Caras Amigas e amigos,
Foi com muito agrado que recebi este convite para, aqui exprimir a minha
opinião enquanto jovem mulher activa no meio político.
Muitos de vós sabem da minha ligação afectiva, desde pequena, para com
a Associação e sobretudo para com as Senhoras que a liderem, e também
da minha ligação enquanto mulher já activa que passou de Conselheira
das Comunidades, a mais nova do Mundo, a técnica de Protocolo de
uma autarquia e agora, nesta nova aventura que é no Gabinete de Sua
Excelência O Secretário de Estado das Comunidades.
Aceitei logo este convite, pois é para mim uma oportunidade de em
público, dar a conhecer a minha preocupação do que diz respeito à
participação feminina no Conselho das Comunidades.
Actualmente o CCP é composto por 73 Conselheiros – 12 mulheres.
12 mulheres para representar milhares, espalhadas pelo Mundo, mas por
outro lado 60 homens.
O Conselho das Comunidades já existe há 30 anos ou quase, em nenhum,
uma mulher chegou a ser Presidente do Plenário e nem tão pouco
Presidente do Conselho Permanente.
O que leva a crer que se não fosse a cota exigida por Lei, possivelmente
nem 8 Mulheres seriam Conselheiras.
Será interessante levantarmos a questão de, como seria possível reverter
esta situação?
Será que passa por uma nova política de sensibilização nas Comunidades?
Será que se trata de sensibilizar os Portuguesas Continentais para
a existência de Mulheres Migrantes de elevada qualidade cívica,
disponíveis para difundir a nossa Cultura pela diáspora, passando por uma
participação activa também cá em Portugal através do CCP?
Eu sempre achei e continuo a achar que Portugal devia respeitar mais os
seus Emigrantes.
Não foram tempos fáceis, os que os nossos antepassados passaram nos
anos 60, mas esta nova emigração também não está a passar um tempo
difícil, são jovens altamente qualificados com sonhos por concretizar que
vêm na Emigração uma nova oportunidade.
Eu também sou Conselheira, no Conselho Consultivo da Juventude, e digo-
vos que fiquei chocada quando na primeira reunião não houve uma única
força partidária que falasse sobre os milhares de jovens que todos os dias
atravessam a fronteira à procura de uma vida melhor.
Há muito para fazer, ainda muito para lutar, é uma luta difícil, duradoura
mas não impossível.
Estou certa que, unidas, iremos continuar a mostrar que as Mulheres na
Diáspora são Líderes exemplares na participação política activa.
sábado, 17 de março de 2012
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