sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ALGUNS MOMENTOS E FACTOS VIVIDOS

Rita Gomes
«Mulher Migrante - Associação de Estudo, Cooperação e Solidariedade»,
mais conhecida por «Associação Mulher Migrante».

alguns momentos e factos vividos

Pareceu-nos oportuno recordar, alguns momentos e factos que temos vivido e que em conjunto acompanhámos, os quais na sua diversidade contribuíram para que tivéssemos conseguido atingir esta etapa de 15 anos de existência com trabalho realizado positivamente.
Lembramos o entusiasmo com que vivemos os primeiros passos para a constituição da «Associação»: a parte burocrática, a escolha de objectivos, as primeiras Reuniões em Grupo com participação activa de mulheres – na sua maioria – mas também de homens e envolvendo já algumas/alguns participantes do Estrangeiro.
Caminhámos juntos desde 8 de Outubro de 1993, dia em que assinámos a Escritura Notarial da constituição da Associação. Então ainda sem sede própria, o que só veio a concretizar-se em 2004: em 2003 assinámos um Protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa, através do qual passámos a dispor de instalações, pagando naturalmente em contrapartida uma renda mensal. Houve depois que realizar algumas Obras e por isso só em 2004 nos reinstalámos. Tínhamos iniciado a nossa actividade numa sede, cedida por empréstimo e por pouco tempo, passámos depois a dispor de outra instalação em conjunto com um Centro de Apoio a Jovens e a Idosos, conseguida por intermédio de pessoas Amigas, que muito nos ajudaram e também por intermédio de um Protocolo, pagando renda. O espaço passou a ser exíguo para as 2 ONG’s. Daí que após várias diligências junto da Câmara Municipal de Lisboa - desde 1994 - tivéssemos conseguido concretizar esse objectivo – ter Sede própria - em finais de 2004.
Desde o início que temos lutado com dificuldades de ordem financeira, que com a nossa persistência e boa vontade temos vindo a conseguir superar; o nosso trabalho é feito em regime de voluntariado, o que sucede de igual modo a outras ONG’s .
Sempre que consideramos necessário, ao prosseguimento dos nossos trabalhos, apresentamos Projectos a diversas Entidades Públicas e Privadas e assim temos caminhado desde o início.
Contamos sempre com o nossos trabalho, com a solidariedade de Associadas/os, com a cooperação das referidas Entidades e é com esse conjunto de apoios que temos prosseguido os Objectivos do nosso Projecto em Portugal e no Estrangeiro, junto das Comunidades Portuguesas.
Conforme consta do nosso blogue,* criado em Dezembro de 2008, pode verificar-se através dos diversos eventos que realizámos ou em que participámos durante estes 15 Anos, que as nossas preocupações no que respeita à área da Mulher Migrante, têm abrangido estudo e muita reflexão de acordo com a evolução da conjuntura das Migrações, procurando chamar a atenção para as dificuldades sentidas. Sempre que possível se tem também procurado conseguir o contacto directo com quem vive e sente mais directamente os problemas, chegando-se quantas vezes a situações de carência de apoio imediato, para que temos procurado conseguir o necessário apoio.
Em Portugal, no Ano de 2001, iniciámos a realização de uns Seminários em colaboração com algumas Câmaras Municipais e com a Região Autónoma da Madeira, sobre Mulheres Migrantes, abrangendo consequentemente também as Mulheres Imigrantes na perspectiva das Entidades Locais, para que se conseguiu a presença e participação dessas mulheres. Ver Blogue.
Em Fevereiro de 2002, com a preocupação da «nova imigração», organizámos mesmo um Colóquio sobre esta temática. Ver Blogue.
Podemos acrescentar que fomos das primeiras Associações que, à data, concretizaram Iniciativas na área da «nova imigração».
Temos também participado e colaborado em vários eventos, dando a nossa contribuição, através de parcerias, nomeadamente, com outras ONG’s.
Mais recentemente, desde 2005, como se pode verificar também através de textos mais completos, publicados no nosso aludido Blogue, trabalhámos , em parceria, os «Encontros para a Cidadania», que constam igualmente desta Publicação, dirigidos a Mulheres Migrantes, nas Comunidades Portuguesas.
A «nova emigração»
Portugal, já desde há alguns anos está a viver uma nova fase no que respeita às Migrações: a da «nova emigração», que envolve uma multiplicidade de aspectos e a exigir estudo, muito estudo, mas sobretudo a necessidade de adopção de medidas adequadas, antes da partida e no País de trabalho.
As Migrações constituem um Mundo que exige sempre uma actualizada análise das situações existentes e que impõem nas mais diversas áreas uma activa actuação, visando a melhoria, a solução dos mais complexos problemas sociais, económicos, jurídicos, políticos…
Importará um mais concreta actuação, «as saídas» dos nossos compatriotas, continua a processar-se sem que possuam o indispensável conhecimento!
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E, a terminar esta breve Nota, mais alguns elementos sobre a Associação Mulher Migrante:
Fomos admitidas no Conselho Consultivo da então CIDM - Comissão para a Igualdade e para os Direitos da Mulher - desde 1993. E viemos a ser readmitidas mais recentemente no actual Conselho Consultivo da GiG – Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género; tem-nos sido concedido Cartão do ACIDI – Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural - como Associação de Imigrantes e seus descendentes; mais recentemente fomos eleitas/os para o Conselho Municipal para a Interculturalidade e a Cidadania – CMIC – Câmara Municipal de Lisboa. Este Conselho implantou já o Fórum Municipal da Interculturalidade – FMINT- que constitui um “espaço de debate, reflexão e estudo, visando aumentar o conhecimento, a partilha e a qualificação das práticas dos actores sociais relevantes para a promoção do diálogo em torno da imigração, diversidade e interculturalidade”.
Em cerimónia pública foi atribuída à «Associação», durante a Festa comemorativa dos Aniversários do jornal «A Voz de Azeméis» e da revista «Portugal», a respectiva Medalha de Mérito.
Pelo Governo Civil de Lisboa, foi passada à «Mulher Migrante», uma certidão atestando a sua idoneidade.
Continuaremos a nossa actividade na busca constante de melhor conhecer, para melhor apoiar e crescermos.

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