quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O céu é o limite - síntese da intervenção traduzida para português

Pouca visibilidadee tem sido dada ao papel das Portuguesas na diáspora, ao longo de séculos de movimentos migratórios largamente domunados por estereótipos masculinos. E, no entanto, a emigração teve efeitos profundos na vida das mulheres no círculo familiar, na sociedade e no mercado de trabalho, assim com, por outro lado, é verdade que as mulheres contribuiram poderosamente para a transformação dos projectos migratórios, a nível individual e para a construção e evolução das comunidades num novo país de residência.


Tradicionalmente as políticas de emigração restringiram, ou chegaram ao ponto de proibir a expatriação feminina, a pretexto de protegerem as próprias mulheres, que seriam, sempre vítimas de "dupla discriminação," em razão do sexo e do facto de serem estrangeiras. Os primeiros estudos científicos sobre esta realidade no nosso tempo, as primeiras audições das portuguesas protagonistas da história recente das migrações, vieram desmentir estes conceitos - ou preconceitos - pois, na maioria dos casos, se constata que a emigração significou para elas mais direitos e mais oportunidades. Em países mais prósperos, mais modernos, em sociedades mais igualitárias, tomaram consciência dos seus direitos individuais e de causas ou valores sociais, aprendendo novas maneiras de serem esposas, mães, cidadãs, tarbalhadoras. O que lhes permitiu tornarem-se um factor decisivo na integração e no bem estar de toda a família e, também, frequentemente, um obstáculo ao tegresso ao país de origem, já que pode implicar perda de estatuto e das facilidades de uma forma de vida urbana e cosmopolita.

Dentro do grupo étnico, desempenharam, e desempenham, também, um importante papel na criação de organizações culturais, onde se conservam modos de estar e de viver à portuguesa, e colectivamnte. Todavia, o movimento associativo é ainda dominado por homens, que perpetuam um universo em regra bem menos igualitário, bemmais fechado à participaçãp das mulheres do que as instituições da sociedade do país de acolhimento - embora uma evolução positiva se registe, mas mais numas comunidades do que em outras. A criação do associativismo feminino foi e continua a ser uma via de rsposta à exclusão no associativismo global.

A diversidade de situações aconselha que se proceda à recolha de dados concretos, à investigação, ao debate sobre estudos e conclusões,, numa perpectiva comparatista e com a finalidade de nivelar pelo melhor, de pressionar a mudança.   Maria Manuela Aguiar   Londres, junho 2012

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