importante para promover a mobilização das mulheres para a
participação cidadã.
Homens e mulheres, das várias gerações, devem estar juntos nesta
caminhada para a paridade - e a AEMM tem nos seus órgãos sociais, no
país e no estrangeiro, naturalmente, mulheres e homens.

ANTÓNIO DIAS COSTA . um testemunho

HOSTIDADE E FRATERNIDADE

Ao me ter sido solicitado escrever algo sobre as actividades de 2014 devo dizer que foi para mim um ano muito dificél.
A minha mulher gravemente doente e continua e eu com um vencimentoreduzido em 50%, desde há 5 anos, que me levou ao fim de 36 anos, 3 meses e 15 dias, a pedir a rescisão de trabalhar para as nossas Comunidades Portuguesas em nome do Estado Português, MNE.
Que bem me lembro ao chegar à Alemanha em 15 de Outubro de 1966 com 10 anos de idade levado pelo meus entretanto falecidos pais e ali ter conseguido uma formação profissional como desenhador técnico de máquinas na Câmara de Comércio e Industria em Dortmund na Renânia Vestefália,
Aos 15 de Agosto de 1978, após concurso isento na Embaixada de Portugal em Bona, honra-me, tomei posse em Düsseldorf no nosso Consulado-Geral de Portugal em Dusseldorfia mas segui de imediato para Osnabrück como Técnico de Serviço Social. Por nomeação da nossa amiga e então SECP Dra. Manuela Aguiar cheguei a Berna, à nossa Embaixada, em 7 de Agosto de 1985 como Delegado de Emigração com a missão de apoiar e ajudar os nossos compatriotas que na altura eram 24 mil e hoje mais de 260 mil e momento em que abandono o barco após vários titulos, Chefe de Serviço Social e Técnico Superior, mas tudo ilusões.
Para o Movimento da Mulher Migrante e não só contribui da forma que sempre me orientei nos últimos mais de 20 anos como membro da Maçonaria Regular e concretamente Garante de Amizade entre a Grande Loja Suíça Alpina e a GLLP/GLRP.
Teria um grande historial a escrever de muitas ou menos razões, até como ex-deputado do PPD/PSD, Conselheiro Nacional, etc., mas apenas desejei aqui expressar o meu voto de carinho à Dra. Maria Manuela Aguiar, uma MULHER que sempre esteve ao lado e não só das
Comunidades Portuguesas no Mundo. Aliás, a Mãe dos Portuguese da Diáspora !!!
CONTINUAREI A DEFENDER AS NOSSAS MULHERES PORTUGUESAS E, NÃO SÓ, EM TODO O MUNDO AGORA COM MAIS LIBERDADE !!!




FLÁVIO BORDA D' ÁGUA - um breve CV

, jovem historiador luso-helvético. Licenciado em
história, e em línguas, literaturas e civilizações árabes e
portuguesas na Faculdade de Letras da Universidade de Genebra.
Licenciatura que concluiu em Outubro de 2005 com uma monografia sobre
a questão timorense no período da Segunda Guerra mundial, publicada em
2007 pelo Instituto Diplomático do Ministério dos Negócios
Estrangeiros de Portugal.
Inicia em 2007 uma tese de doutoramento intitulada Quadriller la ville
: normes et pratiques policières à Lisbonne au temps des Lumières
(1750-1805) sob a direcção do Professor Doutor Michel Porret.
Flávio Borda d’Água foi entre 2010 e 2013, assistente de investigação,
na unidade de história moderna da faculdade de Letras da Universidade
de Genebra, no âmbito de um projecto do Fonds National Suisse
(equivalente da FCT). É também, desde 2005, adjunto científico no
Instituto e Museu Voltaire em Genebra onde desenvolve projectos para a
valorização do património oitocentista através de exposições,
colóquios, ciclos de conferências e diversas actividades de mediação
cultura.
Flávio Borda d´Água faz parte de vários grupos de investigação entre
os quais DAMOCLES (Universidade de Genebra) e do COSPPE (ISCTE-IUL,
projecto financiado pela FCT) é também um dos sete laureados do Prix
CUSO 40e anniversaire (2009). Integra desde 2014 o Conselho de
avaliadores externos da Revista semestral Cadernos do Arquivo
Municipal de Lisboa, 2° Série.
Flávio Borda d´Água está também bastante envolvido no meio político
helvético, onde é eleito como conselheiro municipal na cidade de
Chêne-Bougeries (Genebra). Membro das comissões municipais dos
assuntos sociais, da juventude e da segurança, é também presidente da
comissão cultural desta mesma cidade, presidente do jornal
inter-municipal Le Chênois e vice-presidente da Associação
inter-municipal da Cultura. Flávio Borda d´Água fez também parte do
Conselho consultivo do Consulado geral de Portugal em Genebra e esteve
bastante activo no meio associativo luso-helvético.



VENEZUELA
A Associação M ulher Migrante da Venezela converteu-se em filial da
AEMM e passou a Conselho de Representantes através de

MARIA DE LURDES ALMEIDA, presidente da MM Venezuela
MÁRCIA PONTES
ADÉ CALDEIRA

- 2º CONGRESSO DA MULHER PORTUGUESA, NA VENEZUELA, organizado
pela MM Venezuela, constituiu mais uma grande prova de capacidade de
relização e de confiança no movimento associativo, enriquecido pela
intervenção dinâmica das mulheres, que como se evidencia pelo teor do
"Relatório" e das "conclusões e Propostas", se estende do domínio dos
problemas específicamente femininos aos da comunidade, globalmente
considerada

textos enviados, a serem inseridos por aquela ordem relatório,
conclusões, propostas foto enviada

- BOLETIM
O 1º número do Boletim periódico da MM Venezuela foi distribuído em
Dezembro 2014 e incluiu uma mensagem da presidente da Assembleia Geral
da AEMM

O sucesso do último Congresso da Mulher Migrante da Venezuela veio
dar-nos a certeza de que o movimento das portuguesas na Venezuela está
já verdadeiramente enraizado em estruturas duradouras - um exemplo
magnífico de organização moderna, dinâmica, com ideias novas e novas
metodologias, entrando à vontade nas redes sociais, na globalização da
era digital e no espírito do século XXI.
A Mulher Migrante - Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade
Mulher sente-se enriquecida pela parceria com a sua congénere da
Venezuela, e regozija-se por poder dar testemunho, noutros países e
noutras comunidades, do trabalho que estão a realizar.
Eu própria o fiz ao longo do ciclo de colóquios com que quisemos
celebrar, em 2014, o 40º aniversário do 25 de Abril de 1974 – a
liberdade e a igualdade para a Mulher.
As Portuguesas da Venezuela, estão, hoje, na frente do associativismo
feminino no mundo da diáspora lusófona e o Congresso refletiu esse
vanguardismo, em várias e originais formas de expressão, sempre com o
acento na solidariedade e na cultura.
Nesta época de Natal, é de lembrar que sua mensagem de fraternidade é
a mesma que anima este associativismo. Para todas, Feliz Natal!


HISTÓRIAS DE VIDA
O primeiro projecto partilhado entre a AEMM e a AMMP da Argentina foi
o da recolha de histórias de vida,

NA NOSS MEMÓRIA
ASVEIGA
E MACEDO
CARLOS CORREIA
MANUELA CHAPLIN (juntar carta de Manuela Chaplin sobre a conferncia da MM

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

ARCELINA SANTIAGO as exposições da Casa Barbot

Variações - Exposição de Luísa Prior
Casa Barbot, novembro, 2014
Tivemos oportunidade de, uma vez mais, descobrir a alma criativa desta pintora tão peculiar. Luísa não se limita a pintar, ela constrói, dá-nos pistas da sua leitura da sociedade. Na sua expressão plástica, há uma dimensão simples, ingénua que contrasta com uma outra, complexa e profunda. O grito no silêncio, os mascarados, as múltiplas figuras reais, terrenas em contraste com outras, com dimensão metafísica, onde a cor, o movimento potencializam o lado transcendente que Luísa tão bem sabe partilhar. O universo unido em torno da mudança desejada e anunciada num mundo em angústia, a roda do tempo onde coabitam: a serenidade e o caos; a leveza e a densidade. A cor abre caminhos para a interpretação e dela se ampliam sentimentos que a autora nos propõe, não como algo formatado ou enclausurado, mas aberto a outras interpretações.
Na sua obra, tal como um espelho, vemo-nos refletidos, nas nossas múltiplas facetas, bem como a vida que nos rodeia. Nela coabita a heterogeneidade de afetos, de sentimentos e de estados de alma: da opressão à libertação, do grito de revolta ao suspense, à admiração, do sofrimento à felicidade, da fragilidade humana à sua grandiosidade imensa, do fracasso ao sucesso, da alegria à tristeza, da mágoa à luminosidade e musicalidade, da existência terrena à leveza da dimensão metafísica…em suma, as várias dimensões que Luísa nos revela de forma sintetizada, condensada e, por isso, nem sempre fácil de identificar, mas mais profundo e interiorizado quando se descobre – o universo de Luísa extravasa a dimensão terrena…
O conjunto de trabalhos reunidos no tema Variações que Luísa nos apresenta nesta magnífica Casa da cultura não pode ser remetido a um efêmero olhar, pois ele pode ser redutor. As suas telas têm significantes e significados e, não estando presentes as palavras, estão as formas, o movimento, a cor e as técnicas artísticas que são expressão máxima que artista tem para nos oferecer, dando-nos a conhecer o seu universo e a sua complexidade enquanto Pessoa, rica e profunda, mas sempre em construção. Afinal a sua proposta é essa mesma: contribuir para que todos nós possamos tornando-nos mais Pessoas.
Arcelina Santiago
A Família- do profano ao sagrado até ao celestial…
As esculturas de Filomena Bilber na Casa Barbot - Novembro 2014
Filomena surpreendeu-me, surpreendeu-nos, com as suas esculturas, neste Natal, com a sua sagrada família e os anjos. O ato de nos surpreender é algo que nasce com os artistas. Os criativos veem o mundo de forma mais introspetiva e, por isso, têm o dom e o poder de nos chamar a atenção para algo que a nós, simples cidadãos, nos passa despercebido. Daí, a arte ser fonte da vida e ser ela que, pela reflexão, nos permite evoluir como Pessoas.
O homem enquanto ser grupal, procurou com os seus pares desenvolver laços e afetos. Eles estão presentes nesta família proposta por Filomena. Nela há harmonia e equilíbrio, presente nas formas, na postura, nos materiais utilizados. Na conceção desta obra, plena de simplicidade e leveza, transparência e suavidade, obteve-se o quadro perfeito da harmonia! Ele é inspirador da noção de família onde parece não haver desigualdades, discrepâncias, falta de liberdade ou opacidade de ideias. Sobre eles paira uma luminosidade perfeita, conseguida pelo dourado, muito suave, que abraça esta conceção de família, onde a principal luz vem de dentro, dessa harmonia que nos permite ser seres civilizados e mais humanos. Esta família tem algo de sagrado no sentido em que os afetos e a harmonia devem ser assim mesmo, mas traduz também aspetos do profano, no sentido de que ela é igual a tantas outras famílias, que se constituem com base nestes princípios.
Sobre ela, pairam outras figuras – os anjos! O campo celestial é concretizado pelos anjos, reveladores de uma dimensão mais metafísica e espiritual. Eles pairam sobre nós e vigiam-nos, reveladores de uma faceta que nos torna seres mais complexos e que fazem extravasar a mera dimensão física e terrena. Estes anjos de Filomena estão assentes na terra, simbolizando estar próximos dos humanos, ou não será assim que os quereríamos, bem juntos a nós, na sua dimensão de zeladores e guias do nosso caminho?
Obrigada Filomena! Deste-me, deste-nos um belo presente nesta época natalícia, com a tua obra: sermos chamados a refletir para a perspetiva humana, espiritual e também a celestial, aquela a que não temos acesso, mas que paira sobre todos nós, distraídos e errantes nos nossos caminhos conturbados. Que haja sempre este espírito de família, a família, agora com novos contornos e com outras evoluções, mas isso não importa, o mais importante é que ela seja afetuosa e harmoniosa, como o teu quadro de família tão bem demonstra.

domingo, 18 de janeiro de 2015

SORBONNE - Abertura Maria Manuela Aguiar

Vamos, em conjunto, na verdadeira capital da emigração portuguesa, que é Paris, refletir sobre a realidade recente deste fenómeno estrutural na vida do nosso país
É significativo que o possamos fazer na sala Bourjac da Sorbonne - é sinal de que uma universidade de renome universal há muitos séculos, se tornou já a um espaço aberto às segundas gerações de portugueses, e não só como estudantes, mas também como professores e diretores de departamentos. Com todo o gosto o sublinhámos: é este o caso da organizadora do colóquio e dirigente da AEMM, Porf Doutora Isabelle Oliveira , e também da Doutora Custódia Domingues, que com ela colaborou. Para ambas, os nossos agradecimentos!
O título escolhido pela Profª Isabelle Oliveira para a jornada de trabalho que aqui nos reune termina com um ponto de interrogação - lança-nos perguntas, para as quais queremos encontrar respostas: Que perspetivas para a emigração portuguesa?
É a antecipação do futuro num ciclo de colóquios da Associação de Estudo Mulher Migrante, que começa no tempo passado, na revolução do 25 de Abril, percorrendo quatro décadas de grandes mudanças, de democratização da vida política no País, com projeção nas políticas de emigração, no relacionamento dos poderes públicos com os cidadãos e as instituições da "Diáspora".
O nosso objetivo principal é ouvir o que têm a dizer os muitos participantes nestas jornadas sobre as migrações contemporâneas, assim como, em particular, sobre a evolução do papel das mulheres nos
movimentos de expatriação e de retorno e no movimento associativo:. Partimos da história e da memória de sucessivas gerações para chegarmos ao momento atual, às linhas de continuidade ou de rotura, que se antevêem.
Se em anteriores encontros acentuámos diversos momentos desta trajetória, hoje, aqui, vamos, sobretudo, convidar a uma avaliação da dimensão atual do fenómeno migratório, sua composição, em termos de género, de qualificação, de projetos, de situação profissional, de propensão associativa (as novas formas que vai configurando) assim como da evolução das relações entre os emigrantes e as sociedades de origem e de residência.
Demos ao ciclo de debates o título de "4 décadas de migrações em Liberdade", e estamos a desenvolve-lo em parceria com a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e várias instituições da sociedade civil, dentro e fora do país. O primeiro ato foi em Março, no Palácio das Necessidades, com intervenção de abertura do Secretário de Estado Dr José Cesário, que assim nos deu mais uma prova no seu empenho em promover a igualdade de género na emigração, condição de uma liberdade realmente vivida no quotidiano das comunidades..
Seguiram-se outros colóquios em duas escolas secundárias de Espinho, e, em fins de abril, na Universidade de Berkeley (Califórnia), pela mão da Prof Doutora Deolinda Adão; em Junho, na Universidade Aberta de Lisboa/ CEMRI, com organização da Prof Doutora Ana Paula Beja Horta, que hoje está de novo connosco para a partilha das suas experiências e estudos. E mais iremos realizar, até ao termo de 2014...
Na minha intervenção no 1º painel terei ocasião de falar sobre os mecanismos institucionais para a execução das políticas de emigração e, em especial, de um órgão que marca o princípio de uma era de diálogo e de relacionamento democrático entre governo e representantes das comunidades, como é o CCP.
Agora farei apenas uma chamada de atenção para a natureza essencialmente interministerial das políticas neste domínio - pois a resolução dos problemas dos migrantes passa por todos os pelouros e ao Secretário de Estado compete, para além da ação direta em determinados setores - caso do acompanhamento dos movimentos migratórios, dos condicionalismos concretos oferecidos no estrangeiro aos nacionais, da vida associativa, do apoio consular, informativo, cultural e social ou da participação em organizações internacionais sobre migrações - também uma ação constante de sensibilização dos colegas de governo para as especificidades da situação dos emigrantes nas mais diversas áreas.
E eu sei, por experiência própria, que esta última tarefa é a mais difícil.. .Quantas vezes outros governantes falam dos assuntos impropriamente, sem o ouvir ou consultar, como deviam... Todos estamos lembrados daquela infeliz exortação de um novíssimo Secretário de Estado a que os jovens portugueses deixem a sua "zona de conforto" e se expatriem... Nunca ouviriam coisa semelhante da boca de nenhum SECP e muito menos do Dr José Cesário, que se preocupa em dar informações corretas, quer ao País sobre o número avassalador dos que saem, quer aos candidatos à emigração sobre a absoluta necessidade de nenhum deixar o país, sem procurar saber o que o espera, e com o que pode contar...
Os números, são de facto avassaladores e falam, por si, expressivamente, de falta de oportunidades e de horizontes de esperança dentro da fronteiras..
É uma realidade tremenda! Portugal, ao longo destes 40 anos deu aos portugueses o direito de emigrar e de regressar, mas ainda não lhes deu o "direito a não emigrar"...
E, ao mesmo tempo a que vê partir uma imensidão de portugueses (de todas as idades, mulheres e homens muito ou pouco qualificados...), como forma de resolver problemas de desemprego e de pobreza, não consegue dotar-se dos meios institucionais que já teve e veio a desmantelar, na década de 90, quando, prematuramente, se ufanou de ter deixado de ser país de emigração, poucos depois da adesão à CEE...
Um outro aspeto que me preocupa é uma eventual junção dos serviços de emigração e oimigração, de que se tem falado. A ideia da articulação de políticas é evidentemente boa, mas não a fusão de serviços, que, em Portugal,  com toda a probabilidade, levaria a subvalorizar a componente da emigração portuguesa - a que está mais longe, a que se ignora com mais facilidade...
Estas são algumas das questões que sugiro para debate