sexta-feira, 28 de setembro de 2018

NOVOS ASSOCIADOS: ANTÓNIO PACHECO


1
-António  Leite Cruz de Matos Pacheco, natural de Moçambique .
Lourenço Marques, ano de 1946. Na zona da Polana, nasci perto do ainda hoje célebre Hotel Polana
Felizmente hoje mantenho a dupla nacionalidade: moçambicana e portuguesa.
 Licenciatura em Direito pela Clássica de Lisboa.
-EM 1976 tive a felicidade de ter sido chamado pelas novas autoridades moçambicanas para o cargo de diretor adjunto do recém criado Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane. Sob a orientação dos professores Aquino de Bragança e Ruth First -ambos assassinados, em diferentes datas  pelo regime sul africano do apartheid-organizamos com uma equipa pluridisciplinar uma investigação sobre os trabalhadores moçambicanos nas minas da Africa do Sul. Este trabalho viria a ser publicado em 1977, em Moçambique, Reino Unido e USA, com o nome de "Mineiro Moçambicano".
Nunca mais pude deixar Africa.
-Nos anos 80, fui convidado para trabalhar na Radio Renascença, Lisboa, como especialista em assuntos africanos. 
- Em  1989, quando a guerra civil moçambicana tomou proporções terríveis ,pedi licença à Radio e fui trabalhar como voluntario na  fronteira entre Ressano Garcia (Moçambique) e o bantustao sul africano do Kangwane. Este trabalho de apoio aos refugiados era orientado pelo "bureau de refugiados da Conferencia Episcopal da Africa do Sul". Trabalhei sobretudo na formação de professores de língua portuguesa.
 -Em 1989/90  tive a honra de conhecer e iniciar a minha Amizade com MARIA DE JESUS BARROSO SOARES que me levou para a «ProDignitate»  e MANUELA AGUIAR que me trouxe até a «Mulher Migrante» .

Nos anos 90 a Renascença enviou-me para a Guiné para fazer a cobertura do conflito no terreno, entre dois chefes militares. Apareceu-me ai pela primeira vez um conflito pessoal: Correspondente de guerra, como pomposamente gostavam de ser chamados os meus colegas? ou fator de construção da paz?.
 E lembrei-me do ditado moçambicano: «na savana quando dois elefantes se batem quem fica a perder é o capim(relva) envolvente.
Desde há 12 anos, e trabalhando primeiro na  Fundação Pro Dignidade e agora convosco que a duvida vai continuando... e deu origem ao projeto «jornalismo para a paz», com trabalho feito (um manual de jornalismo) e  ações de treino levadas a cabo na Guiné-Bissau, Cabo Verde e comunidades de língua portuguesa na Costa Leste dos USA (apoio da Rhode Island College) 

2-O modo de ver e de trabalhar juntando as 2 componentes: investigação e prática. Chama-se Lusofonia e consiste em trazer para jornalistas e animadores de rádios comunitárias e rádios de proximidade o conceito de rádio ao serviço das comunidades de língua portuguesa.   

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