domingo, 22 de novembro de 2015

CONGRESSO DAS MULHERES PORTUGUESAS VENEZUELA (conclusões)

Conclusões do II Congresso Nacional da Mulher Portuguesa na Venezuela

1.           Considera-se que o associativismo feminino português nasceu da vocação de serviço de apoio à comunidade.

2.           Anotou-se uma grande restrição ao nosso gênero por parte do público masculino, convencido de que as mulheres seriam incapazes de assumir papéis importantes ou significativos na nossa sociedade.

3.           A mulher Lusa aprendeu a organizar-se, sem abandonar a sua responsabilidade e o seu rol familiar, a gerir o seu tempo para juntar-se ao associativismo, ao conseguir uma pequena independência e assim poder ajudar os mais necessitados.

4.           Identificou-se a perda da língua portuguesa nas novas gerações e da nossa Portugalidade devido a que os portugueses quando chegaram à Venezuela eram na sua maioria agricultores, construtores, e eram ridicularizados verbalmente obrigando-os a aprender a língua do país de acolhimento e assim evitar que o mesmo sucedesse aos seus filhos

5.           Apontou-se que o abandono do Governo Português durante muitos anos provocou que as famílias luso-venezuelanas se afastassem das suas tradições, perdendo assim parte da nossa idiossincrasia e por tanto a nossa Portugalidade.

6.           Defendeu-se a igualdade a todos os níveis da inclusão da mulher luso-venezuelana como impacto fundamental no associativismo, na rede empresarial, na cultura do lar e na profissionalização dentro das carreiras universitárias

7.           Apoiar as ações da Federação dos Centros Portugueses na Venezuela (Feceporven) como coordenador nacional da inclusão associativa, desportiva, cultural e artística.

8.           Citou-se J. Pereira (2012): “A portugalidade vive em cada canto do “mundo português”, em cada utilizador da língua de Camões e é extensível a qualquer individuo que, por diversos motivos, apoia-se nesse código de comunicação que arrastra seculos de memória e identidade”

9.           A saudade levou a mulher portuguesa na Venezuela a gerar sentimentos emocionais na procura da recreação de toda a bagagem cultural, social, religiosa que tivera que deixar atrás

10.       Enalteceu-se a obra sociocultural das diretivas femininas luso-venezuelanas como pilar fundamental na defesa da identidade e da portugalidade.

11.       Verificou-se que na Venezuela existe uma percentagem mínima de estruturas teatrais lusos-venezuelanas devido à falta de apoio e motivação dos diretivos das associações.

12.       Observou-se um crescimento de oportunidades para as novas gerações devido ao nível académico superior alcançado na atualidade.

13.       Tomou-se em consideração a crescente presença do movimento associativo e folclórico nas redes sociais permitindo uma maior interação da juventude luso-venezuelana e da aproximação da portugalidade.

14.       Lamentou-se a ausência da missão diplomática e postos consulares nas redes sociais, o que permitiria uma maior aproximação dos serviços públicos portugueses e dos cidadãos.

15.       Felicitou-se a comunidade portuguesa no seu geral como um coletivo de orgulho português.

16.       Reconheceu-se o excelente trabalho dos clubes e grupos folclóricos portugueses durante décadas em prol da portugalidade.

17.       Entristeceu a atual situação e a falta de orientação do atual CCP como único órgão eleito pela diáspora portuguesa no mundo.

18.       Reconheceu-se o trabalho dos conselheiros da Venezuela na promoção da iniciativa para a abertura dos Consulados Honorários em Ciudad Guayana, Los Teques e Mérida, e o agendamento de dezenas de jornadas consulares no país.

19.       Louvou-se o apoio da SECP/DGACCP, do Consulado Geral de Portugal em Caracas, das empresas portuguesas e da rede associativa que permitiu a realização com êxito do II Congresso Nacional da Mulher Portuguesa na Venezuela

20.       Agradeceu-se a disponibilidade e a participação ativa dos congressistas presentes.

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