segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

AUTORIA ??? Em jeito de reflexão… Passado, presente e futuro das Mulheres nas Comunidades Portuguesas


Desde o 1º Encontro de Viana do Castelo onde estive, até ao mais recente da Maia que também acompanhei, varias temáticas relacionadas com a situação das mulheres mantêm - se actuais, outras evoluíram ao longo do tempo. Para além de ser visível e vários estudos académicos o comprovam houve, em geral, uma evolução positiva no âmbito da formação/qualificação profissional e universitária na diáspora, e mais precisamente relacionada com as mulheres. Falta, no entanto, chegar ainda a altura de uma afirmação cívica e politica mais madura nas sociedades de acolhimento e até em relação ao país de origem. Hoje em dia, e isso foi dito durante este Encontro existe uma segunda geração que subiu na escala social, em termos de situação sócio – profissional, com características distintas em função de tratarmos das Comunidades na Europa ou fora da Europa. Seria útil que esta segunda e já terceira geração tivesse espaço para dialogar com a geração anterior e encontrar um território próprio que permitisse a renovação do tecido associativo das Comunidades. Este tema foi levantado e se já se colocava há anos atrás para quem viveu como eu essa realidade, então hoje é um assunto urgente de tratar. As mulheres, estou convencida, têm aí um papel a desempenhar, sabem fazer “a ponte” e transmitir valores (educação, relações “ inter- gerações”…).
A “Mulher Migrante” continua a ter um papel a desempenhar no dialogo entre Portugal e as Comunidades e nomeadamente através das mulheres -, em França, por exemplo, onde estou mais presente - é um elo de ligação e troca de experiências apreciável – não existe outro deste tipo – e nos vários sectores da sociedade: campo económico, empresarial, politica, cultural e outros.
Num altura em que cada vez mais a emigração continua a estar na ordem do dia devido a crise em que Portugal se encontra, e em que se faz cada mais referência a “Nova Emigração”, não devemos ter duvidas de que o papel – mais uma vez – do elemento feminino tem e terá a sua importância.
A economia global na qual estamos inseridos que é composta de altos desafios com pouquíssima margem de manobra, não permite ao pais “esquecer” as suas Comunidades de cidadãos portugueses espalhados pelo mundo e sabemos que não é essa a vontade. Não o pode fazer porque estaria a desperdiçar um “capital” social e económico de grandíssimo valor. A “diplomacia económica” tem no presente contexto a sua razão de ser e ainda mais contando com o espaço e o capital humano das Comunidades Portuguesas. A comunicação e a informação são uma “chave” estratégica para um diálogo com resultados e a “Mulher Migrante”, com a sua credibilidade e trabalho feito no terreno é um “ rosto” de grandíssimo valor.
Os meus agradecimentos a associação pelo convite que me foi feito para estar presente e força para o próximo Encontro!

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