Alma de Emigrante
Ó Portugal
Pátria amada a ocidente da Europa plantada!
Há quantos
séculos teu povo partiu à procura doutros mundos,
Por caminhos
da aventura,
Na ansia de
descobrir melhor fortuna?
Não
abandones teu povo Portugal!
Teus emigrantes,
lá longe jamais te esquecem,
Partem com
um aperto na alma Lusa,
Levam
consigo a musa da eterna saudade,
E a
esperança tenaz naqueles que são crentes.
Sonhos,
quimeras, ilusões talvez,
Vão à
conquista do sol dourado noutros países, outros continentes,
E com
vontade férrea de vencer,
Prometem
voltar quando Deus quiser!
Mas nada é
como se imagina, a vida nos ensina,
Sonhos
desfeitos, algumas ilusões perdidas,
Tantas lágrimas
desfeitas por ti Portugal!
Mas a vida é
feita de procelas e de bonanças,
E nós um
povo resiliente,
Que não vira
a cara à luta facilmente,
E tudo faz
para singrar na vida,
Seguimos em
frente,
Dando o
nosso melhor para vencer e o país enaltecer!
Volvidos
tantos anos de experiências vividas,
Regressei ao
Portugal que me viu nascer,
Tenho a alma
timbrada com o som das marimbas,
Os olhos
maravilhados com as cores garridas de África,
No olfato os
cheiros exóticos dos cajus e mangas maduras,
O pulsar
rítmico no peito dum continente que me viu crescer,
Me mostrou
os encantos da natureza,
O valor da humildade
e simplicidade me ensinou,
E semeou em
meu peito bondade e tolerância!
Irradiou
meus sentidos de calor e humanidade,
E fez brotar
na minha alma Lusa o amor e a esperança,
Em todos os
povos de boa vontade!
Poema
de, Ester de Sousa e Sá
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