quarta-feira, 7 de março de 2012

COMUNICAÇÃO DE CARLOS GONÇALVES

O papel das mulheres nas Comunidades Portuguesas

No Congresso da Mulher Migrante tive a oportunidade, na minha intervenção, de destacar o papel das mulheres migrantes, realçando o papel que tantas portuguesas tiveram, através das mais variadas áreas, na afirmação cívica e política das Comunidades Portuguesas no estrangeiro.
No meu círculo eleitoral, em que as Comunidades Portuguesas emigrantes datam dos anos 60 e 70, foram as mulheres que assumiram, de forma clara, o papel da gestão administrativa da família, foram elas que acompanharam os processos escolares dos filhos e, foram elas também que, no plano local, se envolveram em diversos projectos, sozinhas ou em parceria com as autoridades locais que acabaram por promover o envolvimento das nossas comunidades nas sociedades de acolhimento.
Dessa forma, é absolutamente natural terem sido essas mulheres a integrar as comissões de pais e as associações ligadas às paróquias locais que apoiavam os novos emigrantes na altura em que chegavam a um novo país e passavam por dificuldades de adaptação a um novo país e a uma nova sociedade.
Podemos mesmo dizer que todas estas mulheres, através do aprofundamento das suas redes familiares, contribuíram para a própria integração da comunidade portuguesa, ao mesmo tempo que iam construindo novos laços nas sociedades onde agora estavam integradas.
Este papel de destaque das mulheres emigrantes portuguesas ganhou uma nova dimensão quando alguns países de acolhimento deram o direito de voto aos portugueses aí residentes e quando as alterações legislativas permitiram uma paridade de direitos cívicos e políticos à nossa Diáspora.
Dou como exemplo a França país onde resido e sobre o qual tenho, naturalmente, um maior conhecimento sobre a comunidade portuguesa no seu todo e muito particularmente no papel que algumas mulheres portuguesas têm vindo assumir no plano local e nacional.
Pelo trabalho político e cívico que desenvolveram no país que as acolheu é hoje perfeitamente natural que sejam essas portuguesas de valor a surgir agora em destaque na vida política francesa, nomeadamente, com a inclusão de candidatas lusas às próximas eleições legislativas com verdadeiras possibilidades de chegar ao Parlamento francês.
Como disse numa outra ocasião, a escolha destas candidatas trouxe para o debate político francês uma componente de origem portuguesa que considero fundamental, ao mesmo tempo que são os instrumentos políticos de uma comunidade notável com uma capacidade de integração sem igual e que contribui, todos os dias, com o seu trabalho, para a vitalidade da economia do país em que residem.
É com verdadeiro orgulho que vejo estas portuguesas a participarem num acto eleitoral num país estrangeiro. Acredito que podem vir a alcançar um excelente resultado, permitindo que tenhamos uma deputada, ou deputadas, oriundas da comunidade portuguesa.
Na verdade, na política não impossíveis e penso que há sempre espaço para todos aqueles que acreditam em ideias e projectos e que trabalham neles para melhorar a vida dos cidadãos. A política tem em vista resolver os problemas dos cidadãos e nesse particular as mulheres, nomeadamente as emigrantes, pelas imensas dificuldades que tiveram de enfrentar, são verdadeiros exemplos de tenacidade e capacidade de vencer.

Carlos Gonçalves

O papel das mulheres nas Comunidades Portuguesas

No Congresso da Mulher Migrante tive a oportunidade, na minha intervenção, de destacar o papel das mulheres migrantes, realçando o papel que tantas portuguesas tiveram, através das mais variadas áreas, na afirmação cívica e política das Comunidades Portuguesas no estrangeiro.
No meu círculo eleitoral, em que as Comunidades Portuguesas emigrantes datam dos anos 60 e 70, foram as mulheres que assumiram, de forma clara, o papel da gestão administrativa da família, foram elas que acompanharam os processos escolares dos filhos e, foram elas também que, no plano local, se envolveram em diversos projectos, sozinhas ou em parceria com as autoridades locais que acabaram por promover o envolvimento das nossas comunidades nas sociedades de acolhimento.
Dessa forma, é absolutamente natural terem sido essas mulheres a integrar as comissões de pais e as associações ligadas às paróquias locais que apoiavam os novos emigrantes na altura em que chegavam a um novo país e passavam por dificuldades de adaptação a um novo país e a uma nova sociedade.
Podemos mesmo dizer que todas estas mulheres, através do aprofundamento das suas redes familiares, contribuíram para a própria integração da comunidade portuguesa, ao mesmo tempo que iam construindo novos laços nas sociedades onde agora estavam integradas.
Este papel de destaque das mulheres emigrantes portuguesas ganhou uma nova dimensão quando alguns países de acolhimento deram o direito de voto aos portugueses aí residentes e quando as alterações legislativas permitiram uma paridade de direitos cívicos e políticos à nossa Diáspora.
Dou como exemplo a França país onde resido e sobre o qual tenho, naturalmente, um maior conhecimento sobre a comunidade portuguesa no seu todo e muito particularmente no papel que algumas mulheres portuguesas têm vindo assumir no plano local e nacional.
Pelo trabalho político e cívico que desenvolveram no país que as acolheu é hoje perfeitamente natural que sejam essas portuguesas de valor a surgir agora em destaque na vida política francesa, nomeadamente, com a inclusão de candidatas lusas às próximas eleições legislativas com verdadeiras possibilidades de chegar ao Parlamento francês.
Como disse numa outra ocasião, a escolha destas candidatas trouxe para o debate político francês uma componente de origem portuguesa que considero fundamental, ao mesmo tempo que são os instrumentos políticos de uma comunidade notável com uma capacidade de integração sem igual e que contribui, todos os dias, com o seu trabalho, para a vitalidade da economia do país em que residem.
É com verdadeiro orgulho que vejo estas portuguesas a participarem num acto eleitoral num país estrangeiro. Acredito que podem vir a alcançar um excelente resultado, permitindo que tenhamos uma deputada, ou deputadas, oriundas da comunidade portuguesa.
Na verdade, na política não impossíveis e penso que há sempre espaço para todos aqueles que acreditam em ideias e projectos e que trabalham neles para melhorar a vida dos cidadãos. A política tem em vista resolver os problemas dos cidadãos e nesse particular as mulheres, nomeadamente as emigrantes, pelas imensas dificuldades que tiveram de enfrentar, são verdadeiros exemplos de tenacidade e capacidade de vencer.

Carlos Gonçalves

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