A Exposição coletiva de pintura - "Mulheres d'Artes em Movimento" e os painéis sobre Artes e Letras foram pontos altos, onde foi destacado o contributo das mulheres intelectuais e criativas para as mudanças do meio cultural e na luta pela igualdade. Transportou-se para ribalta, trajetórias identitárias de mulheres que, até agora, estiveram nas margens, e exaltou-se o papel da língua, fator de identidade cultural. Desfilaram trajetórias de vida a par de estudos académicos…
Algumas propostas foram apresentadas: revisão da Lei da paridade; novas estratégias para uma melhor integração das mulheres na política; incentivo às novas formas de associativismo – casas de cultura; maior apoio estatal ao ensino da língua portuguesa e cultura da lusofonia; promoção da imagem de Portugal com o incentivo de novas formas de empreendedorismo no feminino; promoção no estrangeiro da imagem da forma de ser português como uma forma muito própria de estar na vida; promoção e incentivo a estudos sobre empreendedorismo da diáspora, no feminino, e do universo dos lusodescendentes; desenvolvimento de parcerias através de estratégias de coaching e mentoring para promoção das mulheres; reforçar o apoio ao Observatório da Emigração e dos Lusodescendentes e agilizar as redes de contacto nas e entre as comunidades; maior incentivo e divulgação das expressões de cidadania através das artes e letras das mulheres da diáspora; apelar à subscrição da Convenção 97, dos Direitos dos Cidadãos nos países de destino, aos países que ainda não o fizeram, caso dos países africanos.
De significado relevante neste encontro, no ano da celebração do 20º aniversário da Associação, foi o tempo de memórias, presente na homenagem a duas mulheres notáveis: Maria Lamas, que festejaria este ano 120 anos se fosse viva e Maria Archer a jornalista, escritora e tradutora. Prestou-se também justa homenagem a Fernanda Ramos, cofundadora da Associação Mulher Migrante.
Foi esta a melhor maneira de celebrar os 20 anos da “Mulher Migrante – Associação de Estudos, Cooperação e Solidariedade”, duas décadas de atenção às migrações portuguesas, especialmente no feminino!
Arcelina Santiago
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