sábado, 17 de março de 2012

COMUNICAÇÃO DE ANA FERREIRA

Caras Amigas e amigos,

Foi com muito agrado que recebi este convite para, aqui exprimir a minha

opinião enquanto jovem mulher activa no meio político.

Muitos de vós sabem da minha ligação afectiva, desde pequena, para com

a Associação e sobretudo para com as Senhoras que a liderem, e também

da minha ligação enquanto mulher já activa que passou de Conselheira

das Comunidades, a mais nova do Mundo, a técnica de Protocolo de

uma autarquia e agora, nesta nova aventura que é no Gabinete de Sua

Excelência O Secretário de Estado das Comunidades.

Aceitei logo este convite, pois é para mim uma oportunidade de em

público, dar a conhecer a minha preocupação do que diz respeito à

participação feminina no Conselho das Comunidades.

Actualmente o CCP é composto por 73 Conselheiros – 12 mulheres.

12 mulheres para representar milhares, espalhadas pelo Mundo, mas por

outro lado 60 homens.

O Conselho das Comunidades já existe há 30 anos ou quase, em nenhum,

uma mulher chegou a ser Presidente do Plenário e nem tão pouco

Presidente do Conselho Permanente.

O que leva a crer que se não fosse a cota exigida por Lei, possivelmente

nem 8 Mulheres seriam Conselheiras.

Será interessante levantarmos a questão de, como seria possível reverter

esta situação?

Será que passa por uma nova política de sensibilização nas Comunidades?

Será que se trata de sensibilizar os Portuguesas Continentais para

a existência de Mulheres Migrantes de elevada qualidade cívica,

disponíveis para difundir a nossa Cultura pela diáspora, passando por uma

participação activa também cá em Portugal através do CCP?

Eu sempre achei e continuo a achar que Portugal devia respeitar mais os

seus Emigrantes.

Não foram tempos fáceis, os que os nossos antepassados passaram nos

anos 60, mas esta nova emigração também não está a passar um tempo

difícil, são jovens altamente qualificados com sonhos por concretizar que

vêm na Emigração uma nova oportunidade.

Eu também sou Conselheira, no Conselho Consultivo da Juventude, e digo-

vos que fiquei chocada quando na primeira reunião não houve uma única

força partidária que falasse sobre os milhares de jovens que todos os dias

atravessam a fronteira à procura de uma vida melhor.

Há muito para fazer, ainda muito para lutar, é uma luta difícil, duradoura

mas não impossível.

Estou certa que, unidas, iremos continuar a mostrar que as Mulheres na

Diáspora são Líderes exemplares na participação política activa.

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