quinta-feira, 7 de maio de 2009

DRª RITA MACHADO DIAS - Os Açores e a Emigração
















































1 comentário:

  1. Foi muito importante a intervenção da Drª Rita Machado Dias neste Encontro. Por aquilo que nos disse, com uma experiência de trabalho muito eficaz, na Direcção Regional, que agora dirige, e também por ser uma presença das Autonomias e dos Açores, que têm sido exemplares no contacto, na audição, no envolvimento das suas comunidades em projectos que reforcem os laços culturais e resolvam problemas concretos das pessoas.
    Já quando tinha responsabilidades no Governo da República achava, e continuo a achar, que as Regiões Autónomas têm sabido compreender muito melhor o fenómeno migratório e aceitar o peso e influência real das migrações na nossa economia e na nossa vida do que a Administração, a nível central.
    E digo Administração, porque não são somente os políticos (que nunca devam ser desresponsabilizados, é claro...) mas os próprios serviços, a marcar distâncias, face aos portugueses do estrangeiro, que não existem nas "Autonomias". Os serviços do Continente, em geral, e, em certos casos, até os departamentos que tratam da emigração!
    Desde os meus primeiros tempos de ttrabalho na área das migrações portuguesas, notei essa diferença de atitudes entre Açores, Madeira e Lisboa (sem esquecer funcionários que, em Lisboa, eram de tal forma interessados pelas questões da emigração, que recusavam boas propostas do sector privado, para continuarem uma acção que lhes dizia muito - também os havia e , por isso, é sempre arriscado generalizar...).
    Todavia, em boa verdade, só quando se intensificou o movimento de regionalização em zonas de forte emigração, através das Delegações da Escretaria de Estado da Emigração e das Comunidades Portuguesas, eu encontrei, genericamente,como uma marca de origem, nesses pequenos e activos núcleos, o mesmo espírito, que anima os serviços autonómicos!...
    Porquê? Julgo que pela "vocação" ou sensibilidade dos agentes, que aceitaram o encargo, e por actuarem em unidads que partiam do zero, sem peso de rotinas e burocracias, mas, igualmente, pela muito maior receptividade das próprias populações à vivência da emigração, pela proximidade das pessoas.
    Porém, essas Delegações foram extintas (quando se criou a ilusão do fim da emigração portuguesa). Acabaram por constituir uma experiência efémera, o que foi pena (resta a Delegação mais antiga, a do Porto, a apoiar uns protocolos de colaboração a serviços camarários, existentes aqui e ali, onde as autarquias querem - as que querem...).
    Nas Regiões Autónomas, pelo contrário, as Direcções para as Comunidades são uma força, em crescimento, no que respeita a projectos e a meios de actuação. Ainda bem!
    Desejo todo o sucesso à Drª Rita!

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