quarta-feira, 11 de março de 2015

O dia internacional da Mulher em ESPINHO


A Associação de Estudo , Cooperação e Solidariedade - Mulher Migrante associou-se a algumas iniciativas que marcaram a agenda do Agrupamento de Escolas Dr Manuel Gomes de Almeida nas comemorações do Dia Internacional da Mulher.
O desafio proposto por esta Escola com quem a Associação tem já realizado trabalhos de cooperação, foi aceite e, na tarde do dia 7 de março, no Multimeios de ESpinho realizou-se uma mesa redonda com o tema " A revolução nas mulheres da diáspora", com intervenção de três membros da Associação: Manuela Aguiar, , Presidente da Assembleia Geral, Graça Guedes, Secretaria Geral e Arcelina Santiago.
Isabel Nobre , professora e organizadora desta iniciativa começou por fazer a apresentação, destacando o que de comum liga estas três mulheres: a defesa dos direitos humanos, a luta pela igualdade das mulheres, em particular, das Mulheres da diáspora .
Manuela Aguiar deu destaque a Maria Inácia Meneses Vaz, personagem do livro "Califórnia , madrasta dos meus filhos", publicação lançada recentemente pela Associação Mulher Migrante, com enfoque na emigração pelo lado de quem fica. A faceta empreendedora desta mulher, a forma como soube gerir o património foi alvo de relevo, num mundo essencialmente marcado pelo masculino.
Graça Guedes abordou o tema da liberdade e da democracia que aconteceu com a chegada de abril, as conquistas obtidas e as mudanças no panorama das oportunidades para as mulheres. Lembrou que neste desafio houve mulheres e homens que se destacaram e que não poderia deixar de mencionar duas figuras femininas que a Associação homenageou Maria Lamas e Maria Archer.
Arcelina Santiago, lembrou a longa caminhada nesta luta pela igualdade, ainda não plenamente conseguida e para prova-lo , referiu os dados estatísticos recentemente publicados, que nos revelam que, apesar das mulheres terem mais sucesso académico, com a conclusão dos cursos em tempo devido e com melhores notas, são as que no mundo do trabalho, menos integram cargos de nível superior e, em igualdade de funções, obtém salários mais baixos do que os homens.
Fez depois uma breve apresentação a Maria Archer para antecipar um pouco a representação .Lembrou que a Associação Mulher Migrante homenageou esta mulher ,vanguardista para o seu tempo, denunciadora e critica da situação da mulher. Esta sua posição em período da ditadura, remeteu-a ao exílio.

Seguiu-se a entrevista imaginária a Maria Archer, encantadoramente assumida pelas alunas do ensino secundário, Mariana Patela na figura de Maria Archer , e Inês Pais, a jornalista. Esta não é a primeira vez que encarnam estas duas personagens mas é sempre com muito entusiasmo e perfeição que o fazem. O guião teve como fonte o trabalho de duas investigadoras sobre a vida e obra de Maria Archer, Dina Botelho e Elizabeth Battista.
O debate final e os elogios às diversas facetas da jornalista e escritora, Maria Archer, e da mulher empreendedora, Maria Inácia Menezes Vaz foi uma boa maneira de participar de forma reflexiva neste Dia internacional da Mulher
 
 
.ARCELINA SANTIAGO
 
 
 
 
 

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