terça-feira, 6 de janeiro de 2009

DR ANTÓNIO PACHECO media ao serviço das comunidades migrantes (ii) : a questão do género

Manuela Aguiar recorda no seu comentário a necessidade de reforço das ligações e de intercâmbios entre as comunidades migrantes de língua portuguesa. Pois a mulher pode ser um dos principais veículos dessa aproximação, até porque enfrentam realidades semelhantes.
Exemplos?
Se forem a Porto Novo, Santo Antão, a ilha mais ocidental de Cabo Verde encontram no ponto mais elevado da povoação uma estátua. É de uma mulher vestida como as vendedeiras de peixe, olhando o mar. Trata-se da homenagem à mulher que ficou na terra, enquanto o homem partia para terras de longe. Ficou: cuidou dos filhos, geriu o dinheiro que o homem mandou, fez a casa e se calhar comprou terras de agricultura. O que há de mas comum com a situação de tantas das nossas concidadãs?
Se forem à regiao Gaza, em Moçambique poderão observar que todos os projectos de desenvolvimento na área da saúde, cooperativas, educação assentam e são dirigidos maioritáriamente por mulheres. E porquê? De acordo com estudos técnicos são as mulheres, no seu permanente vai e vem, entre Moçambique e a África do Sul quem mais cresceu em sabedoria,experiencia, capacidade de iniciativa, continuando sempre ao serviço da comunidade de origem.
Voltando ao ponto de partida: a acção de formação que vamos desenvolver nos Estados Unidos e Canadá vai dar importância à questão de género: Na selecção dos formandos, na elaboração do programa de actividades de formação, na escolha de formadores .
Os vossas opiniões, as sugestões são essenciais para nos ajudar a preparar a formação para as rádios lusófonas na América do Norte. Fico à vossa espera
Antonio Pacheco

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