terça-feira, 22 de novembro de 2011

SÍNTESE DA COMUNICAÇÃO DE CARLOS PÁSCOA GONÇALVES

CV
- Carlos Páscoa Gonçalves;
- Nascido em 1952, no Concelho de Soure;
- Residiu no Brasil de 1967 a 2005;
- Formado em Economia e Direito pela Universidade Gama Filho;
- Deputado à Assembleia da República eleito pelo Círculo Fora da Europa, no Grupo
Parlamentar do PSD, exercendo o 3º Mandato;
- Membro efectivo da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas;
- Presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Brasil;
- Membro efectivo da Comissão Parlamentar da CPLP.


Síntese da Comunicação
TRABALHO E MPREENDEDORISMO NO CONTEXTO DA EMIGRAÇÃO
REGRESSO
Os nossos emigrantes quando pensam em retornar ou decidem retornar a primeira coisa que planejam é a sequência de suas vidas e de suas famílias nas terras de origem. Falo obviamente das Comunidades Fora da Europa que são as que represento e das quais tenho mais informações. Estes Portugueses quando decidem o seu retorno vão imediatamente investigar que tipo de investimento poderão fazer ou que profissão poderão exercer. Em regra geral são comerciantes, industriais, prestadores de serviços ou profissionais com bastante experiência nas suas áreas. Quando se trata de comerciantes, industriais ou prestadores de serviço, normalmente fazem investimentos em negócios semelhantes aos que tinham nos países de acolhimento. Esses investimentos têm também uma particularidade, pois são direcionados normalmente para as suas regiões de origem e por serem efectuados por profissionais de elevada capacidade e quase sempre com recursos que amealharam em suas Comunidades de acolhimento, são os investimentos adequados para combater a desertificação do interior. Quando se trata de profissionais com elevado nível e muitos anos de experiência, nestes casos o retorno já se dá mais para pequenas cidades do interior, mas não necessariamente para as regiões de origem. Portugal tem nas Comunidades espalhadas pelo mundo um manancial enorme de possíveis investidores com capital e experiência e de profissionais altamente capacitados que podem ser motivados a retornar às suas regiões de origem e promover o desenvolvimento, no entanto, salvo raríssimas excepções de iniciativas de Câmaras, não existe em Portugal nenhuma iniciativa neste sentido. Considerando o actual momento da economia portuguesa, entendo que programas de atração do capital e da experiência de nossos emigrantes, poderiam ser uma grande contribuição para o desenvolvimento de nossa economia, para a diminuição do endividamento externo, para a diminuição da quantidade de imóveis disponíveis para venda, para o apoio às pequenas e médias empresas ligadas ao imobiliário e para o combate à desertificação do interior. O investimento que Portugal possa fazer nesse sentido, será na minha opinião o que maior retorno dará a curto prazo.

Carlos Páscoa

Deputado à Assembleia da República

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