segunda-feira, 18 de novembro de 2019

JOÃO MIGUEL AGUIAR

JOÃO MIGUEL BARROS AGUIAR PEREIRA

Nasci na Cidade do Porto, em 1965, mas foi em Gondomar que cresci, fiz a maior parte
dos meus amigos, e estudei até ao 9º ano de escolaridade. Durante o ensino secundário,
frequentei o Liceu Rainha Santa Isabel e a Escola Artística Soares dos Reis, no Porto.
Mais tarde, o cumprimento do serviço militar obrigatório, em 1986, em Abrantes, fez
esmorecer o sonho inicial da Arquitetura e estimular o interesse pelas atividades
empresariais. No entanto, o gosto pelas artes e as letras nunca desapareceu, tendo
encontrado refúgio em diversas incursões na pintura, no cinema, na literatura e na
música.

PERCURSO ACADÉMICO E PROFISSIONAL

De regresso aos estudos académicos, licenciei-me em Sociologia e concluí o Mestrado
em Ciências da Comunicação (Variante em Comunicação Política) na Faculdade de
Letras da Universidade do Porto. Mais recentemente, obtive o Doutoramento em Media
Digitais pela Universidade do Porto e pela Universidade Nova de Lisboa, em
colaboração com a Universidade do Texas, em Austin.
No âmbito do mestrado em Ciências da Comunicação, desenvolvi um projeto de
dissertação com o título “O Facebook e a Comunicação Política: dos Usos e
Gratificações à Análise de Redes”, o que permitiu fortalecer o meu interesse nos
processos sociais relacionados com a participação cívica e política (i.e. on-line e off-
line).
Colaborei, em 2012, como investigador, no projeto “Relational Quality, Digital
Immersion and Social Welfare”, uma parceria entre a Universidade do Porto, a
Universidade Aberta e a Universidade de Sevilha. Este projeto insere-se na “Rede
ObLID”, uma comunidade ibérica formada por investigadores e agentes locais,
vocacionada para a promoção da literacia e inclusão digital no âmbito municipal. Fui
também responsável pela produção de conteúdos multimédia no âmbito do projeto de
comunicação de ciência “Ciência 2.0”, um projeto desenvolvido na Universidade do
Porto, que visa promover um maior diálogo entre a ciência e a sociedade. Coordenei a

organização do "1st Meeting on Digital Media Research Methods (DiMe 2013)",
realizado na FEUP, em 24 de Maio de 2013.
Em 2013, foi-me concedida uma bolsa de doutoramento, através do Programa UT-
Austin | Portugal (Media Digitais), apoiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia
(FCT). O projeto de investigação aprovado envolveu também o processo de acreditação
da Universidade do Porto ao EUROSTAT, em que participei ativamente durante o ano
de 2014.
No âmbito do doutoramento em media digitais, a componente empírica do projeto de
investigação desenvolvido centrou-se na análise estatística dos micro-dados em torno
das clivagens digitais e da participação cívica e politica on-line nos diferentes países da
União Europeia, nomeadamente ao nível do acesso, da usabilidade e da experiência de
utilização dos media digitais (estes dados foram disponibilizados pelo Eurostat no
âmbito do “Eurostat's Community survey on ICT usage in Households and by
Individuals”).
Em 2018, defendi a minha tese de doutoramento em Media Digitais, que teve como
tema as "Clivagens Digitais e a Participação Cívica e Política: Que tipo de cidadania
para o século XXI?”. O programa doutoral em Media digitais é um programa conjunto
da Universidade do Porto e da Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com a
Universidade do Texas em Austin.
Exerço atualmente as funções de investigador no Instituto de Sociologia da Faculdade
de Letras da Universidade do Porto, no âmbito do projeto “Harmed - O abuso de idosos:
determinantes sociais, económicas e de saúde”, uma parceria com o Instituto de Saúde
Pública da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (ISPUP), que tem como
finalidade avaliar a incidência do abuso de idosos na Cidade do Porto, e identificar os
fatores de risco de exposição a comportamentos abusivos.
Sou também membro da “Rede ObLID”, uma rede de investigação e intervenção para a
Literacia e a Inclusão Digital, que agrega uma comunidade de agentes coletivos e
individuais, e está vocacionada para a Investigação e a Intervenção no domínio da
Cidadania e da Participação Digital. Sediada na Universidade Aberta-LE@D, a Rede
ObLID é também dinamizada por investigadores da Universidade de Deusto (Espanha)
e conta com a participação de Municípios, Comunidades Intermunicipais, Associações,
Organizações não-governamentais (ONG), e outras organizações com intervenção
nestes domínios.

Ao longo dos últimos anos, tenho participado em diversas conferências e seminários no
país e no estrangeiro, publicando as comunicações aí defendidas. Tenho publicado
vários artigos em revistas científicas e colaborado em diversos projetos de investigação
e desenvolvimento (I&D).
As minhas áreas de interesse atuais relacionam-se sobretudo com os processos sociais,
com as desigualdades sociais, a sociologia da comunicação, a ciência política, as
metodologias de investigação, o uso cívico e político dos media digitais, o e-
Government, e-Society, a literacia digital e a estatística.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O MEU MODO DE VER E DE
TRABALHAR PARA OS OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA AMM.
O estudo da problemática das migrações e da diáspora envolve invariavelmente um
conjunto de dimensões socioeconómicas, particularmente as que se relacionam com a
política, economia, o direito, a inclusão e participação social. Sendo assim, uma vez
reconhecido o panorama global da condição feminina nas sociedades contemporâneas,
não podemos deixar de nos preocupar com a situação das mulheres que,
independentemente dos motivos, se encontram afastadas dos seus países ou
comunidades de origem. Tal como os homens, as mulheres migrantes transportam
consigo as suas raízes e identidades socioculturais. Porém, no caso das mulheres em
particular, estas deparam-se com as desigualdades e clivagens dos países ou
comunidades de acolhimento, que as atingem mais sistematicamente. Podemos assim
dizer que se encontram mais vulneráveis a uma dupla descriminação: a de ser migrante
e a de ser mulher. Daí a importância e pertinência de movimentos cívicos como o da
Associação Mulher Migrante, nomeadamente no “Apoio à integração das mulheres na
sociedade de acolhimento e defesa dos seus direitos de participação social, económica e
política.”
O meu primeiro contacto com a Associação Mulher Migrante foi no "Encontro Mundial
de Mulheres Portuguesas da Diáspora; história, memória e devir", em 2011, quando aí
apresentei o estudo "Desigualdade de género no trabalho: Portugal e a União Europeia".
A minha participação nesse encontro foi uma excelente oportunidade para melhorar a
minha compreensão do fenómeno global das migrações e, particularmente, de partilha
de experiências de vida que muito me recompensaram.

Finalmente, este breve testemunho serve também como uma afirmação de interesse em
colaborações futuras, disponibilizando-me desde já para colaborar com todos os
membros dos órgãos sociais na concretização dos objectivos assumidos para o ano de
2019.

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